Sonegação fiscal: o que é e como evitar esse crime

A sonegação fiscal é o ato de ocultar informações financeiras para pagar menos impostos, sendo considerada crime no Brasil. Entenda os principais tipos, as multas e como evitá-la com boas práticas.
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A sonegação fiscal é um problema significativo no Brasil e pode ser explicada por dois fatores principais: a complexidade da legislação tributária e a ação de contribuintes de má-fé. Enquanto alguns erram por falta de clareza sobre as obrigações fiscais, outros ocultam rendimentos de forma intencional para pagar menos impostos. 

Ambas as situações prejudicam o crescimento econômico e geram riscos legais para as empresas.

Neste texto, você entenderá o que é a sonegação fiscal, suas principais modalidades e como evitá-la. Acompanhe!

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O que é sonegação fiscal?

Sonegação fiscal é o ato de omitir ou ocultar informações financeiras ao declarar impostos, com o objetivo de reduzir ou eliminar a carga tributária de forma ilícita. Essa prática também é conhecida como “evasão fiscal” e inclui comportamentos como:

  • omissão de informações na declaração de imposto de renda;
  • não emissão de notas fiscais;
  • emissão de notas fiscais com valores falsos.

Essas práticas comprometem a arrecadação de recursos pelo governo, além de prejudicar a competitividade no mercado. A Receita Federal estima que a sonegação tributária no Brasil causa um impacto bilionário nos cofres públicos anualmente, dificultando investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.

Sonegação fiscal é crime?

Sim, a sonegação fiscal é considerada crime tributário pelo Artigo 1º da Lei 4.729/65. Essa legislação detalha as condutas caracterizadas como crime, como a omissão de receitas e a alteração de informações fiscais. A pena pode variar de seis meses a dois anos de detenção, além de multa de até cinco vezes o valor do tributo devido.

Vale destacar que, em casos envolvendo pessoas jurídicas, como por exemplo em casos de sonegação de impostos (IRPJ), todos os envolvidos no processo podem ser responsabilizados, incluindo sócios e diretores. 

Empresas que praticam a sonegação também podem enfrentar dificuldades para obter financiamentos pelos riscos de imagem, firmar contratos com o setor público e preservar sua reputação no mercado.

Quais são os principais tipos de sonegação fiscal?

A sonegação fiscal pode ocorrer de diferentes maneiras. Confira os tipos mais comuns:

Apropriação indébita

Ocorre quando a empresa retém tributos descontados de terceiros, como no cálculo de INSS e Imposto de Renda Retido na Fonte, mas não realiza o recolhimento aos cofres públicos. Essa prática é crime, conforme o Artigo 168 do Código Penal.

Crescimento patrimonial incompatível

Acontece quando o aumento de bens dos sócios ou da empresa não condiz com os rendimentos declarados. Isso pode indicar omissão de receitas ou outras práticas ilegais.

Venda sem nota fiscal ou com notas fraudulentas

Esse tipo de sonegação inclui a não emissão para não gerar impostos sobre a nota fiscal, a emissão de notas com valores reduzidos (meia nota) ou adulteradas (nota calçada). Todas essas sonegações possuem uma coisa em comum: a nota fiscal. A venda sem nota, ou não disponibilizá-la quando obrigatório é considerado crime e está previsto no inciso V, do art. 1° da Lei dos crimes contra ordem tributária.

Uso de “laranjas”

Consiste na utilização de terceiros para movimentar recursos ou registrar bens com o objetivo de ocultar o verdadeiro beneficiário. Essa prática é comum em casos de lavagem de dinheiro e desvios de verbas. Muitas vezes, esses “laranjas” podem ser familiares ou pessoas sem conhecimento pleno do que está acontecendo, o que amplia o impacto da irregularidade.

Saldo de caixa elevado

Ter um saldo de caixa elevado, sem justificativa clara ou relação com a movimentação financeira da empresa, também pode ser indício de sonegação fiscal. Situações como essa geralmente são investigadas pela Receita Federal.

Qual é o valor da multa por sonegação fiscal?

A multa por sonegação fiscal pode chegar a 75% do valor do tributo devido, acrescida de juros de mora. Em casos de autodenúncia à Receita Federal, a multa pode ser reduzida para 20%. Contudo, se a fiscalização identificar a irregularidade antes disso, as penalidades podem incluir multas maiores, além de sanções criminais.

Em situações mais graves, além da multa, há a possibilidade de penas de detenção para os responsáveis diretos pela prática da sonegação fiscal. Isso reforça a importância de manter uma gestão fiscal correta e transparente. 

Empresas que são reincidentes ou possuem débitos elevados podem sofrer fiscalizações mais rigorosas, o que gera impacto significativo em sua operação.

Diferenças entre sonegação fiscal, inadimplência e elisão fiscal

Os três termos possuem algumas distinções. São elas:

Elisão fiscal

A elisão fiscal é uma estratégia lícita de redução de impostos por meio do planejamento tributário. Ela utiliza brechas legais para minimizar a carga tributária de forma preventiva.

Inadimplência fiscal

Ocorre quando a empresa não paga tributos devidos, mas os declara corretamente. Diferentemente da sonegação, não envolve a omissão de informações ou fraudes.

Sonegação fiscal

Refere-se diretamente ao ato de ocultar ou alterar informações financeiras com o objetivo de reduzir ou evitar o pagamento de impostos. Diferentemente da inadimplência, a sonegação envolve intencionalidade e constitui crime, como previsto na legislação brasileira.

Como evitar problemas fiscais?

Evitar problemas fiscais exige boas práticas de gestão e o cumprimento rigoroso da legislação tributária. Confira algumas ações que podem proteger sua empresa:

  • Contrate um contador qualificado: um profissional especializado pode ajudar a garantir que todas as obrigações fiscais sejam cumpridas corretamente, evitando erros e problemas com o fisco;
  • Realize um planejamento tributário eficiente: identifique oportunidades de economizar impostos de maneira lícita, utilizando regimes tributários mais vantajosos e aproveitando incentivos fiscais;
  • Automatize processos fiscais: utilize sistemas ERP para gerenciar notas fiscais, acompanhar prazos de pagamento de impostos e manter registros organizados;
  • Capacite sua equipe: garanta que os colaboradores envolvidos com a gestão financeira entendam a legislação tributária e saibam identificar riscos de sonegação fiscal;
  • Mantenha registros precisos: documente todas as transações financeiras e guarde comprovantes pelo período exigido pela lei, para garantir transparência em auditorias fiscais.

Agora que você já sabe o que é a sonegação fiscal…

Compreender os riscos e impactos da sonegação fiscal é fundamental para proteger sua empresa e garantir o cumprimento da legislação. Adotar boas práticas contábeis e investir em ferramentas de automação tributária e fiscal pode evitar penalidades e preservar a reputação do negócio.

Para otimizar a gestão tributária e garantir maior eficiência em seus processos fiscais, considere implementar soluções tecnológicas como um sistema ERP (Enterprise Resource Planning).

Seja uma pequena empresa ou uma grande organização, o uso de tecnologia pode fazer a diferença entre uma gestão tributária eficiente e problemas com o fisco. Invista em ferramentas modernas, capacite sua equipe e busque orientação de profissionais especializados para manter a conformidade com as leis e garantir o crescimento sustentável do seu negócio.

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