IOF: o que é, como funciona e quando é cobrado – Guia completo

Descubra o que é IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), seu valor e quando ele é aplicado.
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O IOF pode afetar as empresas de diversas maneiras, dependendo das operações financeiras que realizam. 

Para a saúde financeira dos negócios, é importante que as empresas estejam cientes das taxas de IOF e como elas se aplicam às suas operações financeiras, pois isso afeta a gestão financeira e a tomada de decisões. 

Neste guia completo, você vai aprender tudo sobre o tema: o que é, como funciona, quando é cobrado e muito mais. Acompanhe!

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O que é IOF?

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal que incide sobre diversas transações financeiras, como empréstimos, financiamentos, investimentos, câmbio e cartão de crédito.

Seu objetivo é regular a economia do país, uma vez que ele pode ser alterado pelo governo a qualquer momento, de acordo com as necessidades do mercado. Além disso, ele também serve como fonte de arrecadação para os cofres públicos.

Por exemplo, se o governo quer estimular o consumo interno, ele pode reduzir o IOF sobre as compras no cartão de crédito. Se ele quer desestimular a especulação financeira, ele pode aumentar o IOF sobre os investimentos de curto prazo.

Além disso, ele também pode ser usado para promover a justiça social, a proteção ambiental, a defesa nacional e outros interesses públicos.

Quando o IOF é Cobrado

O IOF é cobrado sempre que há uma operação financeira envolvendo crédito, câmbio, seguro ou títulos e valores mobiliários. Veja alguns exemplos de situações em que o imposto é cobrado:

  • Quando você faz um empréstimo ou financiamento em um banco, ou uma financeira;
  • Quando você usa o cheque especial ou o cartão de crédito para pagar suas contas;
  • Quando você compra ou vende moeda estrangeira em uma casa de câmbio, ou em uma plataforma online;
  • Quando você usa o cartão de crédito ou débito para fazer compras internacionais ou saques no exterior;
  • Quando você faz um seguro de vida, de carro, de viagem ou de qualquer outro tipo;
  • Quando você investe em um CDB, em um fundo de investimento, no Tesouro Direto ou em qualquer outro título, ou valor mobiliário.

Como Funciona o IOF?

O IOF é cobrado no momento em que você faz a transação, e quem cobra e repassa o imposto para o governo são as instituições financeiras, como bancos e empresas de cartão de crédito.

O importante a saber é que o IOF é calculado sobre o valor total da transação, sem considerar outros impostos que você já pagou anteriormente. 

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Valores do IOF

Os valores do IOF dependem do tipo e do prazo da operação financeira realizada. Veja a seguir alguns exemplos de alíquotas do imposto:

  • Empréstimos e financiamentos: 0,38% + 3% ao ano;
  • Cartão de crédito: 0,38% + 6,38% ao ano;
  • Cheque especial: 0,38% + 0,0082% ao dia;
  • Câmbio: 1,1% para compra de moeda estrangeira em espécie e 6,38% para compra de moeda estrangeira com cartão de crédito ou débito;
  • Investimentos: varia de acordo com o tipo e o prazo do investimento. Por exemplo:
    • Poupança: isenta.
    • CDB: regressiva de 96% a 0%, conforme o prazo.
    • Fundos de investimento: regressiva de 96% a 0%, conforme o prazo.
    • Ações: isenta.
    • Tesouro Direto: regressiva de 96% a 0%, conforme o prazo.

Exemplo do cálculo IOF

Para ilustrar como funciona o cálculo desse imposto, vamos usar o exemplo de um empréstimo de R$ 10 mil, com juros de 10% ao ano e prazo de 12 meses. Veja como ficaria:

  • Valor do empréstimo: R$ 10.000,00;
  • Juros: R$ 1.000,00;
  • IOF fixo: 0,38% x R$ 10.000,00 = R$ 38,00;
  • IOF diário: 3% / 365 x R$ 10.000,00 x 30 dias = R$ 24,66;
  • IOF total: R$ 38,00 + R$ 24,66 = R$ 62,66;
  • Valor total a pagar: R$ 10.000,00 + R$ 1.000,00 + R$ 62,66 = R$ 11.062,66.

Aplicações do IOF

O IOF tem diversas aplicações na economia e na sociedade. Veja a seguir algumas delas:

IOF em Investimentos

O IOF em investimentos é uma forma de incentivar os investidores a manterem seus recursos aplicados por mais tempo, evitando a especulação financeira e a volatilidade do mercado. 

O imposto é cobrado sobre o rendimento dos investimentos de renda fixa e de alguns fundos de investimento, conforme o prazo da aplicação.

O IOF segue uma tabela regressiva, que vai de 96% a 0%, conforme o número de dias da aplicação. Quanto menor o prazo, maior a alíquota do imposto. 

Veja a tabela completa do IOF em investimentos:

Dias Alíquota Dias Alíquota
1 96% 29 66
2 93% 30 63
3 90%
4 86% 364 3%
5 83% >=365 0%

IOF em Transações Internacionais

O IOF em transações internacionais é uma forma de controlar o fluxo de moeda estrangeira no país, equilibrando a oferta e a demanda. O imposto é cobrado sobre as operações de câmbio e sobre as compras internacionais com cartão de crédito ou débito.

Nesse caso, ele tem duas alíquotas diferentes: uma para compra de moeda estrangeira em espécie e outra para compra de moeda estrangeira com cartão. 

A alíquota para compra de moeda estrangeira em espécie é de 1,1%, diferente dos 6,38% para compra de moeda estrangeira com cartão. 

Além disso, o IOF de 6,38% também é cobrado em transações internacionais sobre os saques no exterior e compras internacionais com cartão de crédito ou débito. Isso porque o governo quer desestimular o consumo de bens e serviços estrangeiros, favorecendo a balança comercial do país.

Reduções e Isenções do IOF

Apesar de envolver uma grande quantidade de transações, algumas operações são isentas ou têm redução do IOF. É o caso de:

  • Aplicações na poupança
  • Empréstimos ou compra de moeda estrangeira entre duas pessoas físicas
  • Financiamentos de imóveis residenciais
  • Operações de crédito voltadas ao investimento rural
  • Empréstimos de curto prazo (inferior a 180 dias) realizados no exterior
  • Compra e venda de ações na bolsa de valores

Além disso, o governo pode alterar as alíquotas do IOF a qualquer momento, conforme as necessidades da política econômica. Por exemplo, em 2022, o governo anunciou que vai zerar o IOF sobre câmbio até 2028, reduzindo gradualmente as alíquotas ao longo dos anos. 

Consequências do Não Pagamento do IOF

O não pagamento do IOF pode acarretar em multas e juros para o contribuinte, além de outras penalidades previstas na legislação. O valor da multa varia conforme o tipo e o prazo da operação financeira realizada. 

Por exemplo, nas operações de crédito, a multa é de 20% sobre o valor do imposto não pago, mais os juros equivalentes à taxa Selic acumulada desde o vencimento até o pagamento.

Além disso, o não pagamento do IOF pode impedir que o contribuinte obtenha certidões negativas ou positivas com efeito de negativa na Receita Federal, dificultando a realização de outras operações financeiras ou contratos com órgãos públicos. 

Portanto, é importante estar atento às situações em que o IOF é cobrado e aos valores das alíquotas aplicáveis. Assim, você evita surpresas desagradáveis na hora de realizar suas operações financeiras.

Outras dúvidas sobre esse tema

A seguir, respondemos algumas perguntas frequentes sobre o IOF:

Qual é o valor do IOF hoje?

O valor do IOF hoje depende do tipo e do prazo da operação financeira realizada. Você pode consultar as alíquotas vigentes no site da Receita Federal para calcular o valor aproximado do imposto.

Como calcular o IOF de uma aplicação financeira?

Para calcular o IOF de uma aplicação financeira, você deve considerar o valor do rendimento, o prazo da aplicação e a alíquota do imposto.

 O IOF segue uma tabela regressiva, que vai de 96% a 0%, conforme o número de dias da aplicação. Quanto menor o prazo, maior a alíquota do imposto.

Por exemplo, se você investiu R$10 mil em um CDB que rendeu R$100,00 em 15 dias, você deve aplicar a alíquota de 83% sobre o rendimento. Assim, o valor do IOF será de R$83,00 e o valor líquido do rendimento será de R$17,00.

Como o Sistema ERP pode te ajudar a gerenciar o IOF

Se você é um empreendedor e realiza operações financeiras sujeitas ao IOF, você sabe como é importante ter um controle eficiente sobre esse imposto. Afinal, ele pode impactar diretamente no seu fluxo de caixa e na sua lucratividade.

Para facilitar a sua gestão tributária, você pode contar com um Sistema ERP, que é um software integrado que automatiza e otimiza os processos administrativos, financeiros e fiscais da sua empresa.

Com um Sistema ERP, você pode:

  • Registrar e acompanhar todas as suas operações financeiras em tempo real;
  • Calcular e recolher o IOF de forma correta e segura;
  • Emitir relatórios e demonstrativos contábeis com facilidade;
  • Integrar as informações com a sua contabilidade e com a Receita Federal;
  • Evitar erros, multas e sonegação fiscal.

Conte com o sistema ERP da Omie 

Um Sistema ERP que oferece todas essas vantagens é a Omie, que é uma plataforma completa, intuitiva e inteligente para a gestão do seu negócio. Com a Omie, você pode:

  • Controlar o seu fluxo de caixa, as suas contas a pagar e a receber, as suas cobranças e os seus recebimentos;
  • Gerenciar o seu estoque, as suas compras, as suas vendas e os seus pedidos;
  • Emitir notas fiscais eletrônicas (NF-e), notas fiscais de serviço eletrônicas (NFS-e) e boletos bancários;
  • Integrar o seu sistema com os principais bancos, operadoras de cartão e marketplaces do mercado;
  • Contar com um suporte especializado e um atendimento personalizado.

Venha conhecer melhor o sistema Omie e suas funcionalidades que ajudam você a gerenciar melhor os impostos do seu negócio!

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