Planejamento tributário e Reforma Tributária: como adaptar de forma estratégica

A Reforma Tributária muda o jogo do planejamento tributário. Veja como se antecipar, revisar estratégias e apoiar seus clientes com mais valor consultivo.
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O planejamento tributário nunca foi tarefa simples — mas com as mudanças trazidas pela Reforma Tributária, ele se tornou ainda mais desafiador e estratégico. 

A simplificação do sistema fiscal, com a criação do CBS e do IBS, impacta diretamente a forma como as empresas lidam com seus tributos e exige dos contadores uma revisão profunda das estratégias adotadas até aqui. 

Mais do que escolher o regime fiscal adequado, agora é preciso compreender o impacto da nova estrutura sobre toda a operação: desde a formação de preços até a geração e organização dos dados fiscais. 

O que muda no planejamento tributário com a Reforma?

A mudança tributária, prevista na Emenda Constitucional nº 132,  traz uma reforma estrutural no sistema fiscal brasileiro, especialmente na forma como os impostos sobre consumo são cobrados. 

Ela substitui cinco tributos (PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI) por dois novos: o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços, de âmbito federal) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, de âmbito estadual e municipal), ambos nos moldes do IVA (Imposto sobre Valor Agregado).

Com a implementação do IVA e da não cumulatividade plena, a principal mudança para o planejamento tributário é a redução das possibilidades de “otimização” baseada em localização, incentivos regionais ou benefícios específicos. 

Isso significa que o contador terá que direcionar seu olhar para as operações internas da empresa, compreendendo com mais profundidade:

  • a origem dos custos;
  • a estrutura de precificação;
  • a formação da margem;
  • e a forma como os créditos fiscais são gerados e aproveitados.

Além disso, é essencial revisar a estrutura societária, os contratos com fornecedores e clientes e a segmentação do faturamento. 

O novo sistema prevê um período de transição entre 2026 e 2032, em que os dois modelos — atual e novo — coexistirão. Durante esse tempo, será necessário operar com uma geração tributária duplicada e adaptar os sistemas contábeis para lidar com a complexidade da dupla apuração.

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Impactos do IVA: o que o contador precisa observar

O IVA brasileiro, ainda que dividido em dois tributos (CBS e IBS), segue princípios comuns:

  • Alíquota única e transparente;
  • Cobrança no destino da operação (e não na origem);
  • Direito a crédito total nas etapas da cadeia.

Com isso, a margem de manobra para planejamento baseado em incentivos fiscais tende a diminuir. Então, a carga tributária efetiva passa a depender do quão bem a empresa organiza sua cadeia de suprimentos, controla seus dados e realiza a escrituração correta. 

Dessa forma, os contadores precisam adotar uma nova postura do contador, eu inclui dominar o fluxo operacional da empresa para entregar um planejamento mais assertivo.

O desafio aparece na análise da cadeia de valor: fornecedores, transportadores, distribuidores e consumidores finais passam a interferir diretamente na geração de créditos e na composição da carga tributária. 

Perceba que o foco do planejamento tributário deixa de ser o “quanto pagar” e passa a ser o “como pagar menos com eficiência e compliance”.

Desoneração da folha e os regimes especiais: como isso afeta o planejamento?

Outro ponto importante da Reforma Tributária é a revisão de regimes especiais e a possível desoneração da folha de pagamento. Para setores específicos, isso pode significar aumento ou diminuição relevante na carga tributária. Contadores devem ficar atentos a essas mudanças para recalcular o custo real da operação em cada cenário possível.

Empresas que operavam com créditos presumidos de ICMS, PIS e COFINS perderão esse benefício. O impacto pode ser severo em segmentos como agronegócio, construção civil, transporte e alimentação. Será necessário revisitar contratos e ajustar o markup para manter competitividade e margem de lucro.

Além disso, setores que hoje utilizam o Simples Nacional também precisam entender o que muda. Embora o regime simplificado tenha sido mantido, há debates em torno de adaptações que o alinhem à nova estrutura tributária, especialmente no que diz respeito ao recolhimento do IVA. 

Ou seja, até os regimes mais simples exigirão planejamento tributário mais robusto e antecipado.

Integração entre gestão e contabilidade: base para um planejamento eficaz

Uma das grandes mudanças práticas na abordagem do planejamento tributário está na integração entre a gestão financeira e a contabilidade. Dados operacionais desestruturados dificultam a análise correta dos créditos, o acompanhamento da carga tributária e a simulação de cenários.

É aqui que entra o papel dos sistemas de gestão (ERP). Mas não qualquer ERP. É essencial que o contador indique para os clientes uma ferramenta que facilite a comunicação contábil, a organização de dados fiscais e a automação da escrituração, como é o caso do sistema da Omie.

Com ERP Omie, por exemplo, você pode contar com o  painel do contador, onde é possível acompanhar em tempo real a situação tributária dos clientes, identificar inconsistências e antecipar riscos. 

Esse recurso reduz o retrabalho contábil e permite ao contador atuar de forma consultiva, entregando relatórios estratégicos e insights relevantes para tomada de decisão. 

A qualidade dos dados influencia diretamente a eficiência do planejamento — e um ERP com boa integração é o alicerce desse novo modelo.

A importância da consultoria tributária na nova era fiscal

O papel do contador está mudando — e para melhor. Em vez de apenas cumprir obrigações, ele agora assume o protagonismo na construção de estratégias inteligentes para empresas enfrentarem um cenário mais transparente, porém mais exigente. 

A consultoria tributária passa a ser um serviço de alto valor agregado, e o contador precisa estar preparado para assumir essa nova posição.

Ao oferecer essa assessoria baseada em dados reais, projeções confiáveis e alinhamento com os objetivos do negócio, o contador não apenas reduz a carga tributária do cliente, mas se posiciona como um parceiro estratégico de longo prazo.

Como se preparar agora? Passos práticos para reestruturar o planejamento tributário

Para que o contador consiga entregar um planejamento tributário moderno e assertivo aos seus clientes, é fundamental:

  • Simular cenários com base nas novas alíquotas e regras do IVA – use dados reais dos clientes para prever impactos;
  • Avaliar a eficiência da estrutura atual da empresa – verifique se é necessário rever centros de custo, divisões de CNPJ ou redesenhar contratos;
  • Apoiar os clientes na reorganização de processos fiscais e operacionais – desde a geração de nota até o controle de estoque;
  • Adotar ferramentas que favoreçam a integração e a automação da contabilidade – o ecossistema contábil da Omie pode é um passo;
  • Capacitar as equipes contábeis para os novos desafios – promova atualizações, cursos e alinhamento interno.

Esses passos ajudam o contador a assumir o papel que o novo sistema exige: um profissional que entrega mais do que apurações, entrega valor consultivo baseado em dados e planejamento real.

Conte com a Omie e aumente seu valor consultivo!

A Reforma Tributária é uma realidade e traz desafios que impactam diretamente o seu dia a dia como contador. Mas também abre portas para transformar sua atuação.

Ao migrar seus clientes para a Omie, você terá acesso a um ecossistema completo de gestão que favorece a organização dos dados, a análise inteligente das operações e a entrega de uma consultoria tributária alinhada com as novas exigências fiscais. 
Seja um contador parceiro e revolucione o seu planejamento tributário!

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