Danos Emergentes e Lucros Cessantes: características e diferenças

Descubra as diferenças entre danos emergentes e lucros cessantes, como calculá-los e sua importância nos negócios.
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Entender os danos emergentes e os lucros cessantes é fundamental para compreender como as perdas de dinheiro são tratadas em situações legais, como casos de responsabilidade civil e contratos. 

Neste texto, vamos explicar de forma detalhada o que são esses tipos de danos, suas características, como a lei brasileira lida com eles e as principais diferenças entre eles. 

Também falaremos sobre a possibilidade de juntar esses danos em um mesmo caso e como as empresas podem se proteger dos lucros cessantes. 

Por fim, responderemos a algumas perguntas comuns para esclarecer eventuais dúvidas sobre esses conceitos importantes no contexto jurídico e financeiro.

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O que são danos emergentes?

Danos emergentes são um tipo de prejuízo que ocorre devido a um evento específico, como um acidente ou quebra de contrato. 

São chamados de “emergentes” porque surgem imediatamente como resultado desse incidente, não sendo considerados prejuízos indiretos ou secundários. 

Geralmente, envolvem perdas financeiras, por exemplo: gastos com reparos e despesas médicas causados por um acidente de carro devido à negligência de outro motorista.

Veja algumas das características dos danos emergentes:

  • Diretos: São perdas financeiras que acontecem devido a um evento específico, sem intermediários ou eventos subsequentes.
  • Imediatos: Esses danos surgem imediatamente após o incidente em questão, sem demora.
  • Consequência direta: São uma consequência direta e imediata do evento prejudicial, não sendo causados por fatores indiretos.
  • Financeiros: Envolvem custos monetários, despesas ou perdas financeiras.
  • Previsíveis: Geralmente, a parte prejudicada deve demonstrar que essas perdas eram razoavelmente previsíveis como resultado direto do incidente.
  • Dever de mitigação: Em muitos casos legais, a parte prejudicada também tem a responsabilidade de tomar medidas razoáveis para reduzir suas perdas financeiras após o incidente.

O que são lucros cessantes? 

Lucros cessantes são prejuízos que acontecem quando alguém ou uma empresa perde dinheiro devido a algo ruim que ocorreu, impedindo que eles ganhem o dinheiro que normalmente ganham. 

Por exemplo, quando você precisa gastar dinheiro para consertar um carro danificado em um acidente, isso é um tipo de prejuízo por lucros cessantes.

Aqui estão algumas características sobre os lucros cessantes:

  • Perda de oportunidade de lucro: Lucros cessantes representam a perda da chance de obter lucros que seriam esperados em circunstâncias normais, caso o evento prejudicial não tivesse ocorrido.
  • Comum em casos de responsabilidade civil: Esses tipos de danos são frequentemente relevantes em casos de responsabilidade civil, nos quais uma parte busca compensação pelas perdas financeiras devido às ações negligentes ou prejudiciais de outra parte.
  • Cálculo complexo: Determinar a quantia exata dos lucros cessantes pode ser complicado, pois envolve estimativas e projeções baseadas em dados históricos e expectativas comerciais. Em processos judiciais, especialistas financeiros podem ser chamados para calcular esses danos de forma precisa.
  • Deve ser previsível e comprovável: Para serem compensados por lucros cessantes, a parte prejudicada deve demonstrar que esses lucros perdidos eram razoavelmente previsíveis e podem ser comprovados como uma consequência direta do evento prejudicial.
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O que a lei diz sobre os lucros cessantes e danos emergentes? 

No Brasil, a lei permite a compensação por lucros cessantes e danos emergentes em casos de responsabilidade civil e contratos. 

Embora a lei não os defina precisamente, existem implicações legais dos danos emergentes e lucros cessantes. Veja como esses conceitos são tratados de acordo com a lei brasileira:

Lucros cessantes:

  • São reconhecidos como uma forma de dano indenizável.
  • Geralmente, são considerados danos que decorrem da perda de uma oportunidade de lucro devido a atos ilícitos, contratuais ou negligentes de terceiros.
  • Para serem compensados, os lucros cessantes devem ser razoavelmente previsíveis e comprováveis como uma consequência direta do ato prejudicial.
  • Os tribunais brasileiros levam em consideração fatores como o histórico de lucros, as projeções financeiras e as circunstâncias específicas do caso ao determinar a compensação.

Danos emergentes:

  • Também são reconhecidos como uma categoria de dano indenizável.
  • São considerados danos diretos e imediatos que surgem como resultado direto de um ato prejudicial.
  • Como os lucros cessantes, os danos emergentes devem ser razoavelmente previsíveis e comprováveis como consequência direta do ato prejudicial.

Um ponto importante que vale a pena destacar: a legislação brasileira é aberta a interpretação e aplicação pelos tribunais, e a compensação por danos emergentes e lucros cessantes pode variar de acordo com a natureza do caso e as evidências apresentadas. 

Quais as diferenças entre lucros cessantes e danos emergentes? 

Lucros cessantes e danos emergentes são dois tipos de danos que podem ocorrer em situações legais, como em casos de responsabilidade civil ou contratuais. A principal diferença entre esses conceitos está no momento e na natureza das perdas:

  • Lucros cessantes: se referem a perdas de oportunidades futuras de ganhos.
    Exemplo: Se alguém investiu dinheiro em um negócio arruinado devido à ação negligente de outra pessoa, os lucros cessantes seriam a perda dos lucros que teriam sido gerados pelo negócio se ele tivesse continuado.
  • Danos emergentes: se referem a perdas financeiras diretas e imediatas.
    Exemplo: Se alguém sofre um acidente de carro devido à negligência de outro motorista e precisa pagar por reparos no veículo danificado e por despesas médicas, esses custos seriam considerados danos emergentes.

É possível a cumulação entre dano emergente e lucro cessante?

É possível a cumulação entre dano emergente e lucro cessante em uma mesma ação judicial, desde que ambas as categorias de danos sejam aplicáveis a um caso específico e possam ser comprovadas de forma adequada.

Isso significa que, para juntar os dois tipos de danos, é preciso garantir três fatores:

  • Circunstâncias do caso: Tem que fazer sentido na situação específica.
  • Prova convincente: Você precisa mostrar de um jeito claro que os dois tipos de danos têm a ver com o mesmo problema.
  • Evidências fortes: Precisa de provas sólidas de que você perdeu dinheiro imediatamente (danos emergentes) e também perdeu a chance de ganhar dinheiro no futuro (lucro cessante) devido ao mesmo problema.

Sendo assim, é possível juntar esses dois tipos de danos se você tiver boas provas e se fizer sentido no seu caso.

Como as empresas podem se proteger dos lucros cessantes? 

As empresas podem tomar várias medidas para se proteger contra os lucros cessantes e minimizar os riscos associados a essas perdas financeiras. Veja algumas estratégias que podem ser úteis:

  • Seguro de interrupção de negócios: É um seguro que a empresa contrata para proteger seu dinheiro se algo ruim acontecer, como um incêndio ou um desastre natural que pare o funcionamento normal do negócio.
  • Contratos sólidos: Quando a empresa faz acordos com clientes, fornecedores e parceiros, é importante deixar tudo muito claro nos contratos, para que todos saibam o que tem que fazer. Isso ajuda a evitar brigas que poderiam fazer a empresa perder mais dinheiro.
  • Diversificação de clientes e fornecedores: Não é bom depender de apenas uma pessoa ou empresa para ganhar dinheiro ou para comprar coisas. Ter várias opções ajuda a empresa a não ficar vulnerável se uma delas não funcionar.
  • Planejamento de continuidade de negócios: Isso é como um plano de emergência, pois ajuda a empresa a se preparar para coisas ruins que possam acontecer e a garantir que possa tudo continuar funcionando ou se recupere rápido.
  • Avaliação de riscos: Ocasionalmente, é importante parar e pensar sobre o que poderia dar errado no negócio. Identificar os problemas com antecedência ajuda a evitar que eles causem perdas de dinheiro.
  • Reservas financeiras: É como ter uma poupança para a empresa. Guardar dinheiro para situações difíceis, como uma crise, para garantir que a empresa não pare de funcionar por falta de dinheiro.

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Principais perguntas sobre lucros cessantes materiais e danos emergentes

Ainda ficou com dúvidas sobre esses dois conceitos de danos? Então veja algumas perguntas e respostas que separamos aqui. Elas devem te ajudar a compreender o que ainda não ficou tão claro.

Quando é cabível lucros cessantes?

Lucros cessantes são cabíveis quando você deixa de ganhar dinheiro que teria ganho se não fosse por um evento prejudicial, como um acidente, uma violação de contrato ou uma ação negligente. 

Quando não cabe lucros cessantes?

Lucros cessantes não se aplicam quando não é possível mostrar de maneira clara e convincente que você perdeu uma chance real de ganhar dinheiro devido a um problema específico. 

Eles também não são apropriados quando é difícil provar que essa oportunidade de lucro realmente existia, ou quando a perda de lucro é incerta.

Como é feito o cálculo do lucro cessante?

O cálculo do lucro cessante é feito com base na diferença entre o que você teria ganho normalmente e o que realmente ganhou devido a um evento prejudicial. 

Quando cabe dano emergente?

O dano emergente cabe quando alguém ou uma empresa sofre perdas financeiras diretas e imediatas como resultado de um evento prejudicial, como um acidente de carro ou uma quebra de contrato.

Comprovar danos fica mais fácil com a documentação em dia

Pelo que vimos aqui, caso a sua empresa precise recorrer aos lucros cessantes ou danos emergentes, será preciso comprovar financeiramente as perdas. 

Para isso, nada melhor do que contar com um sistema para finanças, que te ajuda na documentação financeira da empresa.

Ao escolher o sistema certo, fica mais fácil ter controle sobre os gastos, evitar perdas desnecessárias e ainda ter um histórico fiel com o passar dos anos. 

Assim, caso haja alguma necessidade de comprovação ou avaliação, será simples compreender toda a trajetória da empresa.

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