Impostos do Lucro Real: como funciona a tributação?

Descubra tudo sobre as alíquotas do lucro real, incluindo cálculos, obrigações fiscais e benefícios fiscais.
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Já se perguntou o que são os impostos do Lucro Real? Entender como as empresas lidam com tributos é fundamental para empreendedores e gestores financeiros.

A escolha do regime tributário correto é a chave para ficar em dia com os impostos e economizar dinheiro. Nesse cenário, o lucro real pode ser uma ótima opção, com um modelo detalhado que demanda cálculos bem atenciosos.

Ao ter ciência das regras dos impostos do lucro real, será possível manter as finanças em segurança e bem administradas. Continue lendo para saber como otimizar suas finanças de maneira eficaz.

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Como é a tributação do Lucro Real?

A tributação no Lucro Real é como um quebra-cabeça que se encaixa com base no lucro líquido da sua empresa. Isso requer a análise cuidadosa de todas as receitas, despesas e alíquotas aplicáveis.

Caso comparados o Lucro Presumido e o lucro real, por exemplo, são notadas diversas diferenças, vantagens e desvantagens entre cada um. Entretanto, o lucro real apresenta flexibilidade e compensação de prejuízos que são mais favoráveis.

Para fazê-lo, é necessária a apresentação de registros financeiros detalhados à Receita Federal. A escolha por esse regime deve ser feita anualmente, geralmente em janeiro, oferecendo flexibilidade às empresas.

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)

O IRPJ é um dos mais importantes no regime tributário do lucro real. É aplicado sobre o lucro líquido da empresa, com base nas alíquotas determinadas pela Receita Federal. 

Ou seja, corresponde à parcela do lucro repassada ao governo a fim de contribuir com custos públicos. O que torna esse tributo tão complexo é a necessidade de calcular as despesas, que reduzem o lucro e, por consequência, a carga tributária. 

Para calcular o IRPJ, você precisa saber o lucro líquido da sua empresa, subtraindo custos, como salários, aluguéis e materiais, do total de receitas durante o período. Depois, é hora de aplicar a alíquota de IRPJ, que varia a depender de quanto você lucra.

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

A CSLL é uma contribuição que as empresas devem pagar sobre o lucro que obtêm. Ou seja, é uma parcela dos ganhos destinada ao governo.

É necessário identificar o seu lucro líquido, isto é, a quantia que sobra após descontar todas as despesas. Então, aplica-se uma alíquota específica sobre esse valor para calcular a CSLL. Estas variam a depender da atividade da sua empresa.

PIS (Programa de Integração Social)

O PIS é um programa do governo para integrar o colaborador do setor privado ao desenvolvimento da empresa. É uma contribuição que objetiva financiar benefícios aos trabalhadores, bem como programas sociais.

No cálculo do PIS, pega-se o faturamento total da empresa. Então, aplica-se uma alíquota de 0,65% sobre o valor.

COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

O COFINS é uma contribuição para financiar a seguridade social no Brasil. Isso inclui áreas como saúde, previdência e assistência social.

Para fazer o cálculo, pega-se a soma de todas as vendas ou serviços prestados do negócio. Em seguida, aplica-se a alíquota de 3,65%. 

Imposto Sobre Serviços (ISS)

O ISS é um imposto municipal aplicado nos serviços prestados por empresas e profissionais autônomos. É uma fonte muito importante de receita para as cidades, aplicado em serviços como consultorias, saúde, educação, etc.

Cada município tem a própria taxa, que varia conforme o tipo de serviço. Com isso em mente, você calcula o valor total dos serviços prestados, com exceção de descontos e abatimentos.

Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB)

A CPRB é uma parte do faturamento da empresa destinada à previdência social.

Inicialmente, saiba o total de vendas ou receitas da sua empresa. A CPRB apresenta alíquotas específicas, que variam conforme o setor da empresa. Consulte tabelas para saber a porcentagem correta.

Então, basta multiplicar a receita bruta pela alíquota correspondente.

Obrigações Fiscais do Lucro Real 

  • escrituração contábil: deve-se manter uma contabilidade bem detalhada, registrando todas as transações financeiras. Isso deve estar em dia durante todo o ano fiscal.
  • apuração do lucro real: o IRPJ e a CSLL devem ser apurados mensal ou trimestralmente, conforme preferir.
  • emissão de notas fiscais: qualquer venda de produtos ou serviços deve ter a emissão de notas fiscais. Com esse processo regularizado, você evita problemas futuros.
  • declarações acessórias: deve-se apresentar declarações acessórias, como a ECF (Escrituração Contábil Fiscal) e a EFD-Contribuições (Escrituração Fiscal Digital das Contribuições). Quanto aos prazos:
  • ECF: entrega até o último dia útil de julho do ano seguinte ao ano-calendário.
  • EFD-Contribuições: enviar até o 10º dia útil do mês seguinte ao mês de referência.
  • pagamento dos impostos: o pagamento do IRPJ e da CSLL deve ser feito mensalmente ou trimestralmente, conforme preferir.

Tempo de apuração do lucro real 

Ter ciência dos prazos é essencial para manter sua empresa nos trilhos. No lucro real, a apuração do imposto pode ocorrer de duas maneiras: anual e trimestralmente.

Para uma abordagem mais tranquila, a apuração anual é ideal. Todos os cálculos do IRPJ e da CSLL são feitos uma vez por ano. Isso é ótimo para empresas com contabilidade mais simples, mas ainda requer bastante atenção.

A apuração trimestral fornece uma visão mais atualizada, o que permite ajustes frequentes. É excelente para empresas com atividades esporádicas, promovendo melhor compreensão do impacto fiscal no ano.

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Como Calcular as Alíquotas no Lucro Real

Embora esse processo pareça complicado, é possível compreender como calcular as alíquotas de forma prática. Confira a tabela de impostos do lucro real:

Considere uma empresa com faturamento trimestral de R$ 200.000,00 e lucro real de R$ 40.000,00 (20%).

TRIBUTO VALOR % S/ FAT
COFINS R$ 15.200,00 7,6%
PIS  R$ 3.300,00 1,65%
IRPJ R$ 6.000,00 15%
CSLL R$ 3.600,00 9%
Totais: R$ 28.100,00 14,05%

Com isso, a empresa deve pagar R$ 28.100,00 em impostos, equivalente a 14,05% do faturamento.

Benefícios Fiscais no Lucro Real

  • redução de despesas tributárias: no lucro real, é possível deduzir despesas como salários e aluguéis, reduzindo a quantidade de impostos.
  • compensação de prejuízos: se sua empresa teve prejuízos em algum ano, é possível compensar essas perdas com lucros futuros, auxiliando no equilíbrio das finanças e na redução da carga de impostos.
  • créditos de PIS e COFINS: pode-se utilizar créditos de tributos federais como PIS e COFINS para abater outros valores devidos, promovendo economia.
  • incentivos para pesquisa e inovação: empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento se beneficiam de incentivos fiscais especiais, estimulando a inovação.
  • benefícios regionais: a depender da localização da sua empresa, você pode contar com benefícios oferecidos pelo governo local, reduzindo a carga tributária.
  • flexibilidade e planejamento: promove mais flexibilidade no planejamento tributário, permitindo ajustes conforme as necessidades da empresa.

Principais perguntas tributação no lucro real 

Lidar com a tributação no lucro real pode levantar diversas questões, e é normal ter algumas dúvidas nesse processo. Para te ajudar a tomar as melhores decisões, confira as respostas aos principais questionamentos desse lucro.

Quais são as alíquotas do lucro real?

As alíquotas do lucro real variam conforme o lucro da empresa. Para o IRPJ, são de 15% sobre o lucro de até R$ 20 mil por mês e 25% sobre o lucro que ultrapassa esse valor. Já para a CSLL, são de 9% ou 15%, a depender do lucro.

Como é calculado o PIS e Cofins no Lucro Real?

São calculados sobre a receita bruta da empresa. As alíquotas para o PIS são de 1,65% e, para a COFINS, correspondem a 7,60%.

Para calcular, você pega o valor total das suas vendas e aplica essas porcentagens para encontrar a quantia necessária para pagar. É importante se atentar a esses valores e garantir o pagamento correto. 

Quais são as alíquotas de IRPJ e CSLL no lucro real?

Para empresas que faturam até R$ 20 mil por mês, a alíquota é de 15%. Caso seja superior a esse valor, corresponderá a 25%.

Já a CSLL apresenta alíquotas que variam de 9% a 12%, dependendo das atividades da empresa.

Qual paga menos imposto lucro real ou presumido?

Os impostos do lucro real são pagos com base no lucro efetivo, tornando-se vantajoso se sua empresa tiver despesas significativas que podem ser deduzidas.

Já no lucro presumido, você paga impostos seguindo uma “suposição” de lucro — o que aparenta ser mais simples, porém acarreta o pagamento de mais impostos, caso sua margem de lucro real for menor que a presumida.Para saber qual dos dois paga menos impostos para sua empresa, é importante fazer um cálculo detalhado.

Tome a melhor decisão para a sua gestão financeira

Escolher o regime tributário certo para sua empresa é muito importante e afeta de forma direta a lucratividade do negócio.

A apuração do lucro real pode ser feita trimestral ou anualmente, mas é recomendável contar com uma assistência para evitar erros e cumprir as obrigações fiscais.

Devido à complexidade que apresenta, o lucro real requer um planejamento tributário constante para otimizar os pagamentos. Isso pode ser realizado com um sistema de gestão financeira, como o da Omie.

A Omie não é só um sistema de gestão: é uma solução completa que vai além da automação de processos. Simplificando suas operações diárias, oferece soluções para impulsionar seu crescimento.

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