Encontrar maneiras eficientes de resolver problemas não é uma tarefa simples. As empresas estão sempre buscando implementar os melhores processos de resolução e o Design Thinking entra exatamente nesse ponto.
Trata-se de um método que procura aliar a criatividade e expandir o pensamento além das abordagens tradicionais. Assim, é possível observar situações desafiadoras sob outras perspectivas e ter ideias inovadoras. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
O que é Design Thinking?
Design thinking é uma metodologia desenvolvida para auxiliar na resolução de conflitos e também na criação de produtos. A criatividade, a experimentação e a empatia são extremamente valorizados nesse conceito.
A ideia é estimular a mente a pensar além do padrão para conseguir encontrar soluções em inovação. Por isso, não consiste em um passo a passo para conseguir o que você almeja, mas sim em mudar como uma situação é encarada.
Trata-se de pensar de uma maneira que inclua diferentes perspectivas. Com o Design Thinking, o pensamento matemático, apesar de muito importante, também é deixado um pouco de lado para dar lugar a uma abordagem mais humana.
Qual o objetivo do Design Thinking?
O objetivo principal do Design Thinking é oferecer uma nova forma de visualizar um problema para surgirem soluções que sejam viáveis e que resolvam as questões. Você pode implementar essa abordagem como parte da cultura organizacional da sua empresa.
Assim, as ferramentas Design Thinking são implementadas, principalmente, em cenários onde não há um caminho a seguir ou uma resposta óbvia, em que é preciso ter novas ideias. Vale destacar que o foco é atender às necessidades das pessoas envolvidas, de pensar em respostas de uma forma colaborativa e tendo em mente a experiência do usuário.
Quais as etapas do Design Thinking?
Sendo uma abordagem prática e criativa para a resolução de problemas, centrada no ser humano, as etapas do Design Thinking envolvem cinco pilares principais. Vamos entender cada uma dessas etapas de forma simples:
- Empatia: é o momento de se colocar no lugar das pessoas para entender suas necessidades, desejos e desafios. Para isso, é preciso conversar com os usuários, observar como eles interagem com os produtos ou serviços e coletar informações sobre suas experiências e sentimentos.
- Definição: nesta etapa, você organiza as informações coletadas durante a empatia para identificar o problema central que precisa ser resolvido. Aqui deve-se analisar os dados, identificar padrões e definir claramente o problema que a equipe precisa solucionar, formulando uma declaração de problema focada nas necessidades dos usuários.
- Ideação: é hora de gerar ideias e soluções criativas para o problema definido. Pode-se fazer sessões de brainstorming, que é uma ferramenta bastante usada pelo marketing, em que todas as ideias são bem-vindas, por mais loucas que possam parecer. O objetivo é ter uma grande quantidade de ideias para depois selecionar as mais promissoras.
- Prototipagem: aqui, o foco é criar versões simples e funcionais das ideias selecionadas, chamadas de protótipos. Pode-se construir modelos físicos, digitais ou esquemas das soluções propostas. Os protótipos devem ser rápidos e baratos de fazer para poderem ser facilmente ajustados.
- Teste: por fim, avaliam-se os protótipos com os usuários para ver o que funciona e o que precisa ser melhorado. Assim, os protótipos são apresentados aos usuários reais e coleta-se feedback sobre suas experiências para identificar pontos fortes e fracos das soluções. Com base no feedback, as soluções são ajustadas e melhoradas.
Por que investir em Design Thinking
Ao entender do que se trata a metodologia Design Thinking, os benefícios e vantagens de sua utilização em empresas de diversos portes e segmentos podem ser facilmente identificados, como:
Fomentar a criatividade
Como uma das bases do Design Thinking é expandir os horizontes para ser capaz de ter outras perspectivas e também entender o outro, isso ajuda a exercitar a criatividade. É uma forma de sair da zona de conforto, ir além do óbvio para solucionar problemas onde é necessário ser inovador.
Incentivar o trabalho colaborativo
As etapas do Design Thinking valorizam que o processo de resolução de problemas seja feito em conjunto com a equipe com a qual você trabalha. A idealização, por exemplo, é um espaço para que todos sejam ouvidos e percebam que as ideias deles também importam.
Aprender a lidar com desafios de forma inovadora
O Design Thinking é um convite para pensar fora da “caixinha”. É uma abordagem que incentiva sair do comodismo, que faz com que busquemos resolver tudo sempre do mesmo jeito. Isso cria um ambiente propício para o desenvolvimento de ideias ousadas e que também podem ser revolucionárias.
Organizar o processo de resolução de problemas
A área requer que as pessoas tenham a mente aberta e estejam dispostas a pensar além daquela resolução. Também oferece um guia que ajuda a coordenar os pensamentos para enfrentar desafios ao invés de paralisar perante a uma crise, quando você não tem respostas prontas para oferecer.
Como aplicar o Design Thinking na sua empresa?
Sem dúvidas, o Design Thinking se adequa melhor a setores e situações de cunho social e não tão lógicas. No entanto, quando colocada em prática, ela pode trazer excelentes resultados para os cenários mais racionais também. Basta adaptar a metodologia à sua empresa.
Vamos imaginar uma empresa de e-commerce que percebeu uma queda nas vendas. Eles decidem usar o Design Thinking para entender o problema e encontrar soluções.
A equipe começa conversando com os clientes para entender suas experiências de compra. Eles realizam entrevistas, enviam questionários e analisam comentários nas redes sociais. Além disso, usam big data para analisar grandes volumes de dados sobre comportamento dos clientes. Essa é a etapa da empatia.
Com todas as informações coletadas, a equipe percebe que muitos clientes abandonam o carrinho de compras na etapa de pagamento. Eles identificam que a maioria dos abandonos ocorre porque os clientes acham o processo de checkout muito longo e complicado. Chega-se ao problema central: “Como podemos simplificar o processo de checkout para reduzir o abandono de carrinho?” Essa é a etapa da definição.
A equipe se reúne para uma sessão de brainstorming. Todas as ideias são bem-vindas, desde criar um checkout com um clique até implementar opções de pagamento rápido. Essa é a etapa da ideação.
Escolhem algumas das melhores ideias e criam protótipos rápidos. Por exemplo, constroem uma versão simplificada do checkout onde o pagamento pode ser feito em uma única página. Essa é a etapa da prototipagem.
Eles colocam o protótipo para testes com um grupo de clientes reais. Observam como esses clientes interagem com o novo processo de checkout e coletam feedbacks. Com base nos feedbacks e nos dados, fazem ajustes necessários. Essa é a etapa de teste.
Essa sequência é um exemplo bastante prático e esclarecedor de Design Thinking. Assim, você pode imaginar e adaptar para a realidade da sua empresa.
Quais ferramentas usar no processo de Design Thinking?
No processo de aplicação do que é o Design Thinking, há várias ferramentas que podem ajudar em cada uma das etapas. Não há uma ferramenta que é melhor: é preciso entender o cenário da sua empresa e o que se adapta a ela.
Brainstorming
Reunir a equipe para gerar o maior número possível de ideias. Nenhuma ideia é descartada inicialmente.
Mapa de Empatia
Criar um quadro que mostra o que os usuários dizem, pensam, fazem e sentem. Isso ajuda a visualizar suas experiências e emoções. É uma excelente ferramenta para desafios de MVP, em inglês, Minimum Viable Product, que pode ser traduzido por Mínimo Produto Viável.
Análise SWOT
Identificar pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças relacionados ao problema que você está tentando resolver.
Wireframes
Desenhos básicos de páginas ou telas de um site, ou aplicativo, mostrando a estrutura e os elementos principais sem detalhes visuais.
Matriz de Decisão
Avaliar o feedback e os dados coletados para decidir quais mudanças implementar, priorizando as mais importantes.
Duplo diamante
O Duplo Diamante é um modelo visual que divide o processo de design em quatro fases: Descobrir, Definir, Desenvolver e Entregar. É chamado de “duplo diamante” porque consiste em dois diamantes lado a lado. Cada diamante representa uma fase de divergência (exploração ampla de ideias) e convergência (foco em uma solução).
Qual a relação entre Design Thinking e UX?
Se você já conhece esses termos e sabe mais sobre o Design Thinking, certamente já tem ideia de como eles se relacionam. Para esclarecer, UX é a sigla para User Experience, traduzido por experiência do usuário: um conjunto de práticas que visam melhorar a interação dos usuários com um produto ou serviço.
- Centrados no usuário: o Design Thinking começa com a empatia, em que o foco é entender as necessidades, desejos e problemas dos usuários. O UX busca criar experiências que sejam úteis, utilizáveis e desejáveis.
- Processo iterativo: o Design Thinking envolve um ciclo contínuo de ideação, prototipagem e teste. É comum voltar a etapas anteriores para melhorar a solução. O design de UX é igualmente iterativo, testando e refinando continuamente as interações dos usuários com o produto.
- Foco na solução de problemas: o Design Thinking procura resolver problemas reais dos usuários por meio de soluções inovadoras. O UX, por sua vez, foca em resolver problemas de usabilidade e satisfação, garantindo que o produto seja intuitivo e agradável de usar.
- Colaboração multidisciplinar: o Design Thinking promove a colaboração entre equipes de diversas áreas para trazer diferentes perspectivas. O UX também é multidisciplinar, exigindo cooperação entre designers, desenvolvedores, pesquisadores e outros profissionais.
Design thinking e dados: cooperação para melhores soluções
Ao aplicar o Design Thinking na sua empresa, usando ferramentas tecnológicas que forneçam o acesso a dados atualizados e em tempo real, você pode chegar a soluções eficazes e precisas. Trata-se de uma oportunidade de inovar e experimentar na criação um ambiente onde os profissionais se sintam motivados a criar.
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