Obrigações acessórias e Reforma Tributária: o que muda para o contador?

A Reforma Tributária vai além dos novos tributos. Entenda como as obrigações acessórias estão mudando e o que você, contador, precisa ajustar desde já.
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Nos últimos meses, as obrigações acessórias na reforma Tributária deixou de ser apenas uma pauta discutida nos bastidores do Congresso e passou a ocupar o centro das atenções de quem atua diretamente com o dia a dia fiscal das empresas.

Afinal, ela não mexe apenas com alíquotas ou nomes de tributos. Estamos diante de uma mudança de estrutura que atinge também a rotina do contador, inclusive, e talvez principalmente, na forma como ele lida com as obrigações acessórias.

Embora o foco da maioria das conversas ainda esteja nos novos tributos (IBS e CBS), vale acender o sinal de alerta: as obrigações acessórias também vão mudar. E quanto mais cedo os contadores entenderem o que vem pela frente, mais preparados estarão para orientar seus clientes e se posicionar de forma estratégica nesse novo cenário.

Entenda de forma clara e sem complicações, o que são obrigações acessórias, como elas devem mudar com a Reforma Tributária, quais serão os impactos práticos no seu dia a dia e o que você e seus clientes precisam começar a organizar desde já.

Reforma Tributária e as obrigações acessórias, o que muda?

Quando falamos em Reforma Tributária, a atenção geralmente recai sobre os novos tributos, o IBS e a CBS. Mas quem vive a rotina contábi sabe que o impacto real vai muito além da substituição de impostos. Uma das transformações mais relevantes (e menos debatidas) está nas obrigações acessórias.

A proposta da Reforma é tornar o sistema tributário mais simples, transparente e eficiente. E, para isso, a forma como os dados fiscais são enviados ao Fisco também precisa mudar. Veja as principais direções que já estão sendo discutidas:

Unificação de declarações

Atualmente, o contador precisa lidar com diversas declarações diferentes para atender a União, os Estados e os Municípios, cada uma com regras, formatos e prazos distintos. Com a Reforma, a ideia é consolidar essas obrigações em uma estrutura única, que atenda simultaneamente ao IBS (imposto estadual/municipal) e à CBS (tributo federal).

Isso pode significar o fim da duplicidade de informações e do retrabalho para adaptar dados para diferentes sistemas.

Transmissão centralizada de dados

Está em debate a criação de um portal único nacional para envio de obrigações acessórias, com layout padronizado e integração automática entre entes federativos. Esse modelo deve facilitar o envio e o acompanhamento de dados, além de melhorar a comunicação entre contribuinte e Fisco.

Informações mais detalhadas e em tempo real

Com o avanço da tecnologia, o Fisco está caminhando para um modelo em que os dados serão mais completos, atualizados constantemente e entregues com maior granularidade. Isso exige que o registro de informações seja feito corretamente desde a origem e padronizadamente.

Mais tecnologia e cruzamentos automáticos

A Receita Federal deve ampliar o uso de tecnologias como inteligência artificial, machine learning e big data para realizar cruzamentos automáticos, detectar inconsistências e agir com mais agilidade. Isso reduz a margem para erros e aumenta a fiscalização em tempo real.

Vale reforçar: embora muitos detalhes ainda estejam em definição, o caminho é claro, as obrigações acessórias vão exigir muito mais organização, precisão e controle a partir da base dos dados. O momento para se preparar é agora.

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Impactos da mudança no dia a dia do contador

A Reforma Tributária traz uma nova lógica para o trabalho contábil. A obrigatoriedade de dados mais estruturados e a fiscalização em tempo real tornam o papel do contador ainda mais estratégico e exigente.

Se antes era possível ajustar informações no fechamento, agora tudo precisa estar certo desde o início. Isso muda o foco da rotina contábil e exige um novo nível de organização e precisão.

Principais impactos para o contador:

  • Mais responsabilidade sobre a qualidade dos dados;
  • Erros identificados de forma imediata;
  • Fim do “ajuste de última hora”;
  • Informações precisam estar corretas na origem;
  • Integração entre setores da empresa é essencial;
  • Redução de tempo com tarefas manuais;
  • Maior uso de cruzamentos automáticos pelo Fisco;
  • Menos retrabalho, mais foco em análise.

Esse novo cenário reforça um ponto importante: quem estiver preparado, terá menos retrabalho e mais tempo para atuar com inteligência. A transição exige adaptação, mas também abre espaço para evoluir a forma de fazer contabilidade.

Para acompanhar essa nova exigência do Fisco, o contador precisa ter acesso direto aos dados dos clientes, com rapidez e precisão. O Painel do Contador da Omie permite isso, centralizando informações em tempo real e reduzindo o retrabalho.

Como preparar os clientes PMEs para as mudanças?

A Reforma Tributária está trazendo uma mudança profunda na forma como as empresas se relacionam com o Fisco. Se antes a prioridade era apenas “não perder o prazo”, agora o foco será a qualidade, estrutura e rastreabilidade dos dados. 

E é justamente aqui que entra o maior desafio para as pequenas e médias empresas: mudar a forma como seus processos internos são organizados.

A maioria das PMEs ainda funcionam no modo manual, com o uso de planilhas soltas, informações descentralizadas, vendas lançadas depois, estoque desatualizado, arquivos enviados por WhatsApp. Para sobreviver no novo modelo, isso tudo precisa evoluir.

A boa notícia? Com os passos certos e com o apoio do contador, esse cenário pode virar a chave da desorganização. As empresas podem se preparar ao: 

1. Estruturar os dados desde a origem

Toda informação fiscal começa em algum ponto: na nota de venda, na entrada de mercadoria, no registro de um serviço. Esses dados precisam ser lançados corretamente desde o início, com padronização e clareza. 

Quando bem estruturados na origem, eles fluem melhor até a entrega da obrigação acessória e evitam dores de cabeça no fechamento do mês.

2. Automatizar e integrar processos internos

Quando os setores não se comunicam, os erros se multiplicam. Por isso, integrar vendas, compras, financeiro e estoque é essencial. Automatizar tarefas repetitivas reduz falhas e aumenta a produtividade. Aqui, um ERP passa a ser um aliado importante, conectando informações em tempo real, com segurança e consistência.

3. Criar rotinas de controle e responsabilidade

Não adianta ter o sistema certo se ninguém alimenta corretamente. É preciso estabelecer rotinas claras de quem faz o quê, quando e como. Esse hábito evita esquecimentos, registros incompletos e garante que as informações estejam prontas para o contador.

4. Contar com o apoio do contador desde já

O contador terá um papel fundamental nesse processo. Mais do que “entregar impostos”, ele será o parceiro estratégico que ajuda a PME a se adaptar às novas regras. Orientar, capacitar e sugerir melhorias nos processos internos fará parte do novo dia a dia contábil.

A reflexão é simples, mas profunda: não basta só mudar a legislação, será preciso mudar a forma de trabalhar. E quem não se adaptar, vai enfrentar cada vez mais dificuldades. A organização de hoje é a conformidade de amanhã. E nessa jornada, ferramentas de gestão integradas para apoiar os contadores, serão indispensáveis nesse cenário.

A reforma é inevitável. Sua preparação também.

A Reforma Tributária vai mexer em muitas estruturas, mas talvez o impacto mais transformador esteja no modo como as empresas e os contadores lidam com a geração de dados.

As obrigações acessórias vão evoluir para algo mais integrado, tecnológico e exigente. Mas isso não precisa ser um problema. Na verdade, pode ser a oportunidade que você precisava para virar a chave no seu escritório.

Ao ajudar seus clientes a se organizarem desde já, você se posiciona como contador estratégico, ganha produtividade e cria um diferencial competitivo real.

E para isso, contar com um sistema de gestão moderno, que centralize e padronize as informações do cliente, será essencial. Ferramentas como as da Omie já fazem isso hoje e vão estar ainda mais alinhadas às novas exigências do Fisco nos próximos anos.

Por fim, não precisa fazer isso sozinho. A Omie oferece um ecossistema completo para contadores, com ferramentas, suporte e parcerias que vão impulsionar sua atuação nesse novo cenário fiscal.Seja um contador parceiro da Omie e prepare seu escritório e seus clientes para a contabilidade do futuro.

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