Descubra o que é o imposto CIDE e como fazer o cálculo

Descubra o que é esse tributo, passo a passo de como realizar, os tipos e prazos e tire suas principais dúvidas
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A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, mais conhecida como CIDE, pode parecer um daqueles termos complicados do mundo dos impostos, mas, na verdade, tem um papel essencial na nossa economia. 

É uma forma que o governo tem de influenciar setores importantes, como o de combustíveis e tecnologia. Neste artigo, descomplicaremos o assunto e te mostrar o que é a CIDE, porque ela é importante e como ela funciona na prática!

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O que é o CIDE

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) é um tipo especial de tributação brasileira, previsto na Constituição Federal no artigo 149. 

Ela tem natureza extrafiscal, ou seja, além de arrecadar recursos, serve para intervir em setores específicos da economia. 

Seu objetivo é corrigir distorções ou estimular determinadas atividades econômicas. Por exemplo, pode ser usada para financiar infraestrutura de transporte ou fomentar a inovação tecnológica.

Qual é a importância da CIDE? Para que serve?

A importância da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) vai além da sua função arrecadatória. 

Como um tributo de natureza extrafiscal, a CIDE tem o poder de influenciar comportamentos econômicos e contribuir para o desenvolvimento de setores estratégicos. 

Regulação econômica

A CIDE serve como um instrumento para o governo intervir em setores específicos da economia, visando à correção de desequilíbrios e incentivo a determinadas atividades. 

Por exemplo, a CIDE-Combustíveis pode ser utilizada para regular os preços de combustíveis e, assim, influenciar o custo de transporte e a inflação.

Influência sobre políticas públicas

A CIDE permite que o governo tenha um instrumento adicional de política fiscal e econômica. Por exemplo, ao ajustar as alíquotas da CIDE-Combustíveis, o governo pode influenciar a política energética e de transportes do país.

Flexibilidade governamental

Diferente de impostos tradicionais, a CIDE oferece ao governo uma forma de arrecadação com finalidades específicas, o que proporciona uma maior flexibilidade na gestão de recursos destinados a áreas cruciais da economia.

Estímulo a setores econômicos

Por meio da CIDE, o governo pode estimular setores econômicos que necessitam de suporte, seja para crescimento ou reestruturação. Isso é feito pela imposição ou isenção da contribuição em setores específicos, conforme as necessidades econômicas.

Adaptação às mudanças econômicas globais

A CIDE ajuda o governo a adaptar a economia nacional às mudanças globais, como flutuações nos preços internacionais do petróleo, avanços tecnológicos e mudanças nos padrões de comércio internacional.

Tipos de contribuições de intervenção no domínio econômico

Existem vários tipos de CIDE, mas as mais conhecidas são a CIDE-Combustíveis e a CIDE-Royalties. 

1. CIDE-Combustíveis: incide sobre a importação e comercialização de combustíveis, incluindo os derivados de gás natural e nafta e álcool etílico combustível. Seu objetivo é financiar projetos ambientais relacionados à indústria do petróleo e do gás, programas de infraestrutura de transportes e também subsídios a preços ou transporte de combustíveis. 

2. CIDE-Royalties: aplicada sobre remessas ao exterior para pagamento de royalties, serviços técnicos, assistência administrativa e contratos que envolvam transferência de tecnologia. O objetivo é financiar o Programa de Estímulo à Intervenção Universidade-Empresa para Apoio à Inovação, incentivando assim o desenvolvimento tecnológico brasileiro.

Além destas, existem outras CIDEs em vigor no Brasil:

  • Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM): cobrada sobre o frete de mercadorias transportadas por via marítima. É destinada ao desenvolvimento e renovação da marinha mercante e da indústria de construção naval brasileira;
  • CIDE-Telecomunicações: inclui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL), utilizados para universalizar o acesso aos serviços de telecomunicação em todo o território nacional e fomentar o desenvolvimento tecnológico do setor.

Passo a passo de como fazer o cálculo da CIDE

O cálculo da CIDE varia conforme o tipo. Para a CIDE-Combustíveis, a base de cálculo é a quantidade do produto comercializado ou importado, com alíquotas específicas para cada tipo de combustível. 

Já a CIDE-Royalties tem uma alíquota fixa de 10% sobre os valores remetidos ao exterior sob contratos de transferência de tecnologia.

Cálculo da CIDE-Combustíveis:

  1. Identificar o produto: determine qual produto está sujeito à CIDE. Isso inclui gasolina, diesel, querosene de aviação, óleos combustíveis, GLP, entre outros.
  2. Medir a quantidade: a base de cálculo é a quantidade do produto, medida em unidades específicas (como litros, metros cúbicos ou toneladas).
  3. Aplicar a alíquota: as alíquotas variam conforme o produto:
    • Gasolina: BRL 860,00 por metro cúbico.
    • Diesel: BRL 390,00 por metro cúbico.
    • Querosene de aviação: BRL 92,10 por metro cúbico.
    • Óleos combustíveis: BRL 40,90 por tonelada.
    • GLP: BRL 250,00 por tonelada.
    • Álcool etílico combustível: BRL 37,20 por metro cúbico.
  4. Calcular o valor: multiplique a quantidade do produto pela alíquota correspondente para encontrar o valor total da CIDE devido.

Cálculo da CIDE-Royalties:

  1. Identificar a transação: verifique se a transação envolve remessas ao exterior para pagamento de royalties, serviços técnicos, assistência administrativa ou transferência de tecnologia;
  2. Determinar o valor remetido: calcule o total do valor remetido ao exterior sob o contrato relevante;
  3. Aplicar a alíquota: a alíquota para a CIDE-Royalties é fixa em 10%;
  4. Calcular o valor: multiplique o valor remetido ao exterior por 10% para obter o total da CIDE-Royalties devido.

Prazo de pagamento da CIDE

O prazo para o pagamento da CIDE também depende do tipo:

Prazo de pagamento da CIDE-Combustíveis:

  1. Para importações: o pagamento da CIDE-Combustíveis deve ser efetuado na data do registro da Declaração de Importação (DI). Isso significa que, no momento da importação de combustíveis, a CIDE correspondente deve ser calculada e paga;
  2. Para vendas no mercado interno: quando se trata de combustíveis comercializados dentro do Brasil, o pagamento da CIDE deve ser realizado até o último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente ao da ocorrência do fato gerador. Por exemplo, se o fato gerador ocorre em março, o pagamento deve ser feito até o último dia útil da primeira quinzena de abril.

Prazo de pagamento da CIDE-Royalties:

  1. Para remessas ao exterior: deve ser paga até o último dia útil da quinzena subsequente ao mês em que ocorreu o fato gerador. Por exemplo, se uma empresa realiza um pagamento que gera CIDE-Royalties em março, ela terá até o último dia útil da primeira quinzena de abril para efetuar o pagamento.

Para garantir a conformidade com as obrigações tributárias, é fundamental que as empresas observem esses prazos e se mantenham atualizadas em relação a quaisquer mudanças na legislação. Atrasos ou omissões no pagamento podem resultar em taxas, como multas e juros.

Critérios para a CIDE ser válida

Para ser válida, a CIDE deve ter base legal específica, um fato gerador bem definido, e os recursos arrecadados devem ser destinados a uma finalidade específica. 

Além disso, a CIDE deve respeitar os princípios constitucionais tributários, como legalidade, anterioridade, isonomia e não confisco.

Softwares que podem ajudar no processo

Para facilitar o gerenciamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), muitas empresas recorrem a softwares especializados em gestão tributária e contábil. Um desses softwares é o sistema oferecido pela Omie.

  1. Automatização de cálculos: o software da Omie pode automatizar o cálculo da CIDE, considerando as variáveis específicas de cada tipo de contribuição, como a CIDE-Combustíveis e a CIDE-Royalties. Isso inclui a aplicação de alíquotas corretas e cálculos baseados na quantidade ou valor das transações;
  2. Integração contábil: o sistema permite uma integração contábil eficiente, facilitando o registro e a reconciliação de transações relacionadas à CIDE;
  3. Geração de guias de recolhimento: uma das funcionalidades mais úteis é a geração automática de guias de recolhimento, assegurando que os pagamentos sejam feitos corretamente e dentro do prazo estabelecido pela legislação;
  4. Relatórios e análises: o software também oferece relatórios detalhados, permitindo às empresas monitorar e analisar suas obrigações tributárias relacionadas à CIDE, facilitando a tomada de decisões e o planejamento fiscal.

O uso do software da Omie pode ser uma solução eficaz para empresas que buscam otimizar o gerenciamento de suas obrigações relacionadas à CIDE, economizando tempo e reduzindo o risco de erros no cálculo e no pagamento dessas contribuições.

FAQ — perguntas frequentes

Quem precisa pagar a CIDE? 

Contribuintes da CIDE-Combustíveis incluem produtores, formuladores e importadores de combustíveis. Já a CIDE-Royalties é paga por empresas que remetem royalties ou pagamentos relacionados à transferência de tecnologia para o exterior.

A CIDE é um imposto? 

A CIDE é uma contribuição especial, não um imposto. Ela tem finalidades específicas de intervenção no domínio econômico.

Qual a diferença entre CIDE-Combustíveis e CIDE-Royalties? 

A CIDE-Combustíveis incide sobre operações com combustíveis, enquanto a CIDE-Royalties é aplicada sobre remessas ao exterior para pagamento de royalties e serviços técnicos.

Como é feita a destinação dos recursos da CIDE? 

Os recursos da CIDE são destinados a finalidades específicas, como financiamento de projetos ambientais e de infraestrutura de transportes para a CIDE-Combustíveis e fomento à inovação tecnológica para a CIDE-Royalties.

Evite problemas com a CIDE: conte com a Omie!

A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) representa uma ferramenta significativa na política fiscal e econômica do Brasil, servindo a propósitos que vão além da simples arrecadação. 

Automatizando cálculos, integrando dados contábeis, gerando relatórios detalhados e se mantendo atualizado com as mudanças legislativas, o software da Omie simplifica a gestão da CIDE, permitindo às empresas focar em suas atividades principais, garantindo conformidade e eficiência.

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