Demanda das empresas por serviços sofre com perda de fôlego da economia

Os dados mostram uma tendência positiva, já que o segmento aponta crescimento médio de 0,6% ao mês entre janeiro e fevereiro deste ano na comparação com o nível de atividade de dezembro de 2021 (tendo como referência a evolução da média móvel em 12 meses).
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  • Apesar de setor de Serviços registrar crescimento de modo geral, PMEs alocadas no setor de ‘Atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria’ iniciam o ano com ligeira retração de 1,6% na comparação com o primeiro bimestre de 2021
  • Busca por novas tecnologias e digitalização são caminhos para ganhos de produtividade e geração de novas oportunidades para os prestadores de serviços

São Paulo, abril de 2022 – No primeiro bimestre de 2022, o setor de Serviços registrou crescimento de 8,5%, na comparação com igual período do ano anterior, segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). Sua recuperação está atrelada à retomada da mobilidade social, viabilizada pelo avanço da vacinação contra a covid-19, e, consequentemente, ao maior controle da crise sanitária no país. Os dados mostram uma tendência positiva, já que o segmento aponta crescimento médio de 0,6% ao mês entre janeiro e fevereiro deste ano na comparação com o nível de atividade de dezembro de 2021 (tendo como referência a evolução da média móvel em 12 meses).

Em linhas gerais, o setor vem sendo impulsionado, especialmente, pela retomada da demanda das famílias por serviços. Com o maior controle da pandemia, tem ocorrido, desde o ano anterior, a reversão do movimento de maior consumo de bens em detrimento de serviços – tendência que caracterizou o ambiente econômico nos períodos mais críticos da crise sanitária nos últimos anos. Como exemplo, tendo como base os dados do IODE-PMEs, algumas atividades destinadas sobretudo às famílias têm mostrado retomada acima da verificada no setor como um todo: ‘Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar’ (+43,3% YoY no primeiro bimestre de 2022), ‘Hotéis’ (+43,2%), ‘Agências de viagens’ (+111%), ‘Laboratórios clínicos’ (+19,5%) e ‘Outras atividades de serviços pessoais’ (+30,4%).

Por outro lado, alguns serviços destinados majoritariamente às empresas têm encontrado dificuldades de performance no início deste ano. É o caso, por exemplo, das PMEs do segmento de ‘Atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria’, em que o IODE-PMEs da atividade mostra modesta retração de 1,6% no primeiro bimestre do ano na comparação anual. Do ponto de vista da tendência recente na margem, o setor permanece praticamente estável (-0,1% ao mês, em média, entre janeiro e fevereiro) em relação ao patamar de dezembro de 2021. Outras atividades de serviços empresariais também corroboram esse contexto, como o recuo da movimentação financeira real média dos serviços de ‘Seleção e agenciamento de mão de obra’, ‘Fornecimento de alimentos para as empresas’, ‘Aluguel de máquinas e equipamentos para escritório’ e ‘Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas’.

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IODE-PMEs – mercado total e aberturas setoriais

A recuperação dos serviços prestados às empresas encontrará novas dificuldades pela frente em 2022, diante do ambiente de negócios desafiador e da desaceleração econômica do país. Apesar da recuperação intensa e rápida da demanda doméstica por bens e serviços em 2021, a reversão da política monetária expansionista e a redução dos auxílios de renda agem no sentido de esfriar o ritmo de consumo e investimentos no país. Ao subir a meta da SELIC (taxa básica de juros da economia brasileira), o Banco Central do Brasil (BCB) aumenta o custo da tomada de crédito, afetando tanto as empresas quanto os consumidores finais. De fato, segundo dados do BCB, a taxa média de juros das operações de crédito no Brasil registrou aumento de 5,25 pontos percentuais de janeiro de 2021 a janeiro deste ano.

A subida dos juros promovida pelo BCB nos últimos meses visa controlar o principal vilão do ambiente econômico atualmente: a inflação pressionada. A subida de preços de itens básicos da produção de bens e de consumo tem se espalhado pela economia brasileira desde o ano anterior, prejudicando os rendimentos das famílias e pressionando os custos das empresas. Assim, neste contexto de altas pressões inflacionárias e subida de juros, as empresas brasileiras enfrentam um ambiente de negócios desafiador tanto na ponta dos custos e das despesas operacionais, quanto na ponta da geração de receitas.

As perspectivas econômicas para o curto prazo são pouco alentadoras, já que o mercado segue enxergando manutenção da inflação acima da meta no Brasil com o aumento dos preços internacionais do petróleo e de outras commodities. Com isso, as taxas de juros no país devem seguir em alta e a atividade econômica doméstica deve sentir cada vez mais os efeitos negativos deste processo.

Diante desse contexto, os prestadores de serviços deverão continuar buscando aumento de produtividade via aplicação de novas tecnologias. Ainda que os efeitos mais agudos da pandemia no ambiente econômico tenham ficado no passado, o processo de revolução digital em várias áreas deve seguir em curso em um ambiente tão desafiador.

Especialmente para os principais parceiros de negócios da Omie, os contadores, encontrar maneiras para aumentar a produtividade é fundamental para manter o crescimento dos negócios. A contabilidade digital traz resultados em redução de custos e menor esforço com atividades de rotinas como fechamentos e pagamento de impostos, modernizando o processo, proporcionando maior rapidez, diminuição de erros humanos e retrabalhos. Assim, o movimento de aderência às tecnologias no setor contábil se tornou tendência e é um caminho que tende a ser potencializado nos próximos anos. Hoje, mais de 20 mil contadores espalhados pelo Brasil já são parceiros da Omie, levando eficiência e aprimoramento de gestão para liberar o crescimento de todas as empresas brasileiras.

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