O que é open banking? Saiba tudo sobre esse sistema financeiro

O Open Banking é um sistema que vai facilitar toda a vida financeira da população. Quer saber como? Confira o artigo!
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Se você já ouviu falar nesse termo, e está se perguntando o que é Open Banking, saiba que é basicamente um sistema financeiro aberto que tem como o principal conceito abrir mais opções ao consumidor e proporcionar aos clientes de produtos e serviços financeiros o compartilhamento de informações entre as instituições através do Banco Central.

Dessa forma, as movimentações entre as contas bancárias podem ser feitas em diferentes plataformas e não apenas no próprio aplicativo do banco. Tudo isso com muita segurança e agilidade.

Portanto, é importante entender que o Open Banking não é um serviço prestado pelas instituições financeiras, e sim uma regulamentação do Banco Central para deixar mais fácil o acesso dos dados e informações bancárias dos clientes. Ou seja, o consumidor se torna dono dos seus dados, e não o banco, o que atualmente não acontece.

Por isso, acompanhe o artigo e entenda mais sobre o que é Open Banking na prática e como funciona!

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Como é o funcionamento com o Open Banking?

Com a mudança na forma da movimentação bancária, assim que o correntista autorizar, o Banco que ele utiliza pode compartilhar os dados com outras instituições para melhorar a integração e performance entre eles. Porém, é fundamental saber que isso é algo que deve ser autorizado pelo dono da conta, ou seja, nenhum Banco pode passar informações sem autorização.

Além disso, o titular pode escolher quais são os dados que serão compartilhados e com quais instituições e interromper se sentir necessidade a qualquer momento. Com uma base simples, é possível deixar a comunicação muito mais padronizada e com facilidade na portabilidade de informações.

Por exemplo, se o cliente de um determinado banco desejar fazer empréstimo em outra rede de bancos mesmo sem ter uma conta nele, vai ficar mais fácil. Isso porque o primeiro banco já tem todos os dados e informações sobre a pessoa.

Ou seja, na prática, o Open Banking vai permitir que o cliente tome suas próprias decisões. Ela vai ter a liberdade de escolher acessar o crédito de determinado banco com as melhores taxas, fazer o investimento em uma corretora com taxas mais baixas e até mesmo, escolher uma fintech que ofereça cartão de crédito sem anuidades.

Para isso será necessário o compartilhamento de informações pessoais entre as redes bancárias, são elas:

  • Dados cadastrais: nome, endereço, telefone, CPF/CNPJ e nome do sócio, válido para as empresas;
  • Informações sobre renda: comprovante salarial, faturamento, etc;
  • Dados transacionais realizados: movimentações, capacidade de compra, entre outros;
  • Dados sobre produtos e serviços: empréstimos, financiamento, etc.

O principal objetivo do Open Banking é priorizar e otimizar a experiência do cliente. Importante destacar que essas informações só podem ser compartilhadas com a autorização e consentimento da pessoa.

Quais as vantagens de usar o Open Banking?

Existem vários benefícios com esse sistema, imagine não precisar se preocupar em desenvolver todo um histórico de crédito que foi construído durante um longo período do zero? Isso porque, com o Open Banking é possível levar todas as informações de contas pagas, salários, empréstimos e perfil de gastos para outro Banco.

Pense na seguinte situação, você precisa migrar de instituição ou adquirir qualquer um dos serviços financeiros que não existem no seu Banco atual, mas não quer passar por toda aquela burocracia para usar um novo cartão e nem sempre ter uma boa experiência.

A partir desse problema, que era comum, surgiu essa novidade. Com um histórico, é possível conseguir melhores taxas de juros, limites de cartões de crédito maiores e ainda não precisar se limitar a um tempo para usar determinadas funcionalidades do novo Banco. Além disso, existem outras vantagens que vale destacar:

  • Aumento da competitividade: para quem procura novos produtos e serviços, isso vai facilitar a procura por cotações entre as instituições e escolher assim, a que mais te é vantajosa;
  • Ofertas melhores e customização: ao ter mais opções as ofertas tendem a ser melhores e a personalização maior;
  • Aumento da inovação: o Banco Central acredita que com essa novidade, as empresas fiquem mais propensas a adotar modelos de negócio melhores e mais ágeis, sem perder o foco na jornada e experiência do cliente;
  • Consumidor no centro: as instituições poderão fazer ofertas especiais para os clientes de suas concorrentes, assim, eles terão maior controle sobre suas finanças.
  • Maior transparência: muito mais facilidade e opções para os consumidores escolherem as melhores taxas e condições na hora de fechar um contrato.

E isso tudo é feito a partir de API! Confira a seguir.

O que são as APIs e para que servem?

A API ou application programming interface é uma interface de programação que possibilita a comunicação entre algumas plataformas através de protocolos. Dessa forma, os desenvolvedores conseguem criar aplicativos que se comuniquem com outros apps de serviços.

Essa estratégia pode ser usada em todos os tipos de empresa, e são conhecidas como APIs abertas, e em empresas financeiras todos os bancos, fintechs ou qualquer outra operadora continua tendo autonomia para desenvolver os produtos com a exigência de seguir os devidos protocolos e padrões de segurança.

Porém, a diferença é a forma com que essas APIs são realizadas, e nesse caso, existe um padrão para que a competição seja feita de forma justa e com complemento dos serviços oferecidos. E agora que você já sabe o que é API, vamos te apresentar mais informações sobre a segurança do Open Banking.

O Open Banking é seguro?

Essa é uma dúvida que surge sempre que alguma coisa nova aparece, não é mesmo? Por isso, além de saber o que é open banking, é preciso entender que a primeira etapa da criação desse sistema foi a segurança. Isso porque, é imprescindível ter um ambiente seguro em aplicativos que contém dados sigilosos e confidenciais.

Além disso, todas as empresas participantes têm a obrigação de seguir várias regras de segurança para garantir que estão dentro do que determina o Banco Central do Brasil. E ao longo do tempo, as instituições podem aplicar novas regras se perceber que existe algo a ser melhorado.

Quanto tempo as empresas possuem acesso aos dados?

O prazo definido pelo Banco Central é de até 12 meses, por isso, ao passar esse período o cliente precisa renovar o consentimento para que a instituição bancária utilize as informações novamente.

Esse prazo tem variações de acordo com o objetivo de utilização dos dados, ou seja, alguns acessos podem ser permitidos por 3 meses, outros por 6 e assim por diante. E é importante entender que devido a LGPD, o cliente pode pedir a exclusão dos dados do Open Banking a qualquer momento.

Quais são os custos para usar o Open Banking?

O consumidor não vai precisar pagar para usar o compartilhamento de dados com os bancos, e por outro lado, o banco poderá cobrar o cliente em casos de serviços adicionais. Porém, ainda não existem informações sobre a possibilidade de cobrança para clientes pessoa física e nem pessoa jurídica.

Mas, existe uma regra em que a instituição que possui os dados poderá cobrar a o banco receptor se ele solicitar os dados mais de duas vezes no mesmo mês. Por isso, é importante ficar atento a esse ponto do Open Banking.

Open banking no Brasil: conheça o cronograma completo

Após entender o que é open banking e a sua chegada no Brasil, o Banco Central dividiu em 4 etapas o cronograma, confira:

Etapa 1

Essa fase teve início em 01/02 e com ela, os dados das instituições participantes foram divulgados, além dos canais de atendimento e quais os serviços e produtos oferecidos. Entre eles: poupança, depósito à vista, entre outros.

Etapa 2

A segunda etapa começou dia 13/08, nela o cliente pode compartilhar todos os seus dados pessoais, entre eles nome completo, CPF ou CNPJ, telefone, endereço e qualquer outra informação relacionada às transações bancárias.

Etapa 3

Com essa terceira fase, prevista para 30/08, o pagamento fora do ambiente do banco via Pix poderá ser realizado. Ou seja, os clientes terão acesso a serviços de pagamento e proposta de crédito através de mensagens.

Etapa 4

Com início em 15/12, o compartilhamento será quase completo, com dados de produtos e serviços e informações de câmbio, investimentos, previdência e até mesmo seguros.

Além disso, existe um cronograma previsto do Open Banking para 2022, quando a liberação será feita de forma gradual, de outras funcionalidades como compartilhamento de de serviços e transferências, envio de propostas de operação de créditos, serviços de pagamento por boleto e serviços de débito em conta.

Existem algumas instituições bancárias que serão obrigadas a participarem do Open Banking, entre elas, destacamos algumas das mais conhecidas:

  • Banco do Brasil;
  • Bradesco;
  • Caixa Econômica;
  • Itaú;
  • Santander;
  • BNDES;
  • Citibank;
  • Credit Suisse;
  • Nubank;
  • Pic Pay;
  • Mercado Pago.

Open Banking é uma das revoluções do mercado financeiro

Com o Open Banking vai ficar ainda mais fácil controlar suas finanças de maneira prática e organizada. Para te ajudar com isso, que tal ler o nosso conteúdo sobre como criar uma planilha de gastos? Ela pode ser um diferencial e tanto para você e sua vida financeira!

Quer continuar sabendo mais sobre o mundo financeiro e todas as praticidades de entrar no mundo do Open Banking? Continue acompanhando o nosso blog e todas as novidades que temos sobre finanças. Além disso, conheça nossos serviços através do sistema ERP Omie. Para clientes do software, é possível contar com uma conta exclusiva para pessoa jurídica, a Omie.Cash. Conheça!

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