Holding: o que é, como funciona e exemplos práticos

Saiba o que é uma holding, como ela funciona e conheça exemplos reais. Entenda os benefícios desse modelo para a gestão empresarial.
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Uma holding é uma estrutura empresarial criada para controlar outras empresas por meio da aquisição de participações acionárias. Essa configuração, regulamentada no Brasil pela Lei 6.404/1976, é utilizada para consolidar gestão, facilitar investimentos e otimizar resultados financeiros.

Ao controlar subsidiárias, a holding permite uma administração centralizada, reduzindo custos e promovendo sinergias entre as empresas do grupo. Compreender como funciona e os tipos existentes ajuda empreendedores a aproveitarem ao máximo essa estratégia. 

Continue a leitura e aprenda mais sobre a holding!

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O que é uma holding?

Uma holding é uma organização que não produz bens ou serviços diretamente, mas controla outras empresas por meio de participações acionárias. Seu papel é garantir que as empresas sob seu guarda-chuva operem de maneira eficiente e alinhada aos objetivos do grupo.

Entre os benefícios mais comuns estão:

  • redução de riscos através da diversificação;
  • otimização fiscal;
  • centralização na gestão de recursos;
  • maior controle estratégico e operacional.

Como funciona uma holding?

O funcionamento de uma holding baseia-se na aquisição de controle acionário sobre outras empresas, permitindo decisões sobre direção estratégica e operacional. Ela pode assumir diversos papéis, desde a definição de metas financeiras até a coordenação de projetos conjuntos entre as subsidiárias. 

É bom lembrar que como uma holding geralmente não realiza atividades operacionais ou comerciais diretamente, ela pode não necessitar de Inscrição Estadual (IE), dependendo de sua estrutura e atividades. No entanto, se uma holding mista ou uma de suas subsidiárias realizar atividades que exijam o pagamento de ICMS, essa empresa específica precisará de uma IE.

Principais vantagens de uma holding

As holdings oferecem uma série de vantagens que tornam sua estrutura especialmente atraente para empresas de diferentes tamanhos e setores. Uma das principais é a eficiência fiscal, permitindo a utilização de regimes tributários mais vantajosos e a redução da carga tributária. 

A centralização da gestão financeira possibilita maior controle sobre os recursos, promovendo sinergias e otimizando processos entre as subsidiárias. A diversificação de investimentos, por sua vez, reduz riscos, pois distribui as atividades em diferentes áreas ou setores.

Também é importante a proteção patrimonial. Ao separar os ativos das empresas controladas, uma holding protege o patrimônio dos acionistas e facilita a sucessão empresarial ou familiar. 

Tal estrutura também permite a criação de estratégias corporativas mais eficazes, com uma visão ampla e integrada de todas as operações do grupo. Essas vantagens tornam as holdings uma escolha estratégica para empresas que buscam maior segurança e flexibilidade.

Principais desafios de uma holding

A estruturação e gestão de uma holding apresentam desafios que exigem planejamento financeiro especializado. Um dos principais é a necessidade de uma gestão profissionalizada para coordenar as operações e o relacionamento entre as subsidiárias. 

Isso inclui garantir alinhamento estratégico, supervisão contábil e gestão financeira complexa realizada por profissionais qualificados. A diversidade de atividades e setores também pode dificultar a manutenção de uma visão integrada, aumentando a complexidade das operações.

Garantir uma governança corporativa eficaz é fundamental para evitar problemas como competição interna ou desalinhamento de objetivos, visto que a estrutura fiscal e jurídica de uma holding deve ser cuidadosamente planejada para evitar riscos legais e financeiros, exigindo suporte de especialistas em diferentes áreas.

Tipos de holdings e suas aplicações

Existem diversos tipos de holding, cada uma com uma aplicação específica. Dentre eles destacamos:

Holding pura

Essa estrutura é exclusivamente dedicada ao controle acionário, sem envolvimento direto em atividades comerciais. Atua como uma sociedade de investimento, gerindo participações para maximizar retornos.

Holding mista

Além de controlar participações, a holding mista também exerce atividades operacionais. Essa combinação permite uma participação mais ativa tanto em decisões estratégicas quanto operacionais.

Holding financeira

Focada em gerenciar recursos financeiros, essa holding negocia empréstimos, investe excedentes e coordena a tesouraria do grupo, garantindo uma gestão eficiente do capital.

Holding de controle e coligada

A holding de controle possui participação majoritária, garantindo poder decisório total, enquanto a coligada detém participação significativa, mas não o controle absoluto. Ambas visam sinergia e eficácia entre empresas relacionadas.

Holding familiar

Criada para gerenciar patrimônio de uma família, a holding familiar facilita a sucessão e a preservação de ativos ao longo das gerações. Geralmente envolve planos de sucessão, resolvendo potencial gestão de conflitos.

Exemplos práticos de holdings

Conhecer exemplos reais de holdings ajuda a entender como essa estrutura pode ser aplicada com sucesso. Aqui estão algumas das principais holdings que se destacam em diferentes setores e mercados:

Votorantim

Uma das maiores holdings brasileiras, com atuação em metais, cimento, energia e outros setores, destacando-se pela diversificação e eficiência operacional.

Itaúsa

Controla o Banco Itaú e outras empresas, sendo um exemplo de sucesso no setor financeiro, com foco em rentabilidade e governança.

J&F Investimentos

Holding brasileira que controla a JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Atua também em energia, turismo e outros setores, mostrando a versatilidade de uma holding diversificada.

Alphabet Inc.

Controladora do Google, a Alphabet organiza suas diversas áreas de negócio em entidades autônomas, facilitando a gestão e o crescimento.

Como abrir uma holding?

Abrir uma holding exige planejamento cuidadoso e entendimento das necessidades empresariais. Confira os principais passos para implementar essa estrutura de forma eficiente:

  1. Planejamento estratégico: defina os objetivos da holding, como gestão patrimonial ou diversificação de investimentos, e identifique empresas-alvo para compor o grupo. Avalie os setores de atuação e as oportunidades de sinergia;

  2. Estrutura jurídica e registro: escolha o modelo jurídico adequado (sociedade anônima ou sociedade limitada), registre a holding e elabore contratos para formalizar relações com subsidiárias. Um bom planejamento legal e tributário é essencial para evitar complicações futuras;

  3. Governança e gestão: implemente conselhos e sistemas contábeis que garantam transparência e eficiência nas operações do grupo. Estruture processos de tomada de decisão e garanta alinhamento entre as empresas.

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A estruturação de uma holding pode ser o caminho para uma gestão mais eficiente e integrada. Seja para proteger patrimônio, reduzir custos ou facilitar a sucessão familiar, as holdings apresentam um modelo vantajoso para diversos objetivos empresariais.

A Omie oferece soluções completas para otimizar a gestão do seu negócio, independentemente do porte ou setor. Com ferramentas intuitivas e avançadas, é possível centralizar processos, melhorar o controle financeiro e aumentar a eficiência operacional. 

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