O sucesso de um empreendimento está ligado, entre outros fatores, a uma gestão eficiente dos recursos da empresa. Fazer um balanço patrimonial com recorrência pelo menos anual é fundamental para compreender plenamente as contas. Ao elaborar esse relatório, é preciso entender as principais diferenças entre ativo circulante e não circulante.
Afinal, há diversos desafios que podem afetar os negócios ao longo dos anos, que vão desde a expansão da operação, até crises econômicas. Por isso, as empresas devem saber se há capital disponível para uso nesses momentos.
Neste artigo, você aprenderá o que é ativo circulante e não circulante e qual é a importância desses bens para manter a saúde financeira do negócio. Boa leitura!
Qual a função dos ativos circulantes e não circulantes?
Os ativos de uma empresa são valores disponíveis em contas bancárias, aplicações em investimentos que podem ser resgatadas e qualquer tipo de bem que pode ser vendido e, portanto, convertido em dinheiro, como matéria-prima, estoque e maquinário.
Eles compõem, em conjunto com a receita do negócio, a parcela positiva do lançamento contábil da empresa. Enquanto isso, os passivos e as despesas representam os valores negativos.
A principal função desses bens e direitos é garantir que o negócio consiga cumprir com seus compromissos financeiros, manter o pleno funcionamento da sua operação e proporcionar um crescimento sustentável. Assim, a empresa consegue transmitir mais confiança para o mercado e atrair mais investidores.
A depender do tempo que levam para serem transformados em dinheiro, os ativos são divididos em duas categorias: circulantes e não circulantes. Ao classificá-los em relação à liquidez de cada um, fica mais simples compreender quais recursos podem ser acessados em determinados cenários.
Os ativos podem ser usados em diferentes momentos e com diversas finalidades, de acordo com a necessidade do negócio. Para financiar um projeto que será iniciado no futuro, a empresa pode colocar à venda bens de baixa liquidez, como imóveis, já que o dinheiro não precisa ser usado imediatamente.
No entanto, se ocorrer uma crise no setor e as atividades da empresa forem comprometidas, pode ser necessário recorrer a investimentos de alta liquidez para arcar com as despesas da operação e manter a linha de produção ativa.
Qual a diferença entre ativo circulante e não circulante?
Como mencionado anteriormente, a principal diferença entre ativo circulante e não circulante é a liquidez, ou seja, o tempo que deve-se esperar para conseguir vender um bem ou ter a permissão para resgatar uma aplicação.
Os ativos circulantes são os bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro a curto prazo, geralmente em até 12 meses. São contas a receber dos clientes, saldo disponível no caixa da empresa e valores aplicados em fundos de investimento com liquidez diária, por exemplo.
Por outro lado, os ativos não circulantes são aqueles que levam muito mais tempo para serem transformados em verba, superando o prazo de 12 meses. No geral, são bens que costumam ser mantidos pelas empresas a longo prazo, como imóveis, mobília, veículos e maquinário.
Como identificar ativos não circulantes e circulantes na empresa?
Além da liquidez, é possível classificar os ativos de acordo com outras características. Para fazer uma boa gestão contábil na empresa e uma categorização correta das aplicações e bens de uma companhia, é preciso conhecer os tipos de ativo circulante e não circulante.
Tipos de ativos circulantes
Os ativos circulantes podem ser líquidos, cíclicos e operacionais. Entenda melhor cada tipo a seguir:
Ativo circulante líquido
O ativo circulante líquido se refere a todos os valores que podem ser usados imediatamente pela empresa, sem gerar prejuízos para suas finanças. Esse é um indicador importante, pois mostra aos possíveis investidores que a empresa é financeiramente saudável e consegue cumprir com seus compromissos de curto prazo.
Ativo circulante cíclico
Os ativos circulantes cíclicos estão ligados aos processos desenvolvidos diariamente dentro da empresa e sofrem alterações de acordo com a etapa do ciclo de produção em que o negócio se encontra.
Também há influência da sazonalidade nesse tipo de ativo circulante. A páscoa, por exemplo, impulsiona negócios do segmento de doces e chocolates, que vendem mais do que a média nesse período.
Ativo circulante operacional
São os ativos relacionados ao funcionamento da operação da empresa, como as matérias-primas e o estoque. Além disso, essa categoria também contempla os ativos necessários para que o processo de fabricação possa ser colocado em prática.
Tipos de ativos não circulantes
Assim como os ativos circulantes, os ativos não circulantes podem ser divididos em subgrupos. Confira quais são os 4 tipos de ativo não circulante:
Ativo não circulante realizável a longo prazo
O ativo não circulante realizável a longo prazo costuma ter uma tempo de espera superior a 12 meses ou indeterminado. É um ativo que não está disponível para ser usado agora, mas estará no futuro, no próximo período de balanço patrimonial da empresa.
Alguns exemplos são empréstimos, adiantamentos, devolução de impostos, aplicações em investimentos e duplicatas que a companhia tem direito a receber.
Investimentos
Investimentos de médio e longo prazo podem ser considerados como ativos não circulantes. Um exemplo claro são títulos públicos e privados de renda fixa com liquidez no vencimento. Isso significa que os valores só podem ser resgatados com o lucro obtido após o prazo determinado pela instituição que oferta o investimento.
Se o prazo para resgatar os investimentos é superior a 12 meses ou o dinheiro será aplicado sem um prazo pré-definido, a aplicação é um ativo não circulante.
Ativo não circulante imobilizável
Os ativos não circulantes imobilizáveis são bens tangíveis, ou seja, recursos físicos que podem ser tocados. É o caso de ferramentas de trabalho, móveis, equipamentos, máquinas, imóveis e veículos.
Esse tipo de ativo requer que a empresa acompanhe com atenção a depreciação, já que bens físicos sofrem desgastes conforme são usados.
Ativo não circulante intangível
Ao contrário dos bens tangíveis, o ativo não circulante intangível é uma propriedade da empresa que possui valor financeiro, mas não é um bem físico, como softwares, clientes, patentes e o valor da marca.
Por que analisar os ativos circulantes e não circulantes da sua empresa?
Fazer uma gestão financeira eficiente de ativos circulantes e não circulantes de uma empresa é essencial para gerar receita, manter um ritmo de crescimento e torná-la atrativa para os investidores. Uma auditoria contábil ajuda a encontrar oportunidades de crescimento, permitindo que os gestores tomem decisões mais estratégicas.
Neste artigo, você compreendeu as diferenças entre ativo circulante e não circulante e aprendeu como identificar os principais subgrupos de bens e direitos que uma empresa pode converter em dinheiro para garantir o pleno funcionamento dos negócios.
Que tal experimentar gratuitamente uma solução que permite gerenciar ativos de uma forma prática e descomplicada? Conheça as funcionalidades de um ERP online e transforme agora mesmo a forma de controlar as finanças da sua empresa.