O que é inovação aberta e como colocar em prática?

Saiba como acelerar o crescimento da sua empresa com a inovação aberta.
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Por melhor que seja uma empresa e seus profissionais, sempre haverá espaço para aprender mais e buscar novas formas de otimizar e melhorar seus processos, produtos e  serviços. Uma das melhores maneiras de fazer isso é através da inovação aberta.

Esse conceito envolve uma colaboração entre negócios em que há troca de informações relevantes para todos, para acelerar a inovação e o crescimento do mercado. Embora venha ganhando espaço, este ainda é um conceito novo, mas pode beneficiar muito as empresas que o utilizam.

Neste artigo, vamos trazer mais detalhes sobre essa forma de gestão empresarial, quais as vantagens para seu negócio e como aplicar a inovação aberta na sua realidade. Acompanhe até o final e saiba como alavancar sua empresa.

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O que é inovação aberta?

A inovação aberta, ou Open Innovation, é um modelo de gestão empresarial que promove um crescimento acelerado da companhia através da troca de experiências e conhecimentos entre empresas.

O conceito começa a fazer sentido no momento em que os gestores compreendem que seu negócio, por melhor que seja, possui limitações intelectuais. Isso não quer dizer que seus profissionais não sejam competentes, apenas que um reduzido grupo de pessoas chegará até certo ponto quando se fala de inovação.

Assim, uma empresa nunca será detentora de todo o conhecimento e ter apoio de outros negócios pode ser muito interessante para acelerar a criação de novas ideias e expansão das suas atividades.

Ao abrir seu negócio para parcerias externas, analisando seus dados e experiências (e fornecendo informações também), as equipes podem aprender muito mais rápido, facilitando o processo de inovação em seus produtos e serviços.

A transformação digital é uma grande aliada desse modelo, pois permite uma troca de dados mais ágil, agilizando o aprendizado e aplicação das ideias descobertas.

O conceito de inovação aberta surgiu com Henry Chesbrough, em 2003, em seu livro Inovação Aberta: como criar e lucrar com a tecnologia. O autor propõe uma abordagem colaborativa, com troca de ideias entre empresas, para que todos possam se beneficiar de conhecimentos, estratégias e experiências para inovar mais rapidamente.

Uma frase de Chesbrough que sintetiza bem todo o conceito é: “Hoje, o conhecimento útil está amplamente distribuído e que nenhuma empresa, por mais capaz ou grande que seja, poderia inovar de forma eficaz por conta própria.”

Para que o Open Innovation seja eficaz, é preciso realmente haver uma troca de conhecimentos entre os envolvidos, pois assim como aprendem com os outros, devem contribuir para o crescimento do mercado.

Segundo o autor, esse modelo de gestão só traz vantagens para as empresas, mas é preciso que haja uma mudança na mentalidade dos gestores, que precisam sair da bolha e observar o que acontece ao redor, tanto para aprender quanto para ensinar.

5 vantagens da inovação aberta

Por ser um modelo colaborativo, o Open Innovation favorece o crescimento das empresas, facilitando a implementação de processos inovadores, além da descoberta de novos produtos, serviços e ideias. Mas, podemos citar também outros benefícios dessa prática:

  1. Maior acesso às ideias: a inovação aberta permite que mais pessoas e negócios tenham conhecimento de ideias que podem ser úteis em suas operações. Ao invés de precisar desenvolver uma solução zero toda vez que surgir a necessidade, é possível aprender com os demais e adaptar a ideia conforme sua realidade.
  2. Otimização de tempo: junto ao que acabamos de comentar, o Open Innovation permite que soluções sejam encontradas em menos tempo, com a implementação da inovação com mais agilidade e assertividade.
  3. Estímulo ao networking: como os profissionais têm mais contato com outras pessoas para realizar as trocas de ideias, sua rede de contatos aumenta e é possível desenvolver relacionamentos mais sólidos, pois existe uma confiança mútua para que a inovação aberta aconteça com fluidez.
  4. Redução de erros e riscos: ao aprender com os outros, os gestores podem identificar o que já deu certo ou errado em outros ambientes e evitar cometer as mesmas falhas em sua empresa. Além disso, por não precisar desenvolver ideias do zero sempre, o risco dos projetos darem errado ou prejudicarem a empresa diminui.
  5. Melhora no ROI: quando os riscos diminuem, mas a inovação se faz presente, uma companhia só tem a ganhar. Isso porque os recursos investidos tendem a ter melhor retorno, com ações mais seguras, assertivas e direcionadas para as necessidades.

Esses são apenas alguns pontos que podemos citar sobre a inovação aberta. Existem ainda outras vantagens desse modelo de gestão, como a valorização do conhecimento e aumento da capacidade de aprendizagem.

No fim, o mercado, os consumidores, as empresas e os profissionais ganham com a troca de ideias e experiências, facilitando o crescimento e melhora dos produtos e serviços oferecidos.

Como implementar a inovação aberta?

Se você se interessou pelo assunto e deseja investir na inovação aberta, é interessante seguir alguns passos para aplicar o conceito na sua empresa.

O primeiro passo é a mudança de mentalidade, passando a considerar a troca de conhecimento com outros negócios. Sobre isso, é importante reforçar o cuidado com as informações trocadas, para que apenas o necessário seja compartilhado, evitando o vazamento de dados sensíveis.

Outro ponto é a adoção de processos e análise de dados de forma digital. A tecnologia é uma aliada na aplicação do Open Innovation, pois permite maior interação entre as partes interessadas, além de facilitar a avaliação e refinamento das informações.

Após isso, algumas estratégias podem ser usadas para conhecer e transmitir conhecimentos:

  • Hackathons: maratonas de programação para descobrir as melhores soluções para tecnologia.
  • Crowdsourcing: recrutamento de ideias, geralmente na internet, para desenvolver algum projeto.
  • Feedbacks de clientes e parceiros: respostas, sugestões e até reclamações de quem usa seus produtos e serviços.
  • Working space: espaço para trabalho em que é possível trocar ideias com outras pessoas.
  • APIs abertas: recurso em que a empresa disponibiliza o código para que outros possam integrar com sistemas e descobrir novas possibilidades.

Inovação aberta: exemplos

Agora, vamos ver como algumas empresas de referência no mercado têm aplicado o Open Innovation em suas operações.

Segundo a pesquisa 100 Open Startups, a Ambev é a companhia que mais investe em inovação aberta. A empresa investe em startups e, consequentemente, em sua tecnologia.

Assim, a Ambev consegue incorporar à sua operação insights e conhecimentos desenvolvidos por outras instituições, tornando seus produtos e processos muito melhores, além de investir nas pesquisas e tecnologias dos negócios.

O mercado todo ganha, pois há um incentivo para continuar o desenvolvimento de novas ideias e processos são aprimorados e necessidades são atendidas.

Outro exemplo é a Natura, que há anos investe em startups e já teve mais de 60 soluções descobertas, pois procura ideias e projetos em outras empresas que possam agregar aos seus serviços e produtos.

Gere inovação na sua empresa

A inovação aberta acelera o desenvolvimento da empresa e seus produtos. A troca de experiências e conhecimentos entre negócios promove melhorias no mercado, com necessidades atendidas com mais qualidade.

Considere aplicar esse modelo de gestão na sua empresa com os passos que comentamos aqui. Para manter seu crescimento, adquira mais conhecimento em tecnologia e inovação no Blog da Omie.

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