IODE-PMEs mostra Agronegócio e Comércio deslanchando em 2021, enquanto infraestrutura ainda sofre com os efeitos da pandemia

A pesquisa apresenta dados do primeiro semestre de 2021, funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 70 milhões, além de oferecer uma análise macro sobre o mercado de PMEs
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As pequenas e médias empresas dos segmentos de agronegócio e de comércio foram as que mais cresceram no primeiro semestre de 2021, aponta o Índice de Atividade Econômica de PMEs (IAE) da Omie, plataforma líder em gestão (ERP) na nuvem do Brasil, que leva em consideração o faturamento médio mensal de mais de 65 mil PMEs brasileiras.

Segundo o IAE, o faturamento médio das PMEs do agronegócio avançou em 73% no 2º trimestre, comparado aos três primeiros meses do ano, enquanto as do comércio tiveram um crescimento de 53%. Outro setor que apresentou recuperação foi o de serviços, com alta de 59% em relação ao 1º trimestre. Em estabilidade, aparecem dois setores: Indústria e Varejo. Já as PMEs da área de Infraestrutura foram as que mais sofreram no primeiro semestre de 2021, com queda de 28% no 2º trimestre em relação aos primeiros três meses do ano.

“De modo geral, o faturamento médio das PMEs no 2º trimestre de 2021 apresentou uma alta de 9% sobre o faturamento médio do 1º trimestre. Há uma tendência de recuperação, que será consolidada após a análise da movimentação do próximo trimestre. Seguiremos neste monitoramento”, diz Fabio Flaksberg, COO da Omie.

Dentro da categoria comércio, o destaque positivo ficou com a divisão de Comércio e Reparação de automóveis e motocicletas, que no 2º trimestre avançou 272% sobre o faturamento médio mensal do 1º trimestre. As PMEs da categoria Indústria, de forma geral, se mantiveram praticamente estáveis (-5%). Dentro deste segmento, os destaques positivos foram as empresas ligadas à fabricação de produtos químicos, que cresceram 34% em faturamento médio no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior, seguidas por eletrônicos e informática (+30%) e produtos de madeira (+26%). O setor de metalurgia, apesar da queda relativa ao primeiro tri (-25%), segue como destaque no ano se comparado às outras indústrias de transformação. Outros destaques negativos desse segmento foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13%) e bebidas (-11%).

No segmento de serviços, o cenário é otimista. Mesmo com uma desaceleração em junho, o mês ainda teve faturamento médio maior (45%) do que os meses de janeiro a março. Os destaques ficaram para as PMEs relacionadas a área de atividades esportivas e de recreação e lazer, que tiveram faturamento médio mensal 181% maior no 2º trimestre de 2021 em comparação com o 1º trimestre, seguidas por empresas de atividades de financeiras, de seguros e de serviços relacionados (+63%) e de correio e outras atividades de entrega (+29%). Ainda em serviços, os destaques negativos ficaram para serviços de impressão, com queda de 69% no faturamento médio mensal do 2º trimestre em comparação com o 1º trimestre, além de serviços para edifícios (-38%) e aluguéis não imobiliários (-15%).

Infraestrutura desacelera

As PMEs que mais sofreram foram as de infraestrutura, que seguiram com faturamento muito abaixo (-28%) no 2º trimestre em relação aos primeiros três meses do ano. O segmento de eletricidade e gás teve o desempenho mais fraco até então, puxando para baixo o faturamento médio mensal de todo o setor de Infraestrutura. No 2º trimestre de 2021, o faturamento médio mensal foi 34% abaixo do obtido no 1º trimestre. Já as PMEs de coleta, tratamento e disposição de resíduos mostraram crescimento de 17% nos últimos três meses do semestre em comparação com os primeiros, assim como as de construção de edifícios, que demonstraram uma aceleração de 18% no mesmo período.

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