Você já ouviu falar de “Growth Hacker” ? Essa é a nova palavra da moda, e se refere a uma nova categoria de profissionais que supostamente encontram maneiras, às vezes pouco ortodoxas, de fazer um negócio crescer de forma muito agressiva.
Já existe uma lista de celebridades neste este negócio de “Growth Hacking” como Noah Kagan do Facebook, Ivan Kirigin do Dropbox, Yee Lee do Google, Josh Elman do Twitter entre vários outros.
Eles criaram fórmulas notáveis, normalmente através de ajustes no produto e no Marketing, que ajudaram a levar essas empresas de alguns milhares para vários milhões de clientes, com um investimento desproporcionalmente baixo.
Empresas que já se beneficiaram do ‘Growth Hacking’
Apesar dos Growth Hackers estarem em evidência no momento, pensar em algo que possa crescer viralmente não é nenhuma novidade. Alguns exemplos famosos:
O Hotmail cresceu graças a um link que saía automaticamente no rodapé de todos os e-mails enviados, com a frase: “Tenha também a sua conta gratuita no Hotmail”. Parece óbvio, depois que alguém fez.
O Twitter percebeu que usuários que seguiam mais de 30 pessoas tendiam a se tornar ativos. Eles criaram então vários mecanismos para incentivar você a seguir pessoas.
O Instagram explodiu em usuários depois que eles automatizaram o post das fotos para o Facebook.
O Mint, que é uma solução financeira para pessoas físicas, criou um blog com conteúdo tão bom que atraiu muitos usuários para o seu produto.
O LinkedIn percebeu que os currículos ficavam mais atraentes com depoimentos de antigos empregadores e colegas. Com esse recurso, as pessoas tendiam a convidar seus ex-chefes e amigos para rede.
Então Growth Hacking é fazer marketing a custo zero?
Não existe custo zero. Pode existir (e ainda assim é difícil) fazer com um custo desproporcionalmente pequeno, usando ideias como essa:
O Dropbox e o Paypal se espalharam pagando a usuários que fizessem indicações (com mais espaço no caso do Dropbox e com US$ 10 no caso do Paypal). Pode custar caro, mas não é nada perto do que se gastaria com outros meios de divulgação através de mídia.
Como usar Growth Hacking no meu negócio ?
Para empresas, startups, industrias etc é necessário entender que Growth Hacking não é apenas encontrar formas criativas de espalhar alguma coisa. É muito mais do que isso. Growth Hacking é mais um “estado de espírito” do que um conjunto de ferramentas.
Então para entrar nesse estado de espírito e ver a aplicação prática, temos que nos aprofundar em dois pilares principais:
1 – Produto, produto, produto.
Sejamos francos: nada da lista de exemplos acima funcionaria se por trás não existisse um produto muito bom. Se as pessoas clicassem no
rodapé da mensagem do Hotmail e o sistema de e-mails fosse ineficiente, confuso ou pouco confiável, não iria muito longe. Não adiantaria o
Dropbox distribuir gigas de espaço grátis se os arquivos dos usuários sumissem de lá sem explicação.
As pessoas não recomendam o Waze por que eles fizeram uma campanha de marketing maluca. As pessoas recomendam esse App de GPS pois ele realmente ajuda a driblar o trânsito de cidades como São Paulo. Sabe quando você chega para um amigo e mostra empolgado um App novo que você instalou em seu smartphone? Então, isso é produto viral.
2 – Entender como os usuários descobrem e adotam seus produtos.
Dominar esse processo é o que vai fazer a sua imaginação fluir – mas apenas vai funcionar se você tiver a rara qualidade de conseguir ser
impiedoso consigo mesmo, e olhar tudo que você faz “pelo lado de fora”, como se fosse um de seus clientes.
Sua primeira missão é deixar esse processo magicamente perfeito e fazer o seu cliente chegar ao momento de “a-ha” o mais rapidamente possível. O momento de “a-ha” é exatamente quando o cliente percebe o valor que você entrega no item 1 acima.
Em seguida, a sua nova missão é motivar seu novo cliente a espalhar esse momento mágico para o mundo. Mais ou menos como o caso do App para smartphone que eu citei há pouco.
Mas e como fazer isso?
Você já viu esse ciclo abaixo? Ele mostra o ciclo de adoção de um produto ou aplicativo. A parte pouco explorada é a última: “recomendar”. Growth Hacking é descobrir como trazer esse último passo (recomendação) para a posição mais próxima o possível do primeiro, ganhando assim tração e velocidade.
Você tem que achar os caminhos. Caminhos pouco percorridos, se aproveitando de pequenas coisas desprezadas pelos outros. Esqueça a assessoria de imprensa, anúncios e outras coisas que todo mundo já fez, ou use-os de forma diferente.
A maneira de alavancar o seu crescimento pode não ter nenhuma relação com alta tecnologia. Pode ser uma forma inusitada de auto-divulgação ou ainda uma sacada fantástica em seu produto. A mágica está nas coisas simples, e principalmente naquelas que vão ser rapidamente entendidas pelo seu cliente como sendo úteis ou de valor.
Quando conseguirmos fechar esse ciclo, já poderemos adicionar um cargo de “Growth Hacker” no nosso cartão de visitas 😉
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Fundador e CEO da Omie, a plataforma número um de gestão (ERP) para pequenas e médias empresas do Brasil.
Com mais de 20 anos de experiência na área. Lombardo é aficionado por inovação, vendas e marketing. O executivo é um dos pioneiros do ecossistema de softwares do país e estruturou a empresa com o propósito de diminuir o gap de eficiência das PMEs, transformando a forma de empreender no país e permitindo que elas vivam todo seu pleno potencial, oferecendo software, serviços financeiros e educação, 100% na nuvem.
Em nove anos, a scale-up tornou-se líder isolada no segmento, com mais de 27 mil escritórios contábeis parceiros e mais de 125 mil clientes em todo país. A empresa também possui um modelo de franquias de muito sucesso com mais de 150 unidades distribuídas pelo Brasil, formando a maior rede do setor.
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