O que é risco sacado e como funciona esta operação? Confira as principais mudanças em 2025!

Entenda o que é risco sacado, como funciona e as principais mudanças previstas para 2025.
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Em um cenário financeiro cada vez mais dinâmico e complexo no empreendedorismo atual, entender os mecanismos por trás das operações é essencial para tomar decisões informadas e assertivas para o seu negócio. Entre as estratégias utilizadas no mercado, o “risco sacado” emerge como uma técnica que ganha destaque, especialmente em meio às transformações que ocorrerão em 2025.

Por isso, hoje vamos entender um pouco mais sobre o que é o risco sacado, como funciona essa operação, quais serão as principais mudanças que estão previstas para 2025 e como elas podem impactar a modalidade.

Ao compreender os fundamentos e as atualizações mais recentes relacionadas a essa modalidade, você estará no ponto para navegar pelos desafios e oportunidades. Acompanhe!

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O que é risco sacado?

O risco sacado é uma operação financeira em que uma empresa (compradora) antecipa o pagamento de seus fornecedores por meio de uma instituição financeira.

Nesse modelo, o fornecedor recebe o valor das suas vendas antes do vencimento da fatura, enquanto a empresa mantém o prazo de pagamento previamente acordado com o banco.

O termo “sacado” refere-se à empresa compradora, que é responsável por honrar o pagamento junto à instituição financeira na data de vencimento. Esse tipo de operação é especialmente vantajoso para fornecedores, pois proporciona maior previsibilidade financeira e elimina o risco de inadimplência.

Para a empresa compradora, o risco sacado reforça a relação com os fornecedores e organiza melhor o fluxo de caixa, possibilitando que o pagamento seja gerenciado de forma estratégica.

Como funciona o risco sacado?

O processo do risco sacado segue etapas claras que envolvem fornecedores, empresas e instituições financeiras.

1. Empreendedor

O empreendedor, que pode ser uma empresa ou indivíduo, busca um empréstimo para financiar suas operações, expandir seu negócio ou para outros fins comerciais.

2. Instituição financeira

Uma instituição financeira, como um banco, fornece o empréstimo ao empreendedor. No entanto, em vez de manter todo o risco associado a esse empréstimo em seu próprio balanço, a instituição financeira busca transferir parte desse risco para outras partes interessadas.

3. Investidores

Os investidores são os principais participantes que assumem o risco sacado. Eles podem ser indivíduos, fundos de investimento, empresas ou outras entidades financeiras que buscam oportunidades de investimento.

4. Veículo de investimento

Em muitos casos, os investidores participam do risco sacado por meio de veículos de investimento específicos, como fundos de investimento em crédito ou veículos estruturados.

5. Transferência de risco

A instituição financeira transfere parte ou todo o risco associado ao empréstimo para os investidores ou para o veículo de investimento. Isso é feito por meio de instrumentos financeiros, como títulos lastreados em ativos ou outros tipos de valores mobiliários estruturados.

6. Retorno financeiro

Em troca de assumir o risco do empréstimo, os investidores recebem um retorno financeiro. Esse retorno pode ser na forma de juros, pagamentos de principal ou outros rendimentos gerados pelo empréstimo.

Assim, o funcionamento do risco sacado na prática envolve a transferência do risco de crédito de um empréstimo da instituição financeira para investidores ou outros participantes do mercado financeiro, proporcionando oportunidades de investimento e diversificação de riscos para ambas as partes envolvidas.

Exemplo prático de funcionamento da operação de risco sacado

Tomemos como exemplo uma transação entre um fornecedor e uma empresa compradora. Suponha que o fornecedor vendido tenha produtos no valor de R$ 1.000,00, com prazo de pagamento de 60 dias.

Se o fornecedor optar por antecipar a obtenção desse valor, ele poderá recorrer a um banco e receber, por exemplo, R$ 950,00 imediatamente. Os R$ 50,00 restantes representam a taxa cobrada pelo banco pelo serviço de antecipação.

No entanto, a empresa compradora não efetua o pagamento diretamente ao fornecedor nos R$ 1.000,00 acordados. Em vez disso, esse montante é direcionado ao banco no prazo estipulado (no exemplo, em 60 dias).

Essa dinâmica reflete o funcionamento do risco sacado, em que o banco assume o risco de crédito associado à empresa compradora.

Por outro lado, se o fornecedor optar por não antecipar o pagamento, a empresa compradora realizará o pagamento diretamente ao fornecedor, sem intervenção do banco. Nesse cenário, não há ocorrência de risco sacado, pois o risco de crédito não é transferido para o banco.

Esses exemplos ilustram como o risco sacado opera na prática, destacando a dinâmica entre fornecedor, empresa compradora e banco, e os diferentes cenários que podem surgir com ou sem a antecipação do pagamento.

Por que considerar o risco sacado? 

Considerar o risco sacado pode ser vantajoso por várias razões:

Acesso a capital

Para empreendedores, o risco sacado pode significar maior acesso a capital. As instituições financeiras podem estar mais dispostas a conceder empréstimos se puderem transferir parte do risco associado a esses empréstimos para investidores.

Diversificação de riscos

Para investidores, o risco sacado oferece uma oportunidade de diversificar sua carteira de investimentos. Ao assumir o risco de crédito de uma variedade de empréstimos, os investidores podem reduzir sua exposição a qualquer empréstimo individual ou setor específico.

Geração de rendimentos

Investir em operações de risco sacado pode fornecer retornos atrativos. Como os investidores assumem o risco de crédito, eles são recompensados ​​com pagamentos de juros ou outros rendimentos associados aos empréstimos.

Flexibilidade financeira

Para as instituições financeiras, o risco sacado oferece flexibilidade financeira. Ao transferir parte do risco associado aos empréstimos para investidores ou veículos de investimento, as instituições financeiras podem liberar capital para outras atividades comerciais ou reduzir sua exposição em determinados setores ou tipos de empréstimos.

Redução de exposição ao risco

Para empreendedores, o risco sacado pode ajudar a reduzir sua exposição ao risco de crédito. Ao transferir parte do risco associado a seus empréstimos para investidores, os empreendedores podem proteger sua empresa contra inadimplência ou outros eventos adversos.

Como contratar o risco sacado?

Contratar o risco sacado envolve várias etapas e pode variar dependendo do contexto e das partes envolvidas.

Passo 1: identificação da necessidade

O primeiro passo é identificar a necessidade de financiamento ou uma oportunidade de investimento que justifique a utilização do risco sacado. Isso pode envolver a avaliação das necessidades de capital da empresa, a identificação de oportunidades de investimento ou a análise de projetos que requerem financiamento adicional.

Passo 2: negociação com instituições financeiras

Se você é um empreendedor ou empresa que busca financiamento, o próximo passo é negociar com instituições financeiras que oferecem esse tipo de produto.

Isso pode envolver a apresentação de sua proposta de empréstimo e a negociação de termos e condições, incluindo taxas de juros, prazos de reembolso e estrutura de risco sacado.

Passo 3: avaliação de riscos e retornos

Tanto para empreendedores quanto para investidores, é crucial realizar uma análise detalhada dos riscos e retornos associados ao risco sacado.

Isso pode incluir a avaliação da qualidade do crédito dos tomadores de empréstimos, a análise das garantias subjacentes e a avaliação da estrutura financeira e operacional das partes envolvidas.

Passo 4: documentação legal

Uma vez acordados os termos e condições do risco sacado, é necessário formalizar o acordo por meio da elaboração e assinatura de documentos legais. Isso pode incluir contratos de empréstimo, acordos de transferência de risco e outros documentos pertinentes.

Passo 5: implementação e monitoramento

Após a conclusão da documentação legal, o risco sacado entra em vigor e as partes envolvidas devem implementar os procedimentos necessários para transferir o risco de forma eficaz. 

Além disso, é importante estabelecer mecanismos de monitoramento contínuo para monitorar o desempenho dos empréstimos ou investimentos e fazer os ajustes necessários.

Passo 6: gestão de riscos

Ao longo da vigência do contrato de risco sacado, é essencial implementar práticas robustas de gestão de riscos para mitigar possíveis problemas e garantir que todas as partes cumpram suas obrigações conforme o acordo.

Vale ressaltar que a nota fiscal serve como comprovante de operação comercial e pode ser utilizada como garantia de antecipação de recebimentos.

Assim, o risco sacado pode estar intrinsecamente ligado à emissão e ao processamento de notas fiscais em transações comerciais, especialmente em contextos onde há a necessidade de transferência de risco de crédito para terceiros, como instituições financeiras.

Mudanças previstas para o risco sacado em 2025

O ano de 2025 promete trazer importantes mudanças no mercado financeiro, impactando diretamente as operações de risco sacado.

Essas alterações estão ligadas à evolução tecnológica, novas regulamentações e uma crescente busca por eficiência e transparência nas transações comerciais.

Digitalização e automação das operações

A digitalização continua a ser uma tendência da contabilidade no mercado financeiro, e o risco sacado não é exceção.

Em 2025, espera-se que as plataformas digitais sejam amplamente utilizadas para automatizar processos como o envio de faturas, aprovação de operações e monitoramento de pagamentos. Essa automação não apenas reduz erros, mas também acelera as transações, tornando-as mais ágeis e seguras.

Além disso, a integração dessas plataformas com sistemas ERP permitirá um controle mais eficiente dos dados financeiros, unificando informações em um único lugar. Com isso, empresas poderão acompanhar, em tempo real, as operações de risco sacado e garantir maior previsibilidade no fluxo de caixa.

Novas regulamentações e maior transparência

Outra mudança importante prevista para 2025 envolve novas regulamentações fiscais e financeiras. As autoridades reguladoras devem reforçar as normas para garantir maior transparência nas operações, protegendo as empresas contra possíveis fraudes e práticas abusivas.

Isso inclue exigências adicionais de documentação e auditorias mais rigorosas, mas também dará mais segurança às partes envolvidas.

Essas regulamentações têm o potencial de atrair mais empresas para o modelo de risco sacado, pois as novas regras aumentam a confiança no mercado, tornando a prática mais acessível, especialmente para pequenas e médias empresas.

Mercado mais competitivo e taxas ajustadas

Com a popularização do risco sacado, o mercado financeiro tende a se tornar mais competitivo. Isso pode levar a ajustes nas taxas cobradas pelas instituições financeiras, beneficiando tanto os fornecedores quanto as empresas compradoras.

Bancos e fintechs já começam a oferecer soluções mais flexíveis e personalizadas, atendendo às demandas específicas de cada negócio.

Empresas que utilizarem o risco sacado de forma estratégica poderão aproveitar não apenas as condições mais favoráveis, mas também a oportunidade de construir parcerias de longo prazo com fornecedores e instituições financeiras.

As mudanças previstas para 2025 reforçam a importância de ferramentas modernas e eficientes para gerenciar o risco sacado. Estar preparado para essas transformações pode significar não apenas um melhor desempenho financeiro, mas também a criação de um diferencial competitivo no mercado.

Como gerenciar operações de risco sacado com eficiência?

Gerenciar operações de risco sacado com eficiência é essencial para garantir que os benefícios dessa prática sejam aproveitados ao máximo, minimizando erros e atrasos.

Centralização das informações em um sistema integrado

Um dos primeiros passos para gerenciar operações de risco sacado é centralizar todas as informações em um sistema integrado, como um ERP (Planejamento de Recursos Empresariais).

Esse tipo de ferramenta permite registrar faturas, acompanhar pagamentos e monitorar as transações de forma organizada e acessível.

Além disso, um ERP facilita a integração com outras áreas da empresa, como contabilidade e gestão financeira, oferecendo uma visão completa das operações. Isso é fundamental para prever fluxos de caixa e tomar decisões estratégicas com base em dados consolidados.

Automatização do envio e acompanhamento de faturas

A automação é uma aliada indispensável para empresas que lidam com risco sacado. Automatizar o envio de faturas para instituições financeiras reduz o risco de erros manuais e agiliza o processo de aprovação e antecipação de pagamentos.

Além disso, sistemas automatizados permitem acompanhar, em tempo real, o status das faturas, garantindo maior controle sobre prazos e valores. Isso evita atrasos e oferece mais previsibilidade para a gestão financeira.

Estabelecimento de prazos claros com fornecedores e instituições financeiras

Uma comunicação eficiente com fornecedores e instituições financeiras é crucial para o sucesso das operações de risco sacado. Estabeleça prazos claros e documente todos os acordos para evitar mal-entendidos e garantir que todas as partes envolvidas estejam alinhadas.

Essa prática não apenas aumenta a transparência, mas também fortalece a relação de confiança entre os envolvidos, criando um ambiente mais colaborativo e eficiente.

Acompanhamento de indicadores financeiros relevantes

Monitorar indicadores financeiros relacionados ao risco sacado é essencial para avaliar a eficiência da operação. Métricas como o volume de pagamentos antecipados, taxas de juros aplicadas e impacto no fluxo de caixa ajudam a medir o desempenho e identificar oportunidades de melhoria.

Com relatórios detalhados e atualizações frequentes, a gestão financeira se torna mais estratégica e direcionada para resultados.

Treinamento da equipe para lidar com a operação

Garantir que sua equipe esteja preparada para gerenciar operações de risco sacado é um aspecto, muitas vezes, subestimado, mas essencial. Ofereça treinamentos sobre como utilizar ferramentas integradas, acompanhar faturas e negociar com fornecedores e bancos.

Funcionários bem treinados são mais capazes de evitar erros, responder rapidamente a imprevistos e garantir que as operações sejam realizadas de forma fluida e eficiente.

Perguntas frequentes sobre risco sacado

O risco sacado é vantajoso para pequenas empresas?

Sim, o risco sacado é vantajoso para pequenas empresas que desejam melhorar seu fluxo de caixa e manter boas relações com fornecedores. Apesar de envolver custos com juros, o benefício da previsibilidade financeira supera o investimento.

Qual a diferença entre risco sacado e risco cedido?

No risco sacado, o pagamento é antecipado ao fornecedor e o comprador paga à instituição financeira. Já no risco cedido, o comprador paga diretamente ao fornecedor e este transfere o risco para o banco.

Como as taxas de juros do risco sacado são definidas?

As taxas de juros variam conforme o perfil de crédito da empresa compradora e as condições do mercado. Negociações com instituições financeiras podem reduzir os custos da operação.

Existe limite para operações de risco sacado?

Sim, as instituições financeiras podem impor limites para as operações de risco sacado, dependendo do perfil da empresa compradora. Esses limites são definidos com base no histórico de crédito, no volume de transações e na capacidade financeira da empresa. Além disso, os fornecedores também devem ser aprovados pelo banco para que possam participar da operação.

O risco sacado pode ser usado em contratos internacionais?

Sim, o risco sacado pode ser aplicado em contratos internacionais, mas o processo pode ser mais complexo devido à necessidade de cumprir regulamentos cambiais e acordos específicos de cada país.

Nesse caso, as instituições financeiras desempenham um papel crucial ao mediar as transações e garantir que todos os requisitos legais e financeiros sejam atendidos. Empresas que atuam no comércio exterior podem se beneficiar dessa prática, especialmente para evitar atrasos nos pagamentos internacionais.

Simplifique a gestão do risco sacado com a Omie

O risco sacado é uma operação estratégica que fortalece relações com fornecedores e organiza o fluxo de caixa de empresas de todos os portes.

No entanto, gerenciar essas operações de forma manual pode ser complexo e arriscado. Com o Sistema ERP da Omie, você tem à disposição ferramentas modernas para centralizar informações financeiras e monitorar todas as etapas do processo.

Com a Omie, sua empresa ganha agilidade, segurança e organização para realizar operações financeiras como o risco sacado de maneira eficiente. Experimente agora o ERP Omie e transforme a gestão do seu negócio!

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