As pequenas e médias empresas são uma importante força da economia brasileira, representando 99% do total de empreendimentos no Brasil. Com tamanha representatividade no mercado, identificar tendências para os próximos meses pode ser crucial para a tomada de decisões em seu negócio.
Por esse motivo, desenvolvemos a Sondagem Omie das Pequenas Empresas, com o objetivo de compreender o momento atual e as expectativas das PMEs brasileiras. Além de permitir que os empreendedores antecipem algumas tendências do mercado, a pesquisa identifica as principais dores dos pequenos empreendedores do país.
Após a primeira edição ter sido muito bem recebida, lançamos a segunda edição, trazendo novamente, de forma detalhada, todos os resultados coletados. Confira abaixo a pesquisa, entenda como ela foi realizada e tenha em mãos os insights apresentados pelo nosso time de especialistas.
Desenvolvimento e estrutura da sondagem
A segunda edição da sondagem foi feita utilizando a mesma metodologia aplicada na primeira edição: por meio de um questionário online direcionado aos clientes da Omie optantes pelo Simples Nacional, ou seja, com foco nas pequenas empresas.
Foram coletadas as percepções de 298 respondentes,* sobretudo tomadores de decisão dentro das pequenas empresas (como CEOs, diretores, sócios e gerentes). O período de coleta das respostas foi de 3 a 31 de março de 2024.
A pesquisa contou com sete perguntas distribuídas da seguinte forma:
- Três perguntas relacionadas à atual situação enfrentada pelas pequenas empresas;
- Três perguntas sobre expectativas das pequenas empresas em relação ao ambiente de negócios nos próximos meses;
- A última pergunta tinha como objetivo entender as principais dores que as pequenas empresas enfrentam no mercado para crescer.
Principais pontos encontrados pela pesquisa:
- 54% dos respondentes observaram crescimento do faturamento da empresa no período recente e apenas 17% sinalizaram retração.
- Cerca de 60% das respostas indicam que houve contratações no período recente, ainda que apenas 30% representaram efetivamente a abertura de novas vagas de trabalho (a parcela restante, de 29%, corresponde a vagas destinadas à reposição de equipe).
- 82% apontaram um aumento de custos e despesas nas pequenas empresas, enquanto apenas 4% mencionaram redução desses fatores nos últimos meses.
- 83% indicam perspectiva de crescimento do faturamento das pequenas empresas no curto prazo, com reduzido índice de expectativas negativas (1%).
- 43% dos respondentes sinalizaram que esperam abrir novas vagas de trabalho nos próximos meses, enquanto 27% deles se mostraram propensos a acionar o mercado de trabalho caso haja necessidade de reposição da equipe atual.
- 33% sinalizaram que esperam melhora da economia brasileira nos próximos meses.
Apesar do otimismo na evolução dos negócios no curto prazo, empresários seguem cautelosos
Com a pesquisa foi possível perceber que os pequenos empresários seguem otimistas com a evolução dos negócios no curto prazo, com destaque especial para a perspectiva de evolução do faturamento e contratações, dados que estão bem alinhados às tendências indicadas pelo IODE-PMEs.
Apesar disso, nem tudo é otimismo quando consideramos a postura do pequeno empreendedor em relação ao próprio negócio. Observamos uma visão macro cautelosa, provavelmente afetada pelos juros elevados (com reduzido efeito da redução da Selic na economia real por enquanto) e incertezas no campo político.
Além disso, quando questionados sobre o que tem afetado diretamente o crescimento das pequenas empresas, os empreendedores destacaram como principais dificuldades a elevada competitividade no segmento, altos custos com mão de obra e a falta de capital de giro, sendo as duas últimas as principais preocupações citadas – não apenas na sondagem de março de 2024, mas também na de agosto de 2023.
A inquietação dos empresários em relação aos problemas citados anteriormente está ligada ao fato de os custos trabalhistas terem sido impactados pelos elevados encargos pagos pelos empregadores – que se intensificaram com o aumento real do salário mínimo em 2024 – e a pressão financeira enfrentada pelos respondentes, que, aliada ao ambiente ainda restritivo para obtenção de crédito por parte dos pequenos empreendedores, afeta diretamente as finanças dos negócios.
Saiba mais sobre o comportamento do mercado com o IODE-PMEs
Quer saber mais tendências econômicas e antecipar a tomada de decisões da sua empresa? Acompanhe o IODE-PMEs, índice que auxilia os empreendedores brasileiros a compreender melhor os movimentos do mercado.
O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs, também conhecido como IODE-PMEs, traz informações relevantes sobre o cenário dos negócios no país e funciona como um termômetro econômico para empresas que têm um faturamento anual de até R$ 50 milhões. A análise engloba quatro setores da economia: Serviços, Comércio, Indústria e Infraestrutura.
Neste link você encontra nosso último boletim da IODE-PME e consegue ficar ainda mais por dentro dos acontecimentos nos principais setores da economia.
* Considerando o tamanho da amostra obtida e um nível de confiança de 95%, a margem de erro da sondagem é de aproximadamente 6%.
