Contrato intermitente: entenda como funciona e os principais direitos

O contrato intermitente é uma modalidade trabalhista flexível que atende a demandas esporádicas, garantindo direitos como férias e 13º salário proporcionais. Saiba como gerenciar essa modalidade com eficiência e conformidade legal.
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O contrato intermitente é uma forma de vínculo trabalhista que proporciona flexibilidade para empregadores e trabalhadores. Regulamentado pela Reforma Trabalhista de 2017, esse tipo de contrato é ideal para atividades que não exigem uma jornada contínua, como trabalhos sazonais ou por demanda.

Neste artigo, explicaremos detalhadamente o que é o contrato intermitente, como funciona, os principais direitos e deveres das partes envolvidas, além das diferenças em relação ao contrato de prestação de serviços. Entenda também como a tecnologia pode ajudar empresas a gerenciar essa modalidade de forma eficiente, garantindo conformidade legal e otimização de processos.

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O que é contrato intermitente?

O contrato intermitente é uma modalidade de vínculo empregatício em que o trabalhador é convocado como um prestador de serviços para trabalhar de forma esporádica, com períodos de inatividade entre as convocações. Apesar dessa intermitência, o trabalhador mantém um vínculo formal com a empresa, tendo seus direitos garantidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Essa modalidade é comum em setores que enfrentam oscilações de demanda, como eventos, turismo, comércio e gastronomia. Por exemplo, um restaurante pode contratar garçons intermitentes para trabalhar em datas comemorativas ou períodos de alta movimentação.

Diferença entre contrato intermitente e contrato de prestação de serviços

Existem diferentes tipos de contrato para diferentes serviços e modelo de prestação. Embora ambos os modelos citados sejam utilizados em situações de trabalho não contínuo, suas naturezas são diferentes:

  • Contrato intermitente: regido pela CLT, estabelece vínculo empregatício, com registro em carteira, recolhimento de FGTS e INSS, e garantia de direitos como férias proporcionais e 13º salário;
  • Contrato de prestação de serviços: regido pelo Código Civil, é usado para profissionais autônomos ou empresas. Não há vínculo empregatício, e o prestador de serviço atua de forma independente.

Como funciona o contrato intermitente?

O contrato intermitente funciona a partir de algumas etapas. Confira.

Estrutura do contrato

Os contratos intermitentes devem ser formalizados por escrito e conter informações como:

  • Identificação das partes (empregador e trabalhador);
  • Descrição clara das atividades a serem realizadas;
  • Valor da remuneração por hora ou dia, que não pode ser inferior ao salário mínimo ou ao piso da categoria.

Convocação e aceitação

O empregador deve convocar o trabalhador com pelo menos três dias de antecedência, informando o período de trabalho e as condições da atividade. O trabalhador tem 24 horas para aceitar ou recusar a convocação.

A recusa não pode ser considerada falta ou gerar penalidades, já que a intermitência pressupõe liberdade para ambas as partes.

Remuneração e encargos

Ao final de cada período de trabalho, o empregador deve realizar o pagamento referente às horas ou dias trabalhados, incluindo:

  • Salário proporcional;
  • Adicionais legais (como horas extras, adicional noturno e insalubridade, se aplicável);
  • Proporcionais de férias e 13º salário.

O recolhimento de FGTS e INSS também é obrigatório. Isso garante que o trabalhador tenha acesso a benefícios como aposentadoria, seguro-desemprego e licença-maternidade.

Quais são os direitos no contrato intermitente?

Embora o contrato intermitente seja flexível, ele mantém os principais direitos trabalhistas previstos na CLT, como:

  • Registro em carteira de trabalho: formalizando o vínculo empregatício;
  • Férias proporcionais: após 12 meses de contrato, o trabalhador pode tirar férias, sem ser convocado durante esse período;
  • 13º salário proporcional: calculado com base nos valores recebidos ao longo do ano;
  • Recolhimento de FGTS e INSS: as contribuições são proporcionais aos valores pagos durante os períodos trabalhados;
  • Seguro-desemprego: desde que atendidos os critérios de elegibilidade, o trabalhador intermitente pode receber o benefício.

Além disso, em caso de desligamento, o trabalhador tem direito ao saldo de salário e ao saque do FGTS, dependendo da forma de rescisão.

Benefícios do contrato intermitente para empresas

Adotar contratos intermitentes traz vantagens competitivas para as empresas, como:

  • Flexibilidade: permite ajustar a força de trabalho segundo as necessidades sazonais ou específicas;
  • Economia: reduz custos fixos com equipe, já que o pagamento ocorre apenas pelos períodos efetivamente trabalhados;
  • Regularização trabalhista: evita problemas legais associados ao uso de trabalho informal.

Perguntas frequentes sobre contrato intermitente

Quem pode trabalhar como intermitente?

Qualquer trabalhador pode ser contratado de forma intermitente, desde que a atividade seja compatível com a natureza esporádica do contrato.

O trabalhador intermitente recebe benefícios como auxílio-doença?

Sim, desde que esteja contribuindo para o INSS. Os benefícios são proporcionais às contribuições realizadas.

É permitido ao trabalhador intermitente acumular outros contratos?

Sim, o trabalhador pode firmar múltiplos contratos intermitentes ou até mesmo exercer outras atividades paralelas, respeitando os períodos de convocação.

Como ficam as contribuições previdenciárias do trabalhador intermitente?

As contribuições ao INSS são proporcionais ao valor recebido em cada mês. Caso o total não atinja o mínimo exigido para a previdência, o trabalhador pode complementar a contribuição para garantir benefícios como aposentadoria.

Como a tecnologia pode facilitar a gestão de contratos intermitentes?

Gerenciar contratos intermitentes exige atenção a detalhes como convocação, pagamentos proporcionais e recolhimento de encargos. Nesse cenário, plataformas como a Omie oferecem soluções completas para otimizar essa gestão, como:

  • Gestão automatizada: controle eficiente de pagamentos e encargos trabalhistas;
  • Integração com sistemas contábeis: facilita a emissão de relatórios e o cumprimento de obrigações legais;
  • Emissão de notas fiscais simplificada: fundamental para profissionais autônomos ou MEIs que prestam serviços sob contrato de prestação de serviços.

Adotar o contrato intermitente é uma excelente solução para empresas que buscam flexibilidade, mas exige organização para garantir conformidade legal. A Omie simplifica essa gestão com ferramentas completas para controle de contratos, folha de pagamento e emissão de notas fiscais.

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