Falência de uma empresa: o que é e para que serve?

Saiba o que é falência de uma empresa, por que ocorre e como pode impactar negócios de diferentes tamanhos. Explore as causas e entenda sua importância no cenário empresarial.
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A falência de uma empresa é um tema que gera muitas dúvidas, especialmente entre empresários e gestores que enfrentam desafios financeiros. Entender o conceito e o papel da falência no mundo dos negócios é essencial para saber como agir em momentos de crise e tomar decisões estratégicas.

No texto, vamos esclarecer o que é falência, as causas mais comuns e como esse processo pode ser uma solução para encerrar as atividades de uma empresa de maneira legal e organizada. Acompanhe!

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O que significa a falência de uma empresa?

A falência ocorre quando uma empresa não consegue mais pagar suas dívidas e se vê em uma situação de insolvência, ou seja, quando o passivo (dívidas) supera os ativos (bens e direitos). Trata-se de um processo judicial que visa liquidar os bens da empresa para pagar os credores e encerrar suas atividades.

O pedido de falência decorre, nos termos da lei, de:

  • não pagamento de título líquido e certo, o que se denomina impontualidade injustificada;
  • execução frustrada;
  • prática dos chamados “atos de falência”.

Se uma sociedade anônima ou sociedade limitada entra em falência, ela será extinta ao final do processo. No entanto, o sócio pode participar de outra empresa, desde que não tenha sido condenado por crime falimentar e tenha pago seus credores.

No Brasil, a falência é regulamentada pela Lei nº 11.101/2005, conhecida por Lei de Falências, que define como o processo deve ser conduzido e as condições em que ele pode ser solicitado.

Para que serve a falência?

O principal objetivo da falência é reorganizar o pagamento das dívidas da empresa de forma justa, liquidando seus bens para quitar os débitos com os credores e seguindo uma ordem de prioridade estabelecida pela lei. A falência serve para:

  • Proteger os credores: o processo garante que os credores recebam, ao menos, parte do valor devido pela empresa;
  • Encerrar as atividades de forma legal: a falência permite que o encerramento da empresa ocorra de forma estruturada e juridicamente correta;
  • Reorganizar a vida financeira dos sócios: após a liquidação, os sócios podem reorganizar suas finanças, evitando a continuidade de uma situação insustentável.

É importante lembrar que a falência é considerada uma medida extrema, sendo normalmente o último recurso quando outras tentativas, como a recuperação judicial, não são mais viáveis.

Causas comuns da falência de empresas

Diversos fatores podem levar uma empresa à falência, e eles variam de acordo com o setor, o mercado e a administração da organização. Entre as principais causas, destacam-se:

Maus investimentos

Tomar decisões de investimento mal planejadas pode comprometer seriamente a saúde financeira de uma empresa.

Endividamento elevado

Acumular dívidas sem ter um planejamento adequado para quitá-las pode levar a uma situação de insolvência.

Má gestão financeira

Falta de controle sobre o fluxo de caixa, falta de planejamento e erros na administração dos recursos da empresa são causas frequentes de falência.

Mudanças no mercado

Mudanças repentinas nas condições econômicas ou no setor em que a empresa atua podem reduzir a demanda pelos seus produtos ou serviços.

Concorrência intensa

A incapacidade de se adaptar à concorrência ou à evolução do mercado pode levar à perda de competitividade e, eventualmente, à falência.

Esses fatores, muitas vezes, combinam-se, resultando em dificuldades financeiras que podem se agravar rapidamente, tornando a falência um processo inevitável.

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Quando a falência é a solução?

Declarar a falência de uma empresa pode ser a melhor solução em casos onde a recuperação financeira se torna inviável. É importante que os gestores e sócios reconheçam os sinais de que a empresa não consegue mais cumprir suas obrigações e explorem todas as alternativas antes de recorrer à falência.

A falência é indicada quando:

  • Credores não podem mais ser pagos: a empresa não consegue quitar suas dívidas e não possui ativos suficientes para negociar com os credores;
  • Recuperação judicial não é uma opção viável: se as tentativas de reestruturar a empresa, como a recuperação judicial ou extrajudicial, falharem, a falência pode ser o caminho mais seguro para encerrar as atividades;
  • Há uma crise financeira irreversível: quando o fluxo de caixa está comprometido e não há perspectivas de melhora no curto ou médio prazo, a falência pode evitar o acúmulo de mais dívidas.

Impactos da falência para os sócios e gestores

A falência de uma empresa traz consequências para todos os envolvidos, incluindo os sócios e gestores. Embora o processo tenha como foco principal liquidar a empresa e pagar os credores, é fundamental que os sócios conheçam seus direitos e responsabilidades.

Após a falência, os sócios podem participar de outras empresas, desde que não tenham sido condenados por crimes falimentares.

No entanto, há situações onde eles podem ser responsabilizados pelas dívidas do negócio, apesar de, em alguns casos, como em sociedades limitadas, o patrimônio pessoal ser protegido. 

Os gestores também precisam estar atentos às suas responsabilidades durante o processo, cooperando com as investigações e auxiliando o administrador judicial. 

Nos casos de decretação de falência, haverá diversos deveres, conforme descritos no artigo 104 da Lei de Falências, incluindo a participação em atos relacionados à falência, auxílio ao administrador judicial e fornecimento de informações. 

Como evitar a falência empresarial?

Apesar de a falência ser uma saída em casos extremos, existem diversas práticas que podem ajudar a evitar que a empresa chegue a esse ponto. Um bom planejamento e controle financeiro são fundamentais para manter a saúde do negócio em dia. Algumas outras dicas para evitar a falência incluem:

Monitoramento do fluxo de caixa

Acompanhe de perto as entradas e saídas de dinheiro, garantindo que a empresa tenha recursos suficientes para pagar suas obrigações.

Gestão de dívidas

Evite o acúmulo de dívidas sem um planejamento adequado para quitá-las. Priorize a negociação com credores sempre que necessário. Assim, consulte o CNPJ da empresa ou solicite a negativa de dívidas na Junta Comercial.

Diversificação de receitas

Tente diversificar as fontes de receita da empresa para reduzir a dependência de um único produto ou cliente.

Uso de tecnologia

Ferramentas de gestão, como sistemas ERP, ajudam a automatizar processos financeiros e fiscais, oferecendo uma visão clara da saúde financeira da empresa

Recuperação judicial e extrajudicial

Antes de decretar a falência, as empresas têm o direito de recorrer à Recuperação Extrajudicial, que é um modo em que sócios da empresa se juntam para buscar meios de evitar uma crise considerada possível de solucionar.

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Perguntas frequentes sobre falência empresarial

Para melhor entendimento, entenda algumas dúvidas frequentes sobre falência de uma empresa.

Empresas que falem precisam pagar suas dívidas?

Sim, mesmo após a falência as empresas precisam pagar suas dívidas. O processo de falência visa liquidar o máximo possível de ativos para quitar as dívidas, seguindo uma ordem de prioridade.

O que acontece com os funcionários de uma empresa falida?

Os funcionários têm prioridade no recebimento de direitos trabalhistas, como salários atrasados, férias e 13º salário, durante o processo de falência. 

Qual é o papel do síndico no processo de falência?

O síndico é responsável por administrar a massa falida, que inclui a venda dos ativos da empresa e o pagamento dos credores.

A falência impede os sócios de abrir novas empresas?

Não necessariamente. Os sócios podem abrir ou participar de novas empresas, desde que não tenham sido condenados por crimes relacionados à falência e que tenham quitado suas obrigações com os credores.

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