“Em um cenário onde as PMEs representam 30% do PIB nacional e mais da metade do total de empregos formais, é de extrema importância acompanhar o desempenho econômico dessas empresas”, afirma Marcelo Lombardo, cofundador e CEO da Omie, e um dos idealizadores do Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs, desenvolvido para ser o primeiro e mais completo indicador de abrangência nacional, trazendo mais entendimento e transparência para o setor empresarial brasileiro de pequeno e médio porte.
Criado com o objetivo de acompanhar e analisar o desempenho econômico das pequenas e médias empresas, o IODE-PMEs analisou o rendimento médio mensal de mais de 87 mil PMEs brasileiras, sendo assim, funcionando também como uma espécie de termômetro econômico das companhias com renda de até R$ 50 milhões anuais.
A nova fonte de dados criada pela Omie vai oferecer regularmente análises completas, segmentadas e estratégicas de dados gerais dos grandes setores em que as PMEs estão concentradas: Agropecuária, Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.
Com todas as informações disponíveis no Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs será possível avaliar de uma maneira melhor e mais assertiva o planejamento e esforço de operações, para traçar novos planos de negócios ou então, melhorar processos já existentes.
Fatores que influenciaram o desempenho econômico das pequenas e médias empresas em 2021
Em um período com diversas interferências externas, novos desafios comerciais e a mudança brusca no cenário de consumo, é possível levantar alguns fatores que influenciaram o desempenho econômico dessas empresas no ano de 2021.
Para a análise do IODE-PMEs, a Omie analisou os dados e chegou a algumas conclusões sobre quais foram esses fatores de influência, são eles:
- Avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil e, consequentemente, a reabertura da economia, mesmo que de forma parcial fez com que as PMEs presentes nos setores de Comércio e Serviço expandissem em cerca de 11,7% e 13,5%, respectivamente;
- Mesmo que as atividades econômicas tenham ganhado um alívio durante o segundo semestre de 2021, o ano foi extremamente desafiador e com isso os setores de Agropecuária e Indústria tiveram um desempenho muito abaixo do esperado;
- Embora os efeitos da pandemia sobre a economia brasileira e mundial sejam duradouros, as projeções do IODE-PMEs destacam que pode haver um avanço de cerca de 1,2% em 2022, principalmente para o setor de Serviço e Agropecuária.
Segmentos com melhor desempenho em 2021
2021 foi um ano muito desafiador para toda e qualquer atividade econômica. Como destacado no tópico anterior, embora o segundo semestre tenha oferecido um certo alívio para alguns setores de mercado, nem todos se beneficiaram.
Foi o caso dos setores de Indústria e Agropecuária, que tiveram seus resultados restringidos e mantiveram praticamente a mesma movimentação financeira do ano de 2020, mas com uma queda de -0,1%. De forma geral, o ano de 2021 das PMEs desses dois setores foi cercado por um desempenho baixo no primeiro trimestre e uma recuperação gradual nos outros trimestres.
O avanço da vacinação contra a covid-19 teve um papel importante na retomada das atividades econômicas ao longo de todo o segundo semestre de 2021. O setor que mais ganhou com isso foi o de Comércio, assim como o setor de Serviço, que são os que concentram as maiores quantidades de PMEs ativas do Brasil.
Figura 1: IODE-PMEs
(Variação anual – YoY %)
Fonte: IODE-PMEs (Omie)
O Índice ainda permite que se consiga identificar o desempenho das pequenas e médias empresas por regiões do país, de maneira segmentada. Com isso, é possível destacar algumas informações:
- Em 2021 as pequenas e médias empresas sofreram com um desempenho abaixo do esperado. Entre elas estão as localizadas nas regiões Sudeste (0,1%) e Nordeste (-2,9%). Fora isso, a movimentação financeira das PMEs teve um bom avanço, principalmente nas regiões Sul (+4,0%), Centro-Oeste (+2,6%) e Norte (+1,8%);
Figura 2: IODE-PMEs – desempenho regional em 2021
(Variação anual – YoY %)
Fonte: IODE-PMEs (Omie)
- Ao total, o baixo desempenho da Agropecuária registrado foi de -10,7% em vista de 2020, já o da Indústria foi de -5,9% e o menor foi o da Infraestrutura com um desempenho de -0,3%;
- Em contrapartida, o setor de Comércio e Serviço apresentou crescimento bem expressivo,com aumento de 11,7% e 13,5%, respectivamente.
Figura 3: IODE-PMEs – desempenho setorial em 2021
(Variação anual – YoY %)
Fonte: IODE-PMEs (Omie)
Atividades que mais contribuíram para os resultados observados em 2021
Ainda segundo o IODE-PMEs, foi possível levantar dados ainda mais completos das análises segmentadas por regiões, destacados abaixo:
- No setor de Comércio, o principal responsável pela movimentação das pequenas e médias empresas foi o varejo, com um aumento de 16,8%;
- No setor de Serviço se destacam as atividades imobiliárias com +54,3% em vista de 2020; serviços de transporte, armazenagem e correio com +22,6% e as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados com +21,8%.
- Já no setor Industrial, o destaque vai para a indústria extrativa, que obteve um aumento de 16,7% em vista de 2020. Em contrapartida, a indústria de transformação sofreu uma queda de 6,2%, consequentemente retraindo todo o setor;
- Em Infraestrutura, mesmo com um fraco desempenho das PMEs pertencentes à categoria de ‘Água, Esgoto, Atividades de gestão de resíduos e descontaminação’, foi percebido o crescimento do serviço de ‘Construção’ com um aumento de 5,7% em vista de 2020.
Nos resultados trimestrais de 2021, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs percebeu o avanço de 1,2% em comparação aos resultados obtidos na análise trimestral de 2020. Tudo isso graças ao bom desempenho dos setores que obtiveram sucesso mesmo com os desafios causados pela pandemia.
Projeções e perspectivas do IODE-PMEs para 2022
Mesmo com efeitos mais longos da pandemia sobre a economia, as projeções do Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs indicam um avanço de 1,2% para 2022.
Segundo Felipe Beraldi, especialista de Indicadores e Assuntos Econômicos aqui na Omie, a retomada gradual traz uma nova percepção a essas pequenas e médias empresas “O cenário tem como base a perspectiva de continuidade da retomada que vem sendo observada no mercado de trabalho, viabilizada pela reabertura da economia com o avanço da vacinação contra a covid-19 no país, além da projeção de maior controle da inflação frente ao observado no ano anterior”.
De maneira geral, a perspectiva é de que aconteça uma retomada na demanda por serviços
e a continuidade no crescimento do setor de Comércio – mesmo que em menor força. É importante ainda mencionar o setor de agropecuária, que também possui boas perspectivas.
Vale destacar que o novo aumento da taxa Selic pelo Banco Central tem pode reduzir os resultados positivos que são esperados pelas atividades das PMEs ao longo de 2022, principalmente por encarecer o crédito e, também, prejudicar de alguma forma os investimentos na economia de modo geral.
Outro ponto que precisa ser trazido para discussão e que impacta diretamente a projeção de desempenho é a falta de programas de suporte para os microempreendedores e empresas de pequeno porte, que são as maiores forças da economia no Brasil, principalmente em um momento em que os juros estão elevados e o país ainda está se recuperando de outras crises.
Sendo assim, é importante destacar e incentivar cada vez mais o desempenho das PMEs nos debates em relação aos programas de renegociação de dívidas de empresas do Simples Nacional, assim como medidas de incentivo ao crédito.
Ao analisar perspectivas e considerar fatores influenciáveis, a projeção para o ano de 2022 aponta um cenário mais pessimista para o desempenho geral das pequenas e médias empresas.
De modo geral, o ano pode ser marcado por novas ondas da pandemia, incertezas relacionadas a eleição presidencial, como destaca Felipe: “Momentos de grandes incertezas na política costumam ser marcados por paralisações de investimentos e perda de ímpeto do consumo, o que pode afetar negativamente o desempenho econômico das PMEs brasileiras”.
Entenda o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)
Para a criação do IODE-PMEs a Omie analisou dados anônimos referentes às movimentações financeiras de contas a receber de mais de 87 mil pessoas, entre elas 622 CNAEs de 1.332 subclasses existentes.
Em todas as análises foram considerados os filtros de representatividade estatística e os dados são analisados com base em aberturas do Índice Geral de Preços-Mercado da FGV que tiveram seus valores reduzidos por conta da inflação.
Para observar a evolução de todas essas movimentações financeiras em termos reais, foi usado como base o índice válido no último mês em que foram realizadas as análises. O objetivo foi limpar o efeito unicamente inflacionário na série atemporal.
Não deixe de acessar a página especial sobre o IODE-PMEs para ficar por dentro de todas as informações, além de conferir o e-book com toda a metodologia do estudo: https://www.omie.com.br/indice-economico/
Sobre a OMIE
Fundada por Marcelo Lombardo e Rafael Olmos no ano de 2013, a Omie é a maior plataforma de gestão na nuvem do Brasil.
Uma scale-up que tem como objetivo e propósito levar aos negócios – independente de qual seja – prosperidade, para isso desenvolveram um sistema de gestão completamente inovador. São três pilares os fundamentais e que regem a cultura da empresa:
- Gestão por meio do software;
- Educação, por meio da Omie Academy – que oferece gratuitamente capacitação profissional para os empreendedores;
- Finanças, que oferece uma série de acessos e facilidades como linha de crédito, conta digital nativa do sistema e apoio de gestão, por meio de parcerias com o banco Itaú, por exemplo.
Outro destaque importante é a possibilidade de se tornar um Franqueado Omie, rede que cresce a cada ano e está entre as 100 que mais crescem no Brasil!
Procurando maneiras de crescer e escalar o seu negócio? A Omie tem a solução e os recursos certos para sua empresa, pensados especialmente para atender as necessidades de acordo com o tamanho do seu negócio!