Crédito fiscal no IVA: reforma tributária e papel do contador

A reforma tributária está mudando a forma como as empresas se relacionam com os tributos. Saiba o que muda na apuração de crédito fiscal.
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Crédito fiscal no IVA (Imposto sobre Valor Agregado) é um dos temas mais relevantes da reforma tributária, ou seja, um ponto de atenção essencial para os contadores que acompanham o impacto das mudanças na rotina das PMEs. 

O novo modelo promete ampliar o aproveitamento de créditos com base na não cumulatividade plena, mas também exige mais organização, controle e qualidade nas informações.

Para você, contador, isso representa mais do que uma atualização técnica. É uma chance real de assumir um papel ainda mais estratégico, orientando os clientes com precisão, antecipando riscos e mostrando valor com soluções que ajudam a reduzir a carga tributária na prática.

Neste conteúdo, vamos direto ao ponto: o que muda com o crédito fiscal no IVA, como será o aproveitamento dos créditos, quais cuidados você precisa ter na rotina contábil e como um ERP pode facilitar esse processo de ponta a ponta.

Por que o contador precisa dominar o crédito fiscal no IVA agora

A discussão sobre a reforma tributária deixou claro: quem não entender o novo modelo de apuração e aproveitamento de créditos pode deixar dinheiro na mesa. Para quem atende pequenas e médias empresas, isso não é apenas uma mudança técnica – é uma oportunidade concreta de agregar valor.

No modelo IVA (CBS e IBS), a não cumulatividade passa a ser ampla. Isso significa que praticamente todas as compras de bens e serviços usados na atividade da empresa podem gerar crédito. 

Mas para isso funcionar bem na prática, o lançamento contábil precisa estar em dia, os documentos precisam estar corretos e você precisa ter visão clara do que cada cliente está comprando e como isso está sendo registrado.

Mais do que cumprir exigências legais, o contador passa a ter um papel ativo em aumentar a competitividade da empresa-cliente: quanto melhor estruturado o processo de crédito, menor a carga tributária efetiva. 

É aqui que entra a atuação consultiva que o mercado já espera do profissional contábil.

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Como o crédito funcionará no modelo de não cumulatividade plena

Com a CBS e o IBS, as empresas passam a ter direito ao crédito integral do imposto pago nas aquisições feitas para sua atividade econômica. Isso inclui desde compras mais robustas, como equipamentos, até despesas recorrentes do dia a dia. 

A regra geral é: se está vinculado à atividade da empresa, pode gerar crédito. Mas isso depende de um ponto essencial: controle. O que vai fazer diferença é a qualidade das informações que entram no sistema. 

Por isso, sua atuação junto ao cliente, revisando procedimentos, treinando o uso correto do ERP e acompanhando os dados em tempo real, vai ser cada vez mais estratégica.

Quais tipos de operação geram crédito no modelo IVA?

Como vimos, no novo modelo proposto pela reforma tributária, o crédito fiscal no IVA será regido pela regra da não cumulatividade ampla. Segundo o Ministério da Fazenda, entram nessa categoria:

  • Mercadorias adquiridas para revenda, seja no comércio físico ou online;
  • Matéria-prima e insumos usados diretamente na produção de bens ou serviços;
  • Energia elétrica e água, quando utilizadas na atividade da empresa;
  • Serviços contratados de outras pessoas jurídicas, como limpeza, consultorias, marketing, contabilidade, tecnologia e manutenção;
  • Ativos imobilizados, como máquinas, equipamentos e até computadores;
  • Licenças de software e ferramentas digitais, se conectadas ao funcionamento do negócio;
  • Aluguéis e despesas operacionais, inclusive de espaços de coworking ou galpões.

Há ainda casos de gastos compartilhados entre setores (como internet, limpeza, segurança), que também poderão gerar crédito, desde que haja vínculo com a operação. Nesses casos, será necessário justificar o uso misto de forma técnica, reforçando a importância do controle interno e da correta classificação contábil.

Por isso, o papel do contador será fundamental: ele será o responsável por orientar, revisar e validar o que pode ou não ser apropriado como crédito. 

Uma nota mal emitida, uma despesa registrada fora de contexto ou sem o devido detalhamento pode significar a perda de um crédito legítimo — e isso, no fim do mês, pesa no bolso da PME.

Cuidados essenciais para evitar glosas fiscais e perdas de crédito

A promessa de crédito mais amplo não significa que a fiscalização vai ser mais leve. Pelo contrário: os fiscos estaduais e federal vão cruzar dados em tempo real.

Isso significa que você precisa estar ainda mais atento. Alguns pontos importantes são:

  • Conferir se o fornecedor está ativo e emite nota fiscal eletrônica válida;
  • Validar CFOP, CNPJ, valor e descrição do produto ou serviço;
  • Manter organização de notas por centro de custo ou tipo de despesa;
  • Garantir que os lançamentos estejam devidamente classificados.

Esses cuidados poderão evitar glosas fiscais, garantem o aproveitamento total dos créditos e mostram ao cliente a segurança de um trabalho bem feito.

Crédito presumido, ressarcimento e transferência: o que você precisa saber

Além dos créditos fiscais tradicionais, o novo modelo do IVA também prevê mecanismos complementares como o crédito presumido, o ressarcimento de saldos acumulados e a possibilidade de transferência de créditos entre empresas. 

O crédito presumido será aplicado em situações específicas, como em operações com não contribuintes ou em setores com regimes especiais, e funcionará como uma compensação fiscal para garantir equilíbrio competitivo.

O ressarcimento de créditos acumulados também ganhará agilidade, com regras mais claras e prazos mais curtos — um avanço em relação à morosidade enfrentada hoje por muitas empresas. 

Já a transferência de créditos poderá ser autorizada, por exemplo, em casos de encerramento de atividades ou reorganizações societárias, desde que dentro dos critérios definidos em regulamentação.

Esses pontos ainda serão detalhados nas Leis Complementares, mas o contador já pode — e deve — acompanhar as discussões desde agora. Estar por dentro dessas regras desde o início não só evita problemas futuros, como fortalece a relação de confiança com o cliente e reforça o posicionamento estratégico do escritório.

Como um ERP ajuda a garantir que o cliente aproveite os créditos de forma inteligente

Com tanta informação para controlar, ter um sistema que organize tudo faz toda a diferença. O ERP da Omie ajuda a PME a:

  • Registrar e classificar notas de forma automática;
  • Manter o fluxo de compras e despesas centralizado;
  • Gerar relatórios com dados fiscais claros e acessíveis;
  • Compartilhar dados com o contador em tempo real, via Painel do Contador.

Na prática, isso significa menos retrabalho (para você e para o cliente), mais segurança nas apurações e um relacionamento mais fluido entre vocês. E o melhor: você ganha tempo para atuar onde realmente faz diferença.

Seus clientes precisam de um sistema confiável. E você pode ser o caminho para isso

Com a chegada do IVA, o seu papel como contador ganha ainda mais protagonismo. Não é só sobre fazer a apuração correta: é sobre garantir que o cliente aproveite ao máximo o que tem direito, com segurança e eficiência e que você tenha celeridade no trabalho e tempo para aproveitar a vida!

Ao indicar o uso do ERP da Omie, você fortalece sua relação com o cliente, melhora a qualidade das informações que recebe e mostra, na prática, que está ao lado dele nesse novo momento da contabilidade.
Conheça o Programa de Contadores Parceiros e veja como você pode crescer junto com seus clientes, com mais autonomia, protagonismo e resultado.

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