O que é o DFC e qual sua importância para as empresas?

Veja como montar uma DFC para a saúde financeira e longevidade da sua empresa.
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Casos de fraudes contábeis em grandes empresas poderiam ter sido evitados com a fiscalização da DFC, pelos acionistas. Problemas desse tipo levam à falência, multas governamentais, risco de imagem, desvalorização perante ao mercado, entre outros fatores.

Para entender melhor essa etapa da gestão contábil, é preciso antes conhecer o que é a Demonstração de Fluxo de Caixa – DFC e como esse documento deve ser elaborado. O contador deve atuar como aliado e tem aí uma chance de oferecer seus conhecimentos e insights, além de precisão técnica.

Continue lendo esse artigo e veja como evitar erros de lançamento contábil dos seus clientes ou escritório de contabilidade. Evite problemas e aproveite o tema para conquistar novos serviços. Boa leitura!

O que é DFC e por que é tão importante?

Primeiramente, a DFC é um demonstrativo de todas as entradas e saídas do caixa de uma empresa, que serve para avaliar a saúde financeira como um todo.

Os benefícios de elaborar a DFC corretamente incluem: controle e planejamento financeiro para uma maior previsibilidade de receitas e despesas, suporte para decisões estratégicas de investimento ou de crédito, capacidade da empresa pagar as dívidas e o acompanhamento da lucratividade.

Com um fluxo de caixa eficiente, é possível identificar com antecedência situações de prejuízos ou de ganhos superiores inesperados na contabilidade empresarial. A partir dessas informações, detecta-se o momento ideal para abrir filiais, contratar ou demitir colaboradores, reduzir despesas, planejar manutenções e reformas.

Pode-se evitar o superendividamento da empresa com um bom controle do fluxo de caixa. Alguns casos podem envolver o chamado “risco sacado”, no qual a empresa realiza empréstimo bancário para pagar fornecedores e ter um maior volume de dinheiro em caixa. 

Essa operação deve ser informada como dívida bancária em atividades de financiamento, não como pagamento a fornecedores em atividades operacionais, erro comum para profissionais sem conhecimento técnico.

Isso pode caracterizar fraude, pois têm-se a falsa impressão de que há dinheiro em caixa e impacta no balanço empresarial, mostrando um resultado de lucratividade e redução de endividamento da empresa. 

Ainda, atenção: não confunda DFC com DRE nas empresas, outro erro recorrente. A DRE é a Demonstração de Resultado do Exercício, cujo objetivo é demonstrar lucro ou prejuízo da empresa e não detalha a saúde financeira com receitas e despesas como a DFC.

Para elaborar a DFC corretamente, é importante conhecer o que deve ser declarado nela: atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Veja mais nos próximos tópicos. 

Quais empresas precisam fazer a DFC?

A apresentação da DFC é obrigatória somente para empresas de capital aberto (que possuem ações na Bolsa de Valores) e para aquelas que têm faturamento superior a R$ 2 milhões. A Lei 11.638/2007 estabelece essa obrigatoriedade e outras regras para a DFC.

Essa obrigação é explicada para evitar fraudes contábeis e demonstrar a realidade financeira da empresa. O que traz mais tranquilidade para os acionistas e mais confiança para fornecedores e abertura de crédito para o sistema financeiro.

As Normas e Procedimentos Contábeis (NPC) n° 20/1999 regulam o preenchimento da DFC com as especificações das atividades que devem ser declaradas para apresentar a liquidez das operações em relação ao caixa e equivalentes de caixa. Explica sobre o método direto ou indireto que deve ser aplicado na elaboração desse documento.


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Como funciona a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)?

O que auxilia no preenchimento da DFC é adotar a prática do Livro Diário Empresarial, para registro diário das operações realizadas e posterior lançamento na DFC. A apresentação da DFC é feita pelo método direto ou indireto. 

Pelo método direto o foco são as entradas e saídas brutas de recursos. Já pelo método indireto realiza o ajuste do lucro líquido e avalia as variações patrimoniais mensuradas na DRE.

Existe uma forma de preenchimento que deve ser seguida para a DFC por meio da divisão em 3 diferentes atividades: operacionais, de investimento e de financiamento. Confira abaixo o que é cada uma delas.

1. Atividades Operacionais 

As atividades operacionais envolvem as operações ligadas a bens e serviços, desde a produção até a venda, ou seja, ligadas às atividades-fim de um negócio. Inclui pagamento de fornecedores e salários de empregados, recebimento de clientes e outros. Essas informações podem ser retiradas da DRE.

2. Atividades de Investimento

Investimentos incluem atividades ligadas à compra e venda de ativos, como compra de imóveis e frota de carros, vendas de maquinários, entre outros. São todas as aquisições ou baixas feitas com o intuito de manter a execução das atividades de um negócio.

3. Atividades de Financiamento

As atividades de financiamento estão relacionadas às operações de crédito adquiridas por uma empresa, seja com credores ou investidores. Incluem-se nessa categoria: financiamentos, empréstimos, ganho de capital e outros. Lembrando que, nessas operações, os juros de crédito também são lançados para evitar erros ou suspeitas de fraudes.

Após o lançamento de todas as atividades, é hora de avaliar os dados da DFC. É possível identificar períodos de sazonalidade, nos quais o fluxo de caixa pode ser maior ou menor. Essa informação vai auxiliar o planejamento financeiro para os anos seguintes e permitir tomadas de decisões mais estratégicas.

Ainda comparando a DFC, com a DRE e o Balanço Patrimonial pode-se ter uma visão mais ampla da gestão de uma empresa. Com o uso de documentos contábeis de forma consultiva e fiscalizadora da realidade da empresa, quem ganha é o desempenho e a lucratividade do negócio.

Saiba mais sobre a DFC

A análise de uma DFC é fruto da comparação de receitas e despesas que resultam no fluxo de caixa, cujo ideal é gerar um balanço positivo para manter a saúde financeira da empresa.

Se esse resultado for negativo, pode indicar fraude, prejuízos ou erros contábeis. Um contador preparado será capaz de, imediatamente, tomar decisões assertivas e estratégicas para a sobrevivência da empresa.

Saiba mais sobre a estrutura de fluxo de caixa direto e indireto e outros assuntos de gestão contábil no Blog da Omie. Fique atualizado nas regras contábeis e siga nossas dicas.

 

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