PMEs crescem 4,9% em maio, com destaque para Serviços e Indústria

Após crescimento de +1,9% em abril, dados do IODE-PMEs de maio refletem a recuperação na confiança dos consumidores após incentivos fiscais e alívio nas pressões inflacionárias
Navegação Rápida
Navegação Rápida
  • Após crescimento de +1,9% em abril, dados do IODE-PMEs de maio refletem a recuperação na confiança dos consumidores após incentivos fiscais e alívio nas pressões inflacionárias
  • Índice também indica retração do Comércio (-3,4%) no período

Junho de 2023 – Em maio de 2023, o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) mostra que a movimentação financeira média das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras cresceu 4,9% na comparação com maio de 2022. O índice mostra importante recuperação após a desaceleração observada em abril, mas segue apresentando comportamento distinto entre os principais setores do mercado. No acumulado do ano até maio, o IODE-PMEs mostra crescimento de 2,9% na comparação com igual período do ano anterior.

O IODE-PMEs funciona como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, consistindo no monitoramento de mais de 120 mil empresas divididas em 660 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

Segundo Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, o desempenho do índice no último mês acompanha a recuperação da confiança dos consumidores diante de um contexto de melhores perspectivas para a evolução da renda das famílias (com a resiliência do mercado de trabalho e diversos incentivos fiscais) e de alívio das pressões inflacionárias no país. “O índice de confiança do consumidor da FGV (ICC-FGV) registrou relevante crescimento em maio (aumento de 1,4 ponto – atingindo o maior patamar desde outubro de 2022), sobretudo pela melhora das expectativas dos agentes com a situação econômica geral do país e, especificamente, com a situação das finanças familiares”, explica Beraldi.

Diante deste quadro, as perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023 voltaram a subir nas últimas semanas, com o mercado adotando um tom mais positivo, mesmo com o aperto monetário ainda em curso. Neste sentido, o IODE-PMEs já indicava resiliência da atividade econômica brasileira no início de 2023, ao encerrar o primeiro trimestre com crescimento de 2,5% na comparação anual.

Figura 1: IODE-PMEs (Número índice – base: média 2021=100)

gráfico IODE jun 2023

Fonte: IODE-PMEs (Omie)

Nos setores monitorados, a movimentação financeira real média foi influenciada, especialmente, pelos segmentos de Serviços (+3,8% ante maio de 2022) – com destaque para a evolução dos segmentos de ‘Atividades profissionais, científicas e técnicas’, ‘Atividades financeiras’ e ‘Atividades de serviços pessoais’ –, e Indústria (+4,1%) – sendo o terceiro mês consecutivo de expansão, liderado por ‘Fabricação de móveis’, ‘Fabricação de autopeças e implementos rodoviários’ e ‘Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos’.

O IODE-PMEs também mostrou modesto avanço do setor de Infraestrutura no último mês (+1,2% na comparação com maio de 2022), após o fraco resultado apresentado pelo setor em abril (-11,9%). O indicador está diretamente ligado à manutenção do desempenho positivo das atividades do segmento de ‘Serviços especializados para construção’ – com destaque para obras de acabamento imobiliárias.

Contudo, os dados do IODE-PMEs ainda mostram recuo do Comércio (-3,4% ante maio de 2022), após retração já verificada também em abril (-3,1%). No setor, houve queda nos segmentos atacadista (-1,7%) e varejista (-8,9%) no último mês. Especificamente no varejo, mesmo com o bom desempenho, em maio, de segmentos com vendas tradicionalmente afetadas pela ocorrência do Dia das Mães – tais como ‘plantas e flores naturais’ e ‘artigos de joalheria’ -, observou-se quedas na comparação anual desde fevereiro de 2023. De toda forma, as PMEs do comércio relacionado a veículos tiveram expansão de 1,6% no período, restringindo a queda observada no setor como um todo no último mês.

“Em linhas gerais, o mercado de PMEs mantém ritmo de expansão no decorrer do segundo trimestre deste ano, ainda que os resultados distintos entre os grandes setores da economia , com destaque para o crescimento de Serviços e a perda de fôlego do Comércio. Ainda que as taxas de juros em níveis elevados dificultem a evolução do consumo, as perspectivas relativamente mais positivas do mercado para a evolução da renda das famílias brasileiras se configuram como um importante condicionante para o mercado de pequenas e médias empresas no curto prazo”, finaliza Beraldi.

Sobre o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs)

Compreendendo a relevância das PMEs no desempenho econômico do nosso país, a Omie desenvolveu o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), que acompanha as atividades econômicas das pequenas e médias empresas brasileiras. A pesquisa da scale-up Omie é um tipo de apuração inédita entre as empresas do segmento, atuando como um termômetro econômico das empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais, além de oferecer uma análise segmentada setorialmente do mercado de PMEs no Brasil. Para elaborar os índices, a Omie analisa dados agregados e anonimizados de movimentações financeiras de contas a receber de mais de 120 mil clientes, cobrindo 660 CNAEs (de 1.332 subclasses existentes) – considerando filtros de representatividade estatística. Os dados são deflacionados com base nas aberturas do IGP-M (FGV), tendo como base o índice vigente no último mês de análise, com o objetivo de expurgar o efeito meramente inflacionário na série temporal, permitindo que se observe a evolução das movimentações financeiras em termos reais.

Compartilhe este post
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Banner lateral teste grátis
Conteúdos relacionados
Segunda edição da Sondagem Omie das Pequenas Empresas destaca otimismo, com expectativa de evolução positiva do faturamento e das contratações