O balancete é um demonstrativo muito utilizado no meio contábil, especialmente para verificar por meio de débitos e créditos a saúde financeira da empresa. Com ele, é possível ter um controle interno para analisar, dentro de um período específico, ativos e passivos de resultados.
É um relatório que pode ser feito em períodos diferentes, ou seja, seguindo as necessidades da organização, sendo mensal, semanal, quinzenal ou até mesmo diária. Além disso, ele pode ser editado ou alterado sempre que necessário.
No conteúdo a seguir você verá qual a importância do balancete de verificação, quais são os seus tipos, como deve ser feito e o que pode ser encontrado nele, além de entender a diferença entre o balancete e o balanço. Vamos lá?
Por que é importante realizar o balancete de verificação?
Apesar do balancete contábil não ser obrigatório, ele é ótimo para analisar toda a posição financeira da empresa, bem como oferecer informações valiosas para as instituições financeiras, acionistas, potenciais investidores, concorrentes, fornecedores e sindicatos envolvidos com a empresa.
Com o balancete é possível saber qual a capacidade do negócio de pagar por tudo que possui, os famosos ativos, seja utilizando dinheiro emprestado ou usando dos investimentos e acionistas. Com isso, avaliar qual foi o desempenho da empresa ao longo do tempo, contabilizando lucros e prejuízos.
Por isso, para uma gestão eficiente, o balancete da empresa deve ser feito da forma mais atualizada e eficiente possível. Apontando erros como duplicidades, omissões ou inversões, como saldos divergentes, tudo preparado com muita atenção e evitando problemas futuros.
Finalidade do balancete
A finalidade principal do balancete é informar sobre o atual cenário do negócio. Ademais, ainda facilita a criação de alguns outros relatórios, como no caso da Demonstração de Resultados do Exercício (DRE), até mesmo o próprio balanço patrimonial.
Uma das finalidades do balancete de verificação é permitir identificar se foram feitos gastos excessivos ou desnecessários. Com ele, também é possível perceber prováveis falhas no gerenciamento financeiro, sendo este último um dos motivos que o fazem ser utilizado em apurações contábeis.
Existem outras finalidades para esse documento, mas, lembre-se que o balancete é feito para garantir a integridade das contas a partir de saldos voláteis, ou seja, que podem ser alterados a qualquer momento pelo profissional contábil. Por isso, ele deve conter os seguintes itens:
- Identificação da empresa;
- Qual a data de referência;
- Quais são as contas e seus grupos;
- Saldo das contas;
- Soma dos saldos credores e devedores;
- Em modelos mais detalhados, ele também precisa do código e descrição completa das contas.
Quais contas são encontradas no balancete?
O balancete é formado por contas de resultado. Sendo as patrimoniais de ativo (bens e direitos), as de passivo e as de obrigações.
No ativo, você irá encontrar contas alocadas por ordem de liquidez e, no passivo, por ordem de exigibilidade, que devem ser quitadas em menor prazo.
Nas contas de resultado, é possível encontrar informações sobre receitas, despesas e custos. Sendo que as receitas mostram todos os ganhos que a empresa tem, os custos e quais são os valores utilizados para manter a empresa funcionando.
Enquanto nas despesas são detalhados o que é gasto, mas não está ligado diretamente ao funcionamento da empresa.
Quais são os tipos de balancete?
Agora que você já sabe o que é como se dá a estruturação desse demonstrativo, vale saber quais são os tipos de balancete. Entenda a principal diferença entre eles é a forma com que as contas são apresentadas. Confira.
Balancete Sintético
No balancete sintético, a demonstração é feita apenas a partir dos números finais das principais contas patrimoniais da empresa.
Balancete Analítico
Já no balancete analítico, as contas são detalhadas com o máximo de informações possíveis para representação da empresa. Assim, é um relatório muito extenso com informações relevantes para análise.
Balancete de verificação inicial
O balancete de verificação inicial é aquele feito com base nas primeiras apurações, ou seja, com os primeiros dados analisados. Sendo realizado antes da Apuração de Resultados do Exercício.
Ele é considerado o ponto inicial de verificação e serve de base para o balancete final. É composto por duas contas, as patrimoniais e as de resultado.
Nas contas patrimoniais são detalhadas as seguintes informações:
- Ativos;
- Passivos;
- Patrimônio líquido.
Já as contas de resultados devem apresentar os dados de receitas e despesas que a empresa teve no tempo analisado.
Balancete de verificação final
O balancete de verificação final contempla apenas as contas patrimoniais da empresa. Nele, as contas de resultado são apagadas por conta da Apuração de Resultados do Exercício.
É esse balancete que determina se os resultados foram positivos ou negativos. Também são descritos os seguintes dados das contas patrimoniais.
- Ativos;
- Passivos;
- Patrimônio líquido;
- Contas de resultados encerradas na apuração do resultado;
- Lucro ou prejuízo para o patrimônio líquido.
Como fazer o balancete de verificação?
Para fazer o balancete é necessário seguir três passos que determinam a sua estrutura e garantam que tudo o que precisa ser informado esteja documentado. São eles:
1º Período verificado
A primeira coisa a ser feita é determinar o período do balancete, ele pode ser mensal, trimestral ou anual. Outro detalhe importante a ser considerado é definir se esse documento servirá apenas para o controle interno ou será utilizado também para o controle fiscal.
2º Determinar o que será informado no balancete
Pense na disponibilidade das equipes e em quanto tempo será preciso para a elaboração do balancete de verificação. Quanto mais informações tiver, mais tempo irá levar.
3º Preenchimento dos dados
É nesse momento que as informações são concentradas em um lugar para serem utilizadas. Você pode anotá-las em um documento ou planilha para ter uma visualização melhor dos dados.
Depois disso, é preciso organizar a maneira como as informações serão detalhadas, a ordem a ser seguida é a seguinte:
- Cabeçalho;
- Ativos;
- Saldo anterior;
- Débitos;
- Créditos;
- Saldo final.
A seguir uma imagem para facilitar a visualização de como deve ser o balancete:
Diferença entre balanço e balancete
A principal diferença entre balanço e balancete é que o balanço patrimonial é um demonstrativo obrigatório para as empresas, de acordo com a Lei nº6.404/76. Isso porque, ele indica qual posição financeira está a empresa. Forma-se, então, um conjunto de balancetes.
Isso acontece porque o balancete, como já explicado acima, está focado apenas em recortes de tempo; já o balanço patrimonial engloba todos os resultados, contas e dados. E por isso, acaba sendo mais completo e extenso.
Saber diferenciar os dois é importante para aprimorar o controle financeiro. Por exemplo, se um gestor requisitar um balancete e identificar algum problema, pode facilmente pedir um balanço para ter a certeza dos dados apresentados e não correr o risco de ter problemas com o Fisco.
Conte com a Omie para gerenciar a saúde financeira do seu negócio
Por fim, como vimos ao longo do conteúdo, o balancete, apesar de não ser obrigatório, é muito importante para o sucesso de uma gestão empresarial, principalmente, por facilitar as tomadas de decisões e condução do negócio.
E que tal investir em um bom sistema de gestão ERP para gerenciar o seu empreendimento? O software da Omie é 100% on-line e pode automatizar seus processos e otimizar o tempo de trabalho de forma fácil, intuitiva e rápida.