O gerenciamento de crise vem se tornando importante nos últimos anos. Algumas questões como problemas sanitários, sociais e econômicos têm levado as organizações a se comprometerem com o comportamento profissional de seus colaboradores e com os impactos que esses fatores podem gerar na produtividade.
Um colaborador que está passando por problemas, como sobrecarga ou doenças, pode afetar o fluxo de produtividade e se colocar em uma situação de estresse e desgaste. Para evitar prejuízos humanos e materiais, a gestão de crise pode ser muito eficiente diante dessas situações..
O gerenciamento de crises conta com o RH como principal setor de mediação com os funcionários. O time de Recursos Humanos será indispensável para ouvir e responder às dores dos colaboradores. Diversos fatores, principalmente os humanos e sociais, podem colocar um negócio em risco.
Neste artigo você aprenderá a evitar problemas utilizando técnicas arrojadas para gerenciar as crises. Afinal, elas são o ponto principal de uma gestão atenta e eficaz. Além do mais, seguir as dicas a seguir vai ajudar a definir ainda mais a cultura organizacional da sua empresa. Boa leitura!
O que é gerenciamento de crise em uma empresa?
O gerenciamento de crise é uma ferramenta que une práticas e estratégias, alinhando gestores responsáveis com as soluções mais assertivas para ação imediata e resolução do problema pelo qual a empresa está passando.
Toda empresa, em alguma fase da sua evolução, passa por crises. E não há somente um lado negativo disso, mas sim o fato de que, com o crescimento, vêm novos desafios a serem superados. É importante enxergar esses momentos como uma oportunidade para o aprendizado geral, de proprietários, passando por gestores, até os colaboradores.
Para passar com sucesso pelos momentos de crise na sua empresa, deve-se planejar taticamente as ações, aplicando-as com eficiência. É muito importante liderar esses desafios da melhor forma, para que os colaboradores envolvidos vejam a situação com clareza. Os colaboradores são o foco principal nesses casos, bem como o fluxo de produção e ganhos.
Alguns exemplos de situações que podem desencadear crises são:
- pandemias;
- demissões;
- corte de gastos;
- cobranças.
O gerenciamento de crise em uma empresa tem as seguintes vantagens:
- Preservar a imagem da empresa no mercado: gerir a crise preserva a marca do negócio e injeta ânimo para superar os desafios.
- Demonstrar respeito com a sociedade: quando a empresa se posiciona devidamente, tomando as medidas necessárias, demonstra responsabilidade social para que maiores danos não atinjam as demais pessoas.
- Fazer com que os mesmos problemas não se repitam: apesar das complicações que podem surgir de uma crise, é preciso pensar de maneira organizacional, documentando as soluções para momentos futuros.
Para isso, é imprescindível pensar em uma solução e agir rapidamente para que a situação não comprometa a empresa, seus colaboradores, fornecedores e clientes, criando um ciclo de consequências indesejadas.
As crises são importantes para desafiar os gestores e fazer com que o negócio se fortaleça em um todo, preenchendo as lacunas e estreitando a confiança que os funcionários têm em seus líderes.
Como gerenciar crises em uma empresa?
É um momento que exige esforços e sabedoria para lidar com o desafio, evitando maiores impactos para o negócio em geral. Para isso, é preciso seguir algumas dicas de organização e gerenciamento. Algumas delas são:
1. Entenda o cenário atual da empresa
O primeiro passo é mapear a situação exata da empresa. Por meio de um diagnóstico real e profundo, descubra o que possíveis impactos causariam ao negócio. Com isso, busque saber, junto a seus gestores e funcionários, se:
- o departamento afetado está preparado para enfrentar o problema encontrado;
- seus profissionais estão preparados para as melhores tomadas de decisão;
- se não estão, providenciar as atitudes necessárias para gerenciar a situação.
2. Identifique a origem do problema encontrado
Procure entender qual é a origem do problema encontrado nesse diagnóstico. Para ajudar nessa investigação e saber de onde vem a crise, é válido aplicar a Análise Swot em seu negócio. Assim, você terá noção dos pontos fortes e dos pontos fracos, além das oportunidades que podem surgir para resolução.
3. Estude os impactos
Sabendo qual é o problema e qual a sua origem, faz-se necessário estudar a situação para ter ideia de como o negócio pode ser afetado e qual seria o tamanho dos riscos desse impacto. Tal ação ajuda a definir quais medidas podem ser tomadas e quais devem ser evitadas.
4. Nomeie um gestor capacitado
Será preciso um profissional firme e estável para gerir a crise e saber lidar com o comportamento dos colaboradores. Esse gestor deve estar preparado e ser capaz de pensar em meio à tensão, procurando alternativas racionais e ágeis.
5. Identifique o foco da crise
A crise poderá afetar um departamento que já vinha sofrendo problemas, provocando danos maiores. É importante identificar qual o foco da crise, ou seja, onde a crise está afetando mais e qual o setor demanda mais prioridade.
6. Mantenha uma boa comunicação
Comunicação é o cerne da empresa. Ela é capaz de salvar a estrutura do negócio. Por isso, abra espaço para que seus colaboradores insiram ideias que podem, com certeza, ser importantes para ajudar na gestão da crise.
Qual é o papel do RH no gerenciamento de crise
O RH tem papel fundamental no gerenciamento de crise de uma empresa. O profissional da área deve lidar com os colaboradores de forma clara, objetiva e acolhedora.
Efetivamente, todo o cenário pandêmico colaborou para que o profissional de RH se reciclasse e se adequasse às novas exigências do mercado. Isso porque as organizações estão tomando novas medidas. Momentos de crise estão sendo vistos com novas perspectivas por seus gestores.
A empatia tem sido uma soft skill muito valorizada nos dias atuais. O setor de Recursos Humanos precisa oferecer segurança psicológica e acompanhamento diante dos propósitos do funcionário. Da mesma forma, é preciso operar a inteligência emocional da equipe, de modo a oferecer soluções e insights necessários.
O RH precisa entrar como líder nas tomadas de decisões realizadas pelos gestores.
Assim, pode-se afirmar que faz parte do papel desse setor:
- Manter funcionários informados de forma clara e acolhedora: a comunicação precisa ser sempre clara e acolhedora, humanitária, um diálogo aberto e sincero com todos. Mediante a decisão tomada para combater a crise, é preciso lembrar que o profissional estará mais fragilizado naquele momento.
- Prover segurança: toda e qualquer mudança na rotina da empresa afeta diretamente seus colaboradores e traz uma atmosfera de insegurança. Por essa razão, é necessário que a empresa acolha seus funcionários, transmitindo segurança.
- Fortalecer a cultura organizacional: é preciso incentivar o departamento a pensar em estratégias para o fortalecimento da cultura organizacional. Em empresas que adotam o modelo de trabalho remoto, o acompanhamento profissional precisa ser redobrado, contando com o auxílio da tecnologia. Diversas ferramentas permitem sanar dúvidas e oferecer feedbacks.
- Gerenciar possíveis processos de rescisão contratual: infelizmente faz parte das demandas da profissão providenciar demissões e rescisões. A situação é ainda mais real devido ao cenário de crise. É um desafio ao RH fazer todo o trâmite da forma mais humanitária possível, adotando uma postura empática e um diálogo respeitador para com o colaborador.
Seja um líder incentivador e faça a diferença
Lembre-se de que os colaboradores estão diretamente ligados à empresa no seu dia a dia, resolvendo demandas e tendo insights para o crescimento do negócio. Considere que tais ideias podem ser a solução para algum foco de crise. Todos devem ser ouvidos e ter a possibilidade de expor seus apontamentos. Um líder incentivador irá encorajar essa atitude.
Neste artigo vimos algumas dicas de como identificar possíveis cenários de crise e resolvê-los, contando com a ajuda do RH e as boas práticas de gerenciamento. Lembre-se: toda crise é um estímulo para que melhorias sejam feitas. Com uma gestão alinhada e equilibrada, até mesmo possíveis cortes podem ser evitados.