A tecnologia oferece diversos benefícios para a organização financeira de uma empresa, entre eles, o ganho de produtividade decorrente do Open Finance, que visa desburocratizar o acesso aos serviços financeiros. Neste cenário, a Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, amplia sua parceria com bancos para oferecer ainda mais praticidade e autonomia aos clientes – o software de gestão se integra ao Banco do Brasil, Santander e Itaú.
Os bancos também estão investindo cada vez mais nessa modalidade. A Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023, realizada pela Deloitte, revela que as instituições devem destinar R$ 45,1 bilhões em tecnologia em 2023 – avanço de 29% em relação ao do ano passado, que registrou um orçamento de R$ 34,9 bilhões – e o Open Finance é uma das prioridades.
A integração facilita a comunicação e sincronização das informações entre o sistema de gestão e as operações financeiras realizadas pelos bancos. A principal vantagem é a “não necessidade” de acessar a plataforma bancária para realizar transações. Os clientes podem realizar o registro automático de boletos e cobranças gerados, processamento automático de pagamentos e extratos da conta corrente e registro automático do Pix de cobrança.
Para Gabriel Siqueira, diretor de Tech Ventures da Omie, com o avanço da tecnologia e integração de sistemas, a parceria com instituições bancárias é um movimento natural com o objetivo de melhorar a rotina de trabalho nas empresas e no ambiente de negócios. “O reflexo do Open Finance no sistema de gestão Omie visa aprimorar a experiência dos clientes, aumentando a eficiência e reduzindo retrabalho durante as atividades de gestão financeira. Na prática, mais autonomia, mais gerenciamento, produtividade e economia de tempo e dinheiro para o empreendedor”, afirma.
A Omie iniciou a integração bancária em 2019, de maneira mais “analógica”, automatizando exportações e importações de arquivos de CNAB para facilitar a comunicação entre o sistema de gestão e os bancos. Com o tempo, a scale-up e os parceiros bancários se estruturaram para uma integração mais simples, segura e eficiente.
Siqueira explica que as parcerias resultam na utilização de APIs (Application Programming Interface, em tradução livre Interface de Programação de Aplicação) dos bancos por parte da scale-up. “Há alguns anos, batíamos nas portas dos bancos procurando avançar nesta agenda, agora com o Open Finance, a situação se inverteu – conhecemos muito bem as dores dos nossos clientes e acreditamos que é nossa obrigação atuar em cima delas”, diz.
Atualmente, nem todos os bancos possuem a infraestrutura necessária para integração de serviços e soluções, ou, ainda possuem poucos produtos de forma integrável. Mas, conforme o Open Finance avança, as integrações bancárias ficam cada vez mais fluidas e oferecem uma variedade maior de produtos financeiros.
“Com esse progresso, nosso objetivo é também avançarmos nessas integrações com o intuito de oferecer uma experiência ainda mais completa entre sistema de gestão e bancos”, afirma o diretor da Omie. O executivo completa, ainda, que “essa conexão, enriquecida pelos dados compartilhados e potencializada pelas soluções tecnológicas, permite que ambos os fornecedores – bancos e empresas de ERP — possam desenvolver produtos mais personalizados e que atendam as dores reais de cada cliente, de forma inteligente e eficaz”.