Escala de trabalho: 7 Tipos Mais Comuns nas Empresas

Veja neste artigo quais são os principais tipos de escala de trabalho, como cada uma funciona e entenda qual a melhor opção para sua empresa!
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A eficácia na gestão do tempo de trabalho é uma peça-chave para o êxito e a competitividade. Compreender e implementar as escalas de trabalho adequadas pode resultar em ganhos significativos de produtividade e bem-estar para os colaboradores. 

Neste artigo, vamos explorar os sete tipos mais prevalentes de escalas adotadas por empresas de diversos setores. 

É essencial ressaltar que dados recentes demonstram uma correlação direta entre a escolha da escala de trabalho e o desempenho organizacional. 

Ao final, forneceremos insights valiosos para que você possa tomar decisões informadas e potencializar os resultados do seu negócio.

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O que é escala de trabalho?

A escala de trabalho é a distribuição das horas trabalhadas pelos dias da semana, assim como a determinação das folgas dos profissionais. 

Segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o colaborador pode trabalhar por, no máximo, 44 horas semanais, sem que a empresa precise pagar horas extras.

Nesse contexto, a empresa tem autonomia para definir a melhor forma de como dividir essas horas ao longo da semana. É nesse sentido que existem diferentes tipos de escalas de trabalho que podem ser praticadas. 

Principais tipos de escala de trabalho adotados nas empresas

Conforme as normas da CLT, uma pessoa pode trabalhar, no máximo, 8 horas ao dia e 44 horas semanais. Esses são os números máximos, mas nem todos os trabalhadores seguem a mesma jornada ou escala de trabalho. 

Para ilustrar, uma jornada típica compreende 8 horas diárias ao longo de 5 dias na semana, totalizando 40 horas semanais. 

Paralelamente, há quem labore por 20 horas semanais. Explore agora algumas opções de escalas na carga horária que você definiu para sua equipe.

1. Modelo 5×1

O modelo de escala 5×1 prevê uma folga a cada cinco dias de trabalho. Conforme a legislação trabalhista, ao adotar essa escala, a empresa deve garantir ao menos uma folga dominical por mês. 

Além disso, esse modelo permite que múltiplos trabalhadores desempenhem as mesmas funções em horários alternados, prática conhecida como turno. Nesse arranjo:

  • A jornada de um começa quando a do outro se encerra.
  • A empresa mantém sempre alguém desempenhando uma função, com um funcionário sendo substituído por outro.
  • Dessa forma, uma ocupação específica nunca fica sem um responsável.

2. Modelo 5×2

A escala de trabalho 5×2 é uma das mais comuns. Aqui:

  • O colaborador trabalha de segunda a sexta com folga de sábado e domingo;
  • A jornada diária geralmente dura 8 horas;
  • Segundo a lei, as folgas não precisam ser em dias seguidos.

3. Modelo 4×2

Já nas vagas que exigem que a diária seja mais longa, o modelo 4×2 pode ser adotado. Nele: 

  • o profissional trabalha 4 dias seguidos;
  • A jornada de horas diária pode variar; 
  • Caso ela seja estendida, o profissional ganha horas extras;
  • Depois dos 4 dias, o colaborador folga por 2 dias.

4. Modelo 6×1

As vagas 6×1 correspondem a seis dias trabalhados e uma folga. Esse modelo:

  • Geralmente tem uma jornada diária, mais curta;
  • É uma opção de escala de revezamento, quando as atividades da empresa não podem parar;
  • Demanda que a remuneração seja dobrada para os colaboradores que trabalham aos domingos e feriados. 

5. Modelo 12×36

Nesse formato, o profissional trabalha por 12 horas e folga 36 horas. Trata-se de uma escala recomendada para atividades que não podem ser interrompidas, como nas indústrias. Vale lembrar que:

  • Com a Reforma Trabalhista de 2017, essa jornada passou a ser garantida pela CLT;
  • Ela não pode ser adotada por qualquer categoria profissional e adotada em qualquer empresa. 

6. Modelo 18×36

Assim como na jornada anterior, no modelo 18×36, o colaborador trabalha por 18 horas e descansa por 36 horas. Também se trata de uma opção adotada por empresas que precisam ter longos turnos de trabalho.

7. Modelo 24×48

Alguns cargos, como os ocupados por policiais, exigem esse tipo de escala, na qual o profissional trabalha por 24 horas e descansa 48 horas. 

Aqui, assim como nos demais modelos, é imprescindível haver um rigoroso controle de ponto para se certificar de que o trabalhador está seguindo sua jornada adequadamente.

Legislação Trabalhista: Como a CLT regula as escalas de trabalho

O capítulo II da CLT engloba seções e artigos que falam sobre a jornada de trabalho, descanso remunerado, adicional noturno e demais detalhes que regulam as escalas de trabalho. Dentre as regras vigentes, destacamos

  • O total de horas trabalhadas em uma semana, independente da forma como são distribuídas, não pode ultrapassar 44 horas;
  • O intervalo entre jornadas não pode ser menor que 11 horas — por exemplo, uma pessoa que sai do trabalho às 22h, não pode começar uma nova jornada às 8h da manhã do dia seguinte;
  • A lei estipula um descanso semanal de 24 horas, sendo ele preferencialmente no domingo; 
  • Empresas que precisam funcionar domingo, devem organizar uma escala de revezamento para que todos tenham o dinheiro de folgar pelo menos alguma vez no domingo;
  • O trabalho noturno é aquele realizado entre 22 horas de um dia e as 5 horas da manhã do dia seguinte. Quando realizado, o colaborador deve receber um acrescido de 20% em sua remuneração. 

O que mudou na escala de trabalho após a reforma trabalhista? 

A reforma trabalhista, sancionada em julho de 2017, passou a valer em novembro do mesmo ano e alterou uma série de regras trabalhistas, entre elas, algumas que englobam a jornada 12 por 36. 

Ou seja, os trabalhadores fazem 12 horas de trabalho por dia, com 36 horas de descanso.

Antes da reforma trabalhista, esse tipo de jornada não era prevista na CLT e só podia ser adotada mediante aos acordos ou convenções coletivas. 

Porém, agora, conforme o artigo 59-A, essa jornada pode ser realizada a partir de um acordo individual escrito entre o colaborador e a empresa.

A Reforma Trabalhista também regularizou a jornada de trabalho intermitente, aquela na qual uma empresa firma um contrato de trabalho esporádico com um profissional — porém assegurando todos os direitos. 

Como ter controle sobre a escala de trabalho?

Independentemente de qual escala de trabalho for escolhida, é preciso que a empresa faça um monitoramento para garantir que seus colaboradores a cumpram, seja no presencial ou durante o home office

Por esse motivo, é preciso haver alguma forma de registrar a entrada e a saída dos profissionais. É necessário considerar também as demandas sazonais e utilizar um sistema que auxilie no controle das escalas. Conheça algumas opções a seguir. 

Controle de ponto

Esse é um dos principais controles que as empresas utilizam para manter a organização e saber se a escala de trabalho está sendo cumprida. Esse sistema é vantajoso, pois:

  • Gera um registro mais seguro e transparente para a empresa e o colaborador;
  • Oferece uma forma de provar os registros, no caso de algum problema trabalhista posterior; 
  • Facilita acionar outro colaborador e atuar com agilidade no caso de alguma falta ou problema de última hora; 
  • Garante a conformidade com os padrões da lei — o ponto eletrônico é obrigatório para empresas que tenham mais de 20 colaboradores.

Planilha de escala

Permite que seja feito um controle da escala de trabalho de cada funcionário. A planilha é um modelo mais seguro do que anotações manuais em papel, mas ainda bastante limitado. 

Na planilha de escalas alguns pontos não podem ser deixados de lado:

  • Preencha com todos os turnos;
  • Defina a data e hora inicial de cada turno;
  • Separe uma coluna para os nomes dos funcionários e outra para cargos;
  • Ajuste conforme as escalas que cada um deve seguir.

Uma dica extra, caso esteja utilizando o Excel, é usar os filtros disponíveis. Eles ajudarão a mostrar quais trabalhadores devem estar em determinado turno ou de folga.

Sistema de gestão

Contar com um sistema inteligente, integrado e online para fazer a gestão da sua empresa vai ajudar a ter uma organização muito maior. 

Tecnologias como o sistema de gestão permitem:

  • integrar o registro de ponto dos colaboradores e a folha de pagamento;
  • facilitar a elaboração da folha;
  • gerar e gerenciar escolas de trabalho em poucos cliques;
  • automatizar o cálculo de horas extras trabalhadas por mês ou semana.

Softwares de gestão representam um ganho de eficiência incomparável para o setor. Um sistema ERP, por exemplo, é uma ferramenta de gerenciamento precisa e intuitiva, a depender da escolha correta. 

Além de potencializar os resultados relacionados à escala de trabalho, permite, ainda, centralizar as operações do empreendimento, conectando financeiro, recursos humanos, gestão fiscal e demais áreas em um só lugar. 

Como escolher a escala certa para sua empresa?

A escolha da escala de trabalho ideal envolve uma avaliação criteriosa da natureza do negócio e o tipo de serviços que ele oferece. Portanto, deve-se considerar:

  • A necessidade de disponibilidade da equipe: opte por escalas mais comuns como a 5×2, caso não precise de profissionais a disposição todas as horas;
  • A demanda por jornadas de trabalho mais longas ou mais curtas;
  • O número de funcionários e os esquemas de revezamento possíveis para atender a demanda; 
  • Os horários de funcionamento da empresa: se o empreendimento precisa funcionar 24 horas por dia ou nos finais de semana para atender clientes, é preciso optar por jornadas que atendam esse formato. 

Dúvidas frequentes sobre jornadas de trabalho

Você tem mais dúvidas sobre as escalas de trabalho? Confira as perguntas a seguir e esclareça alguns pontos importantes. 

Qual é a diferença entre 5X1 e 6X1?

Na escala de trabalho 5×1, o funcionário trabalha cinco dias seguidos com um dia de folga, sendo necessário ter um domingo de folga por mês. Já na escala 6×1, o profissional precisa trabalhar seis dias para ter um de folga. 

Quem trabalha 6 por 1 tem direito a um domingo no mês?

Profissionais que trabalham de segunda a sábado na escola 6×1 têm direito a folgar aos domingos. 

Todavia, se a sequência de trabalho combinada não coincidir com o domingo sendo o dia da folga, esse funcionário tem direito a tirar o domingo de folga a cada quatro ou sete semanas. 

Como deve ser a escala de trabalho?

A escala de trabalho deve ser uma distribuição de horas nos dias da semana, de forma que faça sentido para as operações da empresa e seguindo as regras básicas da CLT, sendo: no máximo 44 horas de trabalho semanais e 8 horas diárias. 

Faça uma gestão estratégica das suas escalas de trabalho 

Flexibilizações, novas leis trabalhistas, mudanças nos ambientes corporativos: muita coisa tem acontecido no mundo do trabalho. 

Por isso, os empresários precisam planejar suas escalas de trabalho de forma inteligente para garantir a satisfação dos colaboradores e retenção de talentos, ao mesmo tempo em que atendem as exigências da CLT. 

Para fazer isso de forma efetiva e correta, vale a pena contar com a tecnologia e o suporte de um software de gestão, como o Sistema ERP para Empresas. Simplifique e automatize a organização das jornadas de trabalho, emissão de recibos, controle de folha de ponto e muito mais!

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